Calibração de vidrarias
Por: Jose.Nascimento • 25/1/2018 • 1.738 Palavras (7 Páginas) • 628 Visualizações
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A imprecisão do aparelho é previamente medida pelo manufaturador, em uma determinada temperatura, estando classificado como: TC – que significa “to contain”, tal qual é apenas utilizado para manter o líquido no volume especificado e não são recomendados para realizar transferências; ou TD – “to deliver”, que são projetados para transferir o volume medido naquela temperatura e já levam em consideração o líquido remanescente no equipamento e a película que fica impregnada nas paredes internas. Porém, quando nas mãos do utilizador, a vidraria é forçada a trabalhar em diferentes condições das que foram testadas e que são recomendadas, podendo ocorrer, por exemplo, a expansão ou contração do material, sem retornar a seu volume original. (SILVA, 2011)
Baccan et al (1979) classifica os erros nas medidas como determinados (sistemáticos) onde estes possuem um valor definido e no caso de serem detectados podem ser medidos e computados no resultado final (dentre eles o erro de método, de operação, erro pessoal e erro devido a instrumentos e reagentes), e em erros indeterminados, tais que não possuem valor definido, não são mensuráveis, são aleatórios.
Sendo qual for o caso, para suprir a diferença entre o real volume medido e o valor nominal – que é o marcado pelo equipamento, é necessário realizar novamente a calibração do instrumento para que seja possível determinar a margem de erro (tal que muitas vezes é rotulada, assim sendo desnecessário realizar o processo novamente no futuro, a não ser pelos mesmos motivos já citados no parágrafo anterior). (BATISTA; FILIPE; AZEVEDO, 2016)
Existem fatores que afetam a calibração e podem ser os mais diversos possíveis. A temperatura é, provavelmente, o principal deles, pois pode se referir a temperatura em que se encontra a vidraria, a temperatura da água utilizada na calibração ou mesmo a temperatura do ambiente. Outro ponto a ser citado é a limpeza interna do equipamento que pode vir a causar erro na leitura dos resultados e a má configuração do menisco. O erro de paralaxe também é bastante comum devido ao desvio ótico ocasionado pela posição e ângulo de visão do observador, desta forma analisando de forma errônea a escala de graduação apresentada. A influência da evaporação também se faz presente, mas pode ser reduzida com tempos curtos de pesagem, por exemplo. Além destes, outros diversos fatores existem, fato é que a calibração deve ser realizada seguindo uma metodologia padrão do laboratório, com vários testes e cálculos, naquele mesmo meio, para se obter maior precisão em seus resultados. (INMETRO, 2011)
Tabela 1 - Desvio padrão para vidraria volumétrica mais comum nos laboratórios.
Desvio padrão (mL)
Volume (mL)
Bureta
Pipeta
Balão Volumétrico
0,5
+ 0,0006
1
+ 0,0006
+ 0,02
2
+ 0,0006
+ 0,02
3
+ 0,01
4
+ 0,01
5
+ 0,01
+ 0,01
+ 0,02
10
+ 0,02
+ 0,02
+ 0,02
15
+ 0,03
20
+ 0,03
25
+ 0,03
+ 0,03
+ 0,03
50
+ 0,05
+ 0,05
+ 0,05
100
+ 0,10
+ 0,08
+ 0,08
200
+ 0,10
250
+ 0,12
500
+ 0,20
1000
+ 0,30
2000
+ 0,50
Fonte: SILVA, Lilian. Aulas práticas da disciplina de química analítica IV. Juiz de Fora: Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF, 2011. 19 p.
4 MATERIAIS E MÉTODOS
- Água Deionizada
- Balança Analítica
- Balança Semianalítica
- Balão Volumétrico (50mL)
- Becker (50mL)
- Micropipeta (1mL)
- Proveta (50mL)
- Pipeta Volumétrica (5mL)
- Pipeta Graduada (5mL)
4.1 Método para calibração de Pipetas
Ao porte de um Becker de 50 mL seco em temperatura ambiente. Leve-o para pesagem em uma balança analítica. Meça, com sua pipeta volumétrica, 5mL e transfira para Becker dentro da balança analítica e, logo após, fechando-a para evitar evaporação. Repita a medição de volume na pipeta em triplicata.
Checar sempre a temperatura da água para utilização correta de sua densidade.
4.2 Método de calibração do balão volumétrico
Portando um balão volumétrico de 50mL, seco em temperatura ambiente. Pesa-lo na balança, zerar
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