Revestimento e Cimentação

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Revestimento de Produção: É um revestimento que tem como principal objetivo abrigar a coluna de produção, permitindo que os hidrocarbonetos sejam conduzidos até a superfície de maneira segura e econômica.

Liner: É uma coluna curta de revestimento, que fica ancorada um pouco acima da extremidade inferior do último revestimento, e que visa cobrir a parte inferior do poço, isto é, apenas o poço aberto. Pode ser utilizado em substituição ao revestimento intermediário, sendo chamado liner de perfuração, ou substituindo o revestimento de produção.

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Figura 1: Esquema de um poço revestido.

Revestimentos expansíveis: É um tipo de revestimento que é descido com um certo diâmetro e depois expandido para o diâmetro predefinido, podendo este ser praticamente igual ao diâmetro do revestimento descido na fase anterior. Além de poder ser usado como liner, a vantagem desse tipo de revestimento é permitir que uma fase seja estendida, não comprometendo assim a profundidade final do poço, ou ainda, atingindo a profundidade final com um revestimento de diâmetro maior do que o previsto. Pode ser usado como revestimento intermediário desde que suas propriedades físicas, principalmente sua resistência ao colapso, resistam. Outra utilidade seria como uma espécie de “remendo” em revestimento que estejam danificados.

A formação da coluna de revestimento é em função das solicitações previstas durante sua descida no poço e ao decorrer de sua vida útil. Estabelecidos os revestimentos a serem empregados, deve-se especificar: grau do aço, drift de passagem, diâmetro nominal, espessura da parede, tipo de conexão, entre outros.

A escolha do modelo de revestimento que será utilizado no poço é feita através de estudos que indicará financeiramente a espécie de tubo mais econômica, já que seus custos costumam ser bastante elevados. No entanto, deve-se respeitar os importantes fatores de segurança que é fundamental na indústria petrolífera, já que, por exemplo, a pressão de um poço pode prosperar e atingir uma importância superior a meta de pressão dos tubos de aço. Por esta e outras razões é de suma importância saber dimensionar o tipo de revestimento (grau de aço e peso nominal) descidos no poço, o que pode evitar sérios acidentes, tanto ao meio ambiente, quanto a vida das pessoas.

“O revestimento de um poço de petróleo constitui uma das parcelas mais expressivas do custo do poço, variando de 15% a 20% em mar, e podendo chegar a até 50% em terra”.

- TIPOS DE CONEXÕES

O API estabeleceu especificações para os seguintes tipos de conexão: Luva curta oito fios; Luva longa oito fios; Buttress; Extreme line.

Principais características dos tipos de conexões

- Oito fios por polegada: Baixa resistência à tração;

- Buttress Resistência à tração maior do que o corpo do tubo.

- Extreme line: Alta resistência da conexão; Ótima resistência quanto a vazamentos (mesmo sob altas pressões ou em poços com injeção de vapor).

- Hydrill: Semelhante a extreme line, diferenciando-se pelo perfil.

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A operação de descer a coluna de revestimento é bastante semelhante às manobras de introduzir a coluna de perfuração no poço, sendo que a principal diferença são os equipamentos utilizados. No caso da descida de revestimentos, os equipamentos utilizados tendem a ser mais robustos devido ao grande diâmetro das juntas e ao enorme peso da coluna. Em alguns casos, as tradicionais cunhas são substituídas por um equipamento conhecido como aranha ou spider, em inglês. Este equipamento pode ser montado na mesa rotativa ou mesmo montado sobre uma plataforma que sustentará o equipamento sobre a mesa rotativa. Estes equipamentos são utilizados para que não se apoie um peso muito grande sobre a mesa rotativa, já que isso poderia causar danos ao equipamento.

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- CIMENTAÇÃO

Após a decida da coluna e revestimento, geralmente o espaço anular entre a tubulação de revestimento e a parede do poço é preenchido com cimento, de modo a fixar a tubulação e evitar que haja migração de fluidos entre as diversas zonas permeáveis atravessadas pelo poço.

Realizada basicamente pelo bombeio e pasta de cimento e água através dos tubos de revestimento. Além do objetivo de formar um tampão de selo no fundo do poço ou para corrigir desvios do poço durante a perfuração.

Para não ocorrer a comunicação indesejada das diversas zonas permeáveis do poço o cimento deve estar fortemente aderido a superfície externa e as paredes do poço. A cimentação é dividida em duas etapas, sendo elas cimentação primaria e cimentação secundaria.

3.1 Cimentação Primaria:

Logo após a decida de cada coluna de revestimento no poço é realizada a cimentação primaria, prevendo obter fixação e vedação eficiente e permanente do espaço anular. É a principal operação de estruturação do poço. Tendo como principais objetivos:

- Impossibilitar o fluxo de fluidos da formação para o poço;

- Impossibilitar ou delimitar a comunicação de fluidos entre as formações ao redor do casing;

- Impossibilitar a eliminação de circulação do fluido de perfuração;

- Conter e dispor suporte adicional ao casing e ás paredes do poço;

- Cuidar o casing e desacelerar o processo de corrosão

- Impossibilitar a contaminação de zonas de água doce

Para realizar a limpeza do poço, a equipe da sonda faz-se circular o fluido de perfuração ao atingir a profundidade estabelecida para a coluna de revestimento. É introduzida então a coluna de revestimento logo após a retirada de perfuração. A pasta de cimento é bombeada por dentro da coluna de revestimento, deslocando-se em seguida para o interior da anular entre o casing e as paredes do poço (figura 02). A quantidade de cimento preciso é antecipadamente calculada para um determinado volume especifico do espaço anular. Após o enrijecimento o cimento pode-se iniciar uma nova perfuração.

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