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CONCRETO ESTRUTURAL LEVE

Por:   •  28/3/2018  •  1.849 Palavras (8 Páginas)  •  359 Visualizações

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O controle de umidade dos agregados leves tem papel fundamental na produção dos concretos.

5 Transporte, lançamento e adensamento

No transporte e adensamento do concreto leve deve ser considerada a tendência de acúmulo de agregados leves na superfície do concreto, fenômeno conhecido como "flutuação do agregado graúdo", consequência dos baixos valores da massa específica dos agregados. Esse fenômeno pode ser evitado ou reduzido com a adição de finos e o controle da relação água/cimento e do teor dos agregados miúdos.

6 Procedimentos de cura

Os mesmos procedimentos, de cura dos concretos convencionais podem ser adotados para os concretos com agregados leves, tomando-se cuidados especiais com a temperatura do concreto. O calor liberado durante o processo de hidratação do cimento acarreta uma elevação maior na temperatura dos concretos leves do que nos concretos convencionais, em função da baixa condutibilidade térmica dos agregados leves. Em ambientes com baixas temperaturas, a fim de se evitar a formação de fissuras térmicas, recomenda-se protelar a retirada das formas ou cobrir o concreto com mantas isolantes.

7 Propriedades dos concretos estruturais leves

7.1 Trabalhabilidade

A faixa de variação dos valores de abatimento dos concretos leves é menor do que a utilizada para os concretos tradicionais, tendo a absorção de água dos agregados grande influência na manutenção da trabalhabilidade do concreto após a mistura.

No caso do abatimento do tronco de cone (slump test), os concretos leves apresentam valores de abatimento menores do que os obtidos para os concretos tradicionais, produzidos nas mesmas condições de dosagem. Com isso, concretos leves com abatimento de 80mm, por exemplo, podem apresentar trabalhabilidade similar a dos concretos tradicionais com abatimento de l00mm.

7.2 Resistência à compressão e massa específica

A resistência à compressão e a massa específica são as propriedades mais utilizadas na caracterização dos concretos leves estruturais, estando diretamente relacionadas com o tipo e a granulomctria do agregado leve utilizado. A granulometria dos agregados tem mais influencia na massa específica e na resistência mecânica dos concretos leves do que nos concretos tradicionais, pois a massa específica da maioria dos agregados leves é inversamente proporcuional à sua dimensão, conforme ilustrado na Figura 5.

Figura 5 – Influência da dimensão do agregado leve na resistência à compressâo do concreto.[pic 5]

Fonte: Ibracon, 2005

A relação entre a resistência a compressão e a massa específica (Equação 1). denominada "Fator de Eficiência” ou "Eficiência Estrutural”, é um parâmetro bastante utilizado para caracterizar os concretos leves. Define-se concreto leve de alto desempenho (CLAD) como um concreto com fator dc eficiência acima dc 25 MPa.dm3/kg. A Figura 6 ilustra a variação da resistência com a massa específica do concreto.

[pic 6] [01]

onde:

fc = resistência á compressão (MPa):

γ = massa especifica seca do concreto (kg/dm3);[pic 7]

Figura 6 – Relação entre resistência á compressão e massa especifica do concreto leve com argila expandida nacional.

Fonte: Ibracon, 2005

7.3 Resistência à tração

A Figura 7 apresenta algumas expressões para a estimativa dos valores das resistências à tração por compressão diametral e à tração na flexão dos concretos leves em função da resistência à compressão.

[pic 8]

Figura 7 – Relação entre resistência à compressão e resistência à tração dos concretos leves.

Fonte: Ibracon, 2005

7.4 Módulo de deformação e curva tensão-deformação

Assim como a maioria das propriedades dos concretos leves, o móulo de deformação está diretamente relacionado com o tipo e com a quantidade de agregado leve utilizado. Como os agregados leves apresentam valores do módulo de deformação significativamente inferiores aos apresentados pelos agregados tradicionais, os concretos leves apresentam valores de módulo de deformação inferiores aos observados para os concretos tradicionais.

Normalmente, o valor do módulo de deformação do concreto leve varia entre 50 e 80% do valor do módulo de deformação do concreto com massa específica normal.

A Figura 8 apresenta algumas expressões que relacionam o módulo de deformação do concreto leve com suas respectivas resistências à compressão e massa específica. A expressão do ACI 318 (1995) mostra-se bastante adequada para a estimativa do valor do módulo de deformação dos concretos com agregado leve nacional.[pic 9]

Figura 8 – Equações para cálculo do módulo de deformação.

Fonte: Ibracon, 2005

A curva tensão-deformação dos concretos com agregados leves apresenta comportamento linear até cerca de 80% do carregamento onde ocorre a ruptura, em lugar dos 60% observados no concreto tradicional. Observa-se também, Figura 9, que a parte ascendente da curva tensão-deformação dos concretos leves torna-se mais linear à medida que a resistência do concreto aumenta, enquanto a parte descendente da curva, após a ruptura, torna-se mais ingreme.

[pic 10]

Figura 9 – Ilustração do comportamento da curva tensão-deformação dos concretos com agregados leves.

Fonte: Ibracon, 2005

7.5 Durabilidade

A durabilidade dos concretos depende essencialmente da permeabilidade desse material. No excesso de água livre reside a principal causa dos poros capilares dos concretos, responsáveis por sua porosidade permeável Além disso, a permeabilidade dos concretos depende, também, da ocorrência de fissuras internas, ocasionadas, principalmente, pela concentração de

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