Sensação e Percepção
Por: Juliana2017 • 3/9/2018 • 2.576 Palavras (11 Páginas) • 285 Visualizações
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A figura de fundo é outra parte crucial da analise visual e a separação do objeto do ambiente em que se encontra, de modo que o objeto seja visto como um todo coerente, separado de seu fundo. Porém, enfatizaremos que essa diferenciação entre figuras, como todos os aspectos da análise, tem contribuição do sujeito e não é uma propriedade do estímulo.
A figura reversível deixa claro que o estimulo em si costuma ser neutro em relação à análise. O que é figura e o que é fundo, como muitas das características da forma, esta nos olhos de quem vê.
Com relação à seleção perceptiva o olhar seletivo significa “prestar atenção”, em um estímulo ou usar um “foco mental”. A resposta está relacionada à ativação. Se as circunstâncias levam o indivíduo a espera ver digamos a palavra gato, ele ativa os detectores apropriados. Como resultado, quando o estímulo esperado chega, ele será processado de forma mais eficiente: como os detectores são ativados, eles precisam apenas de uma leve ativação adicional para desencadear uma resposta. Observe, contudo, que a ativação é seletiva. Um indivíduo que espera ver a palavra gato esta menos preparado para qualquer outra coisa. Assim se o estímulo for a apalavra lama, por exemplo, ele será processado de maneira menos eficiente. Se o estímulo inesperado for fraco (talvez piscando brevemente ou projetado em uma tela mal iluminada), ele pode não desencadear resposta alguma. É dessa maneira que a ativação pode nos poupar de distrações, facilitando seletivamente a percepção de estímulos esperados, mas impedindo simultaneamente a percepção de outras coisas.
A audição, assim como a visão, também exige que agrupemos elementos separados para ouvir sequencias coerentes. Além disso, a audição, é influenciada pela atenção.
Mesmo que a audição seja exposta a estímulos diversos, o sujeito também pode detectar mais facilmente, estímulos que tenham relevância pessoal – o nome de um restaurante de que goste, por exemplo, ou um livro que tenha acabado de ler. A razão para isso é a ativação: o sujeito supostamente se deparou recentemente com esse estímulo significativo, como resultado, os detectores relevantes provavelmente ainda estão “aquecidos” e, por isso, responderão mesmo a estímulos fracos. Portanto, assim como a visão, a percepção de um estímulo pode ser promovida pela atenção, quando o estímulo chega, ou por uma ativação específica, com base em experiências anteriores, no caso do próprio nome ou outro estimulo proeminente, a apresentação da ativação pode compensar as grandes desvantagens associadas à ausência de atenção. Ou seja, o papel das feições e da organização também se aplica a audição.
Em aquisição, armazenamento e recuperação, segundo Gleitmam (2009) compreende:
Aquisição – em primeiro lugar para lembrar, deve-se aprender algumas coisas, ou seja, você deve colocar algumas informações na sua memória, isso parece obvio mas muitas falhas da memória na verdade são falhas neste estagio de aquisição.
Armazenamento – para ser lembrada, uma experiência deve deixar algum tipo de registro no sistema nervoso (o traço de memória).
Recuperação – é o processo pelo qual você tira do armazenamento e utiliza de algum modo.
Recordação – é quando você tira informação da memória em a resposta a um sinal ou questão
Reconhecimento – você tem contato com um nome, um fato ou uma situação, e deve dizer se já o encontrou antes.
Ou então, temos também, na versão do Atkinson e Hilgard (2002), as cinco funções da percepção, envolvendo:
Atenção – esse processo vai selecionar as informações que serão futuramente selecionadas e dessa maneira auxilia na tomada de decisões.
Localização – esse sistema vai identificar a localização dos objetos de interesse.
Reconhecimento – o reconhecimento pode determinar quais serão os objetos ou situações presentes.
Abstração – nessa fase, já será possível abstrair as características críticas do objeto que já foi reconhecido.
Constância perceptiva – esse sistema manterá determinadas características relacionando-as a determinados objetos ou situações.
A aquisição de memória, usando-o para incluir casos de memorização deliberadamente (aprendizagem intencional) e também casos de aprendizagem incidental aquela que ocorre sem a intenção de aprender e muitas vezes sem a consciência de que ocorrendo.
Podemos associar o processo de aquisição de Gleitman, com a função de atenção colocada por Atkinson, já que a mesma se relaciona não só com o processo de atenção em si, mas também percepção e memória.
Como vemos, a aquisição da memória não e uma questão de “copiar” um evento ou um fato na memória da maneira como uma câmera copia uma imagem para o filme. Pelo contrário, a aquisição exige atenção ao material a ser lembrado e um certo envolvimento intelectual com o material – pensar sobre ele de algum modo. E o produto desse envolvimento - aquilo que você pensou durante o acontecimento a ser lembrado que é armazenado na memória. De certo modo então, a aquisição da memória envolve um processo de tradução, traduzindo o estímulo bruto em registro intelectual. Os pesquisadores chamam esse processo de codificação da memória, assim, adquirimos memórias colocando as informações codificadas em um local de armazenamento.
A memória de longa duração é um armazenamento mais adormecido para informações que você não esta usando no momento, mas que pode precisar mais a diante.
Para criar memória, deve-se pensar de algum modo sobre os materiais a serem lembrados. Esse envolvimento com o material não precisa ser uma contemplação profunda.
Portanto, a atenção ao som da palavra é melhor do que um ensaio impensado e mecânico, mas a atenção ao significado da palavra é ainda melhor, e quase sempre esta associada a uma probabilidade maior de recordação, e não é apenas a busca por significado que ajuda a memória. Em vez disso, a memória é promovida ao se encontrar o significado, ou seja, chegando se a uma compreensão dos materiais que devem ser lembrados. Essa hipótese tem o amparo de muitas fontes.
Em alguns
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