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Ideação Suicida na Adolescência

Por:   •  13/11/2018  •  2.063 Palavras (9 Páginas)  •  232 Visualizações

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o diz como agir, destruindo a originalidade ou subjetividade do indivíduo. Para os que a diferença é muito gritante o indivíduo é deixado de lado do meio social, que os leva a pensar de que há algo de errado com eles, o que os leva ao isolamento.Às vezes o "ensimesmar-se" (Termo utilizado por Ortega y Gasset para: Refletir consigo mesmo) é doloroso.Conforme DUTRA,2002,p. 53-87 apud BRAGA;DELL’AGLIO,2013,p.5:

Considera que a solidão em si resultante deste isolamento é um sentimento muito comum em adolescentes que tentam o suicídio. Tais jovens relatam a falta de ter amigos e reclamam de não ter ninguém para dividir experiências e tristezas, apresentando maior probabilidade de desenvolver problemas emocionais, comportamentais e afetivos.

Como também, citou PIETRO E TAVARES, 2005, p.146-154 apud BRAGA;DELL’AGLIO,2013,p.5:

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Constataram que a falta de convivência com os pares durante a infância ou a adolescência pode constituir-se como fator de risco ao suicídio, pois trocas afetivas com pares, nesta fase do desenvolvimento, reduzem o impacto das experiências adversas.

O suicídio refere-se ao desejo consciente de morrer e a noção clara do que o ato executado pode gerar a solução do problema, a decisão de cometê-lo não ocorre de maneira rápida, sendo que com frequência o indivíduo que comete o suicídio manifestou anteriormente alguma advertência ou sinal com relação à ideia de atentar contra a própria vida. O sintoma da depressão, como tristeza, desesperança, falta de motivação e interesse pela vida faz com que este transtorno seja um dos principais fatores ao suicídio. Nesse sentido, destaca-se a necessidade de que os profissionais da área da saúde sejam capacitados para a identificação e o manejo de sintomas à dinâmica do suicídio e as características de gênero envolvidas nesse comportamento. Pode-se ter uma noção à parte se observando as diversas visões de homem na história, hoje ele é um produto social, e todo desenvolvimento moderno em questão de comportamento é para que os homens vivam em sociedade. A psicologia tem o dever de buscar compreender a singularidade de cada um para inseri-lo em sociedade.

As estatísticas relativas às tentativas são ainda falhas, porém observa-se um aumento considerável nas últimas décadas o que é verídico, mas ainda não o abrange com toda magnitude. Isso ocorre também por conta da falta de comprometimento das famílias, afinal, suicídio ainda é um assunto “áspero”, um “tabu”, por assim dizer. Além dessa falta de cooperação vinda das famílias há também a falta de um preparo; a depressão como principal fator ainda é tratada como mero "deslize" pela população, exatamente por falta de conscientização. Esse abandono para com um mal tão pungente só termina por piorar a situação da vítima. A enfermidade (depressão) acaba sendo um espelho do ambiente emque a pessoa se encontra. Temos uma sociedade que conduz, inconscientemente, para essa ideação, mas que não aceita o mal que faz

3. CONCLUSÃO

O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise de que os fatores que encaminham para ideação suicida podem ser diminuídos. Com isso, todos artigos pesquisados para o auxilio desse projeto permitiram verificar que os

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paradigmas sociais, a falta de entendimento diante dos pais com os filhos, a ausência de pessoas que possam compreender e auxiliar a vítima como também, o individualismo são alguns dos fatores principais para ocasionar problemas emocionais e comportamentais.

Além disso, nota-se que as redes sociais na maioria das vezes são apenas meios para transmitir e informar sobre o assunto (suicídio, depressão), porém não buscam incentivar o auxílio para que tenha uma contribuição. Para amenizar esse problema é essencial quebrar os “tabus” sobre esse assunto, por intermédio, de propagandas midiáticas, palestras em escolas, faculdades. Ademais, faz-se necessário o apoio do governo para colocar psicólogos nas redes escolares como também, pôr mais profissionais nos hospitais e postos para tornar mais acessível o atendimento ao público.

REFERÊNCIAS

ABASSE, Maria Leonor Ferreira et al. Análise epidemiológica da morbimortalidade por suicídio entre adolescentes em Minas Gerais, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, [s.l.], v. 14, n. 2, p.407-416, abr. 2009.

ARAÚJO, Luciene da Costa; VIEIRA, Kay Francis Leal; COUTINHO, Maria da Penha de Lima. Ideação suicida na adolescência: um enfoque psicossociológico no contexto do ensino médio. Psico-usf, [s.l.], v. 15, n. 1, p.47-57, abr. 2010.

BAGGIO, Lissandra; PALAZZO, Lílian S.; AERTS, Denise Rangel Ganzo de Castro. Planejamento suicida entre adolescentes escolares: prevalência e fatores associados. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n. 1, p.142-150, jan. 2009.

BRAGA, Luiza de Lima; DELL’AGLIO, Débora Dalbosco. Suicídio na adolescência: fatores de risco, depressão e gênero. Contextos Clínicos, São Leopoldo, v. 6, n. 1, p.3-14, 1 abr. 2013. UNISINOS - Universidade do Vale do Rio Dos Sinos.

CASSORLA, R.M.S. (1987). Comportamentos suicidas na infância e adolescência. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 36, 3, 137-144.

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