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CALLIGARIS, CONTARDO. A Adolescência

Por:   •  20/11/2018  •  1.110 Palavras (5 Páginas)  •  234 Visualizações

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4- O ato de se enfeiar pode corresponder a uma recusa da sexualidade Tornando-se feio ele poderia criticar um sistema que valoriza a desejabilidade dos corpos como razão do reconhecimento social.

Pode ser também para se proteger de um olhar que poderia não acha-lo desejável. Conseguindo assim prevenir essa catástrofe para sua insegurança, atribuindo sua indesejabilidade a seus próprios esforços de enfeiar,a feiura é uma espécie de exibicionismo escancarado..

A grande maioria dos adolescentes de cabelos ultra loiros, brincos, tatuagens e cara feia, inventando um padrão estético, como tribos onde seus membros se diferenciam e se reconhecem entre si, mais uma forma de agressão deliberada contra os adultos, além de lhe proteger de um olhar que poderia não achá-lo desejável.

5- O adolescente procura significado, ao se identificarem com as imagens e as músicas, As figuras que cantam e dançam são personagens que permitem adotar um gesto, um estilo, um look, sem por isso comprar uma aventura narrada e preestabelecida ou, pior, uma vida inteira.

A música deixa liberdade. Ela dá o clima, sugere uma atitude, mas não dita uma história. O adolescente vive com uma trilha sonora permanente, inspiradora de imagens com as quais compõem sua identidade. Ele fica irritado com o metal, romântico com Phil Collins, cool e inspirado com rave, dinâmico com disco, etc.

Essa escuta constante comporta sua parte de provocação. O adolescente oscila entre estourar as caias de som e viver com fone de ouvido. “Ou te ensurdeço ou não te escuto”.

O volume da música também é uma metáfora sonora da intensidade da experiência adolescente.

O Adolescente passa por uma fase em que atribui um poder ilimitado ao seu pensamento. Quando expõe seus pensamentos, na verdade desejam transformar o futuro em algo glorioso ou transformar o mundo pelas suas ideias, a formação de sua personalidade, coloca-se em igualdade com os mais velhos, tentando ultrapassá-los e espantá-los, “transformando o mundo", ao seu redor, a competitividade passa a ser sua marca. No seu interior há uma oscilação de sentimentos. Com o tempo o jovem vai se encaixando nesta adolescência idealizada culturalmente e tornando sua moratória, objeto de inveja de crianças e adultos.

Referências

CALLIGARIS, CONTARDO. A Adolescência. São Paulo. Publifolha. 2.000.

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