A constituição do espaço psicológico

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Numa sociedade agrária, a identidade social era pré-definida pela cultura em função de eventos biográficos, quase que totalmente. A nova forma de organização social, a convivência é marcada pelas relações instrumentais e pela luta entre interesses particulares opostos, o que dá margem para o surgimento de uma subjetividade Surge uma imagem de indivíduo legada pelo iluminismo e presente no liberalismo clássico: capaz de discernimento, capaz de cálculo na defesa de seus interesses, e livre das autoridades e tradições impostas.

Mais tarde, quando a sociedade entra em crise, com as guerras, as lutas operárias, as recessões, os bolsões da miséria urbana, o indivíduo privado passa a ser visto como egoista, imediatista, sem condições de autocontrole em benefício do social, tornando-se assim o grande bode expiatório. Observa-se: de um lado o indivíduo para si, irredutível; do outro lado, o indivíduo para o outro, um suporte de papéis sociais e pré definidos. Um, objeto de uma psicologia que não é ciência; o outro, objeto de uma ciência, mas não chega a ser psicologia.

CONCLUSÕES

Ao se reconstituir as condições sociais, econômicas e culturais existentes no projeto de uma Psicologia Científica nota-se que lhe criam o espaço e definem seu significado, oposição entre o caráter considerado pré-científico do sujeito, somado ao caráter pré-social, ou anti-social do indivíduo privado de um lado, e do outro lado a necessidade de submeter a subjetividade a leis, descobrindo aí regularidades que possibilitem seu controle e a coloquem a serviço do domínio técnico da Natureza e da reprodução social. Daí, a ciência Psicologica, tende a constituir-se, vendo-se na obrigação de reconhecer e desconhecer seu objeto.

Ao não reconhece-lo, não se legitima como ciência, pois não se submete aos requisitos da metodologia científica, nem resulta na formulação de leis gerais com caráter preditivo, as divergências parecem refletir as contradições do próprio projeto que enraizam-se por sua vez na ambigüidade da posição do sujeito e do indivíduo na cultura ocidental contemporânea.

CRÍTICA/COMENTÁRIO

A chegada do século XVII traz uma nova definição para o conhecimento, cede lugar a razão, e a ação experimental. Francis Bacon em seus livros dissipa esses novos conhecimentos para o mundo. Descartes que tinha uma vertente racionalista até mesmo compartinha das idéias de Bacon. A partir desta amizade cientifica a ação experimental e razão tiveram um alcance maior.

Desde então muitos outros adeptos destas teorias começaram a somar-se com o conhecimento experimental regido pela ação. Através desta ciência houve uma antecipação, intervenção de resultados de pesquisa que foi e continua sendo muito útil até os dias de hoje. Bacon começou a pensar sobre que o homem tem ídolos e valores culturais que limitam o aprendizado novo, raízes profundas que atrapalham o desenvolvimento da nova ciência. Realmente ainda hoje ficamos presos a isso, é necessário tem mente limpa para fazer pela ciência, não deixar as idéias se influenciarem. Daí surge uma nova remodelagem de uma cautela maior do homem para com o estudo.

Bacon sempre compartilhava que a evidencia empírica sempre foi e continua sendo a base mais segura para os estudos . Hegel e Marx trazem a duvida sobre o que é de imediato, de respostas curtas e assim começam a se policiar e testar mais os experimentos.

David Hume reduziu todos os processos mentais a fenômenos associativos, confirmava que a aprendizagem era a origem das categorias e operações do pensamento. Vemos que através de muitos pensadores e também do tempo a experimentação e razão foram se moldando a fim de desvendar as duvidas que sempre pairavam na sociedade, conforme evoluiu foi tornando-se cada vez mais segura e certeira, foi um longo processo mas hoje vemos que é o melhor método para testar teorias. Graças a todos os pensadores deste movimento hoje temos uma maior iluminação para as experiências a fim de tornar a ciência cada vez mais confiável e eficaz.