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A MOTIVAÇÃO PARA ADOÇÃO

Por:   •  13/9/2018  •  1.730 Palavras (7 Páginas)  •  270 Visualizações

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Motivado pelo ato de caridade

Para outras pessoas, tornar-se pai ou mãe por adoção é uma decisão que independe de possuir ou não filhos biológicos, mas sim o desejo de construir um lar ou de fazer o bem a quem precisa.

Deste modo, não se trata de ajuda humanitária, mas de sensibilidade social. Há alguns anos, esse tipo de motivação não era bem aceito. Hoje vale qualquer adoção que garanta a melhoria da qualidade de vida da criança que vive em diferentes instituições. Dentro da nova visão, a prioridade deve ser o respeito à prerrogativa de a criança ter um lar, ser amada.

"Quem tem direito a ter uma família é a criança", afirma Lidia Weber, psicóloga, autora de Pais e Filhos por Adoção no Brasil. 1

1. Livro Adote com Carinho (2011) Ed. Juruá.

Encontrar uma companhia

Temos relatos de pessoas que optaram pela adoção, motivados pela sensação de solidão, acreditando encontrar a companhia permanente em um filho. Contudo, vale ressaltar que é o adotante que deve companhia ao adotado. Se a motivação para essa adoção for diferente disso, com certeza a frustação é certa!

Conseguirão companhia por algum tempo, ou seja, enquanto a dependência do menor for acentuada, esse vazio estará preenchido, porém, na medida em que a criança ou adolescente se desenvolve, conquistando sua autonomia, o sonho da companhia, desfaz-se.

“Se você precisa de um filho para preencher o seu vazio, arrume um cachorro!” (Gloria Maria).2

2. http://www.futilish.com/2014/12/a-geracao-das-mulheres-que-nao-querem-filhos/

Motivado pela Síndrome do Ninho Vazio

Quando finalmente o Ninho está vazio e parece ser hora de descansar, muitos pais que se veem com a casa vazia, mas ainda com fôlego e disposição de cuidar de crianças, estão optando pela adoção tardia.

Geralmente são crianças mais velhas ou que têm necessidades especiais. É raro uma pessoa mais velha adotar um bebê. Isso justamente se dá devido a maior necessidade do momento que é ter companhia e não buscar a realização pessoal ou porque está sendo pressionado etc.

Assim, vale lembrar, que pessoas de idade mais avançada, hoje, estão muito mais qualificadas para serem pais. Com a expectativa de vida aumentando e a terceira idade se mantendo saudável por mais tempo, a hora parece apropriada para esse tipo de decisão.

Encontrar a realização procriativa - Raiz Biológica

Tornar-se pai ou mãe é uma função inerente ao ciclo da vida: nascer, crescer, reproduzir, aprender, ensinar e morrer. Geralmente homens e mulheres são preparados biologicamente para gerar um filho. Sobre esta matriz biológica se somam inúmeras outras razões que podem reforçar a necessidade de se ter um filho.

O primeiro processo é tentar a gravidez natural, portanto, existem muitas razões que impedem esse acontecimento, mesmo que utilizado diferentes métodos. Neste momento a possibilidade da adoção aparece como alternativa à paternidade ou maternidade biológica.

Logo, algumas das motivações para o projeto adotivo biológico incluem: homens ou mulheres inférteis ou estéreis; uma gravidez que possa gerar risco para saúde e para a vida da mulher ou da criança e/ou medo de gerar um filho com deficiência ou de risco genético devido a histórico familiar ou orientação médica.

Motivado por pressões sociais

A pressão da família e da sociedade para que os casais tenham filhos muitas vezes é enorme. Inerente a isso, o fato de não conseguir engravidar pode fazer a pessoa se sentir um completo fracasso. Perante a essa perspectiva, vivemos em uma sociedade a qual parece acreditar e valorizar que uma família somente é completa, quando o núcleo familiar é composto também por crianças.

É comum perguntar a um solteiro quando ele irá encontrar um namorado. Quando esse inicia um namoro, começam a questionar quando será o casamento. E quando isso ocorre, iniciam-se às solicitações pelo filho do casal. Várias podem ser as justificativas desses casais, porém a pressão é tão maior que acaba se sobrepondo à dificuldade ou ao seu desejo. Há a obrigação de constituir uma família para provar que se tem uma, embora, esse mesmo casal, nem esteja preparado para encarar uma adoção.

Substituir um filho que se perdeu – LUTO

Recomeçar...

Para o dicionário, palavra que significa "começar de novo, retornar a fazer, reiniciar".

O processo adotivo não deve ser visto como uma forma de se substituir um filho perdido, pois essa substituição é inviável, um filho nunca poderá ter seu lugar ocupado por outro. Cada um deve ser visto como único, e através desse método deve-se encontrar um forma de transferir o amor que tem dentro de si, pois aquele filho sonhado tinha uma história e um rosto, e não pode ser substituído por outro filho com outra história e outro rosto.

Contudo, tornar-se pais ou mães adotivos deve ser sempre uma escolha consciente, responsável e sensível, respaldada pelo desejo de oferecer cuidado, proteção, referências e acima de tudo o amor, para o desenvolvimento saudável desse filho.

Considerações Finais.

Hoje vivemos num mundo de transformação, a cultura está deficiente e o preconceito aumenta a cada instante e a adoção é um exemplo claro disso, pois adotar é um ato de coragem e precisa de enfrentamento familiar e social.

Não existe adoção sem amor. Adotar representa trazer para a sua família um ente que será seu. Que será educado como membro da sociedade, pois um dia este filho também virá a constituir uma família, dando a ela o mesmo amor e educação com que foi criado.

Em razão disso, antes de tomar a decisão de ADOTAR, deve ser avaliada a real MOTIVAÇÃO dos adotantes, pois o futuro de uma criança poderá ser afetado de maneira irreversível dependendo da conduta dos envolvidos.

Adotar significa proporcionar “à criança” tudo que ela precisa para sobreviver, além de muito amor e carinho.

A RESPOSTA (para um filho adotivo)

“Não é carne de minha

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