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A MEDICALIZAÇÃO NA INFÂNCIA

Por:   •  24/4/2018  •  1.627 Palavras (7 Páginas)  •  262 Visualizações

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Nos últimos anos vem crescendo a substituição do papel do psicólogo, pedagogo, assistente social pela psiquiatrização nas crianças em especial,existe no contexto um abandono na investigação ao verdadeiro bem estar daquela criança, dando lugar a esteriotipização generalizada.

No ano de 1952 havia uma investigação severa quanto ao uso de medicamentos, e seus benefícios quanto a saúde mental, levando em consideração que remédios são drogas licitas e que alguns agem diretamente em aéreas do cérebro importantes, e refletem em seu funcionamento como um todo, ou seja no bem estar direto do individuo, hoje podemos ver indiscriminado generalizações e mudanças no DSM,podemos correr o risco de homogenealizar sofrimentos severos na psiquiatrização quanto ao sofrimento diário que não entram no estado de loucura ou algum déficit por exemplo, tornando o diagnostico mais objetivo em vez de subjetivo. Ainda houve com a classificação do DSM muitas classificações indiscriminadas e disputa cientifica, com bases teóricas, a entradas de corporações privadas no campo da psiquiatria como, por exemplo, interesses farmacêuticos e as seguradoras de saúde,o aumento de interesses próprios externos submergiu,deixou em segundo plano a vida, o humano, diagnosticando transtornos graves a partir de quadros psicologicamente clássicos sendo agora apresentados como um grupo de sintomas apresentados na lista do DSM globalizando a psiquiatrização.

Considerando que hoje a medicalização tem uma base forte na sociedade tanto nas indústrias farmacêuticas, os medicamentos foram inseridos de forma quase que indispensável a todos sem qualquer prescrição médica adequada, exemplos analgésicos, antitérmicos, remédios para emagrecer até chegar nos remédios controlados, com isso as crianças tem sido alvo da medicalização indiscriminada.

Segundo o autor (BERCHERIE) caracteriza a formação de psiquiatrização infantil marcados por três períodos:

- A influência da pedagogia nos séculos xvIII e xIx.

- Os progressos de psicologia do desenvolvimento.

- As contribuições psicanalistas das definições da clinica da criança.

O que vai determinar a questão é o olhar que é lançado sobre a infância, sua formação e seu desenvolvimento.

No século XX a criança é basicamente um objeto de pedagogia, com a instalação do ideal de educação; se a criança não se adaptar ao padrão essa criança é considerada fora do esperado socialmente normal. Com isso, entra o interesse médico na patologização infantil, sendo algum diagnóstico feito como crianças idiotas ou até retardados mentais, sendo que ainda nem existia o estatuto de doenças mentais, existiam apenas nesse período médicos pedagógicos apenas atuando com adultos em asilos.

As escalas de inteligência desenvolvidas por BINET E SIMON, estudiosos no assunto contribuíram para a instalação definitiva da psiquiatrização infantil como ramo separado da psiquiatria em geral.

Passou a se considerar o diagnostico a partir do aprendizado dessa criança e sua aquisição cognitiva e com isso ainda é fortemente discutido esse tema nas escola, desenvolvendo a psiquiatriazação marcada com a institucionalização e segregação devido ao fracasso escolar nas condições de aprendizado.

A medicalização e o diagnostico são amplamente utilizados em crianças de difícil adaptação aos padrões principalmente escolares, ao invés de revolucionar o ensino muitas vezes ineficaz e improdutivo. Assim, vemos crianças e suas famílias sendo submetidas ao domínio só saber médico e outros sem saber a subjetividade de outro contexto, dando-lhe apenas um paliativo no contexto social, podendo ter outra possibilidades de evidencias que comprovariam que o erro está na família, no ambiente, no desenvolvimento ou qualquer outro contexto que não a criança diretamente.

Hoje nas escolas e o discurso médico e na escola junto a mídia é deixar em evidência o TDAH transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, sendo assim as amplas sintomas presentes no manual DSM permite que muitos acontecimentos cotidianos sofrimentos passageiros ou em outros comportamentos, possam ser registrados como sintomas próprios de transtornos mentais; não se trata de questionar apenas mas temos que revisar a banalização do diagnostico e uso de medicação diante a situações que as vezes poderiam ser resolvidas de outras formas.

Hoje já existem mais de 500 tipos descritos de transtornos mentais nomeando o sofrimento humano. Deixando a subjetividade do comportamento em seu contexto para o ser objetivo, também não estamos deixando de considerar os efeitos positivos da medicalização, sendo bem desenvolvido clinicamente de forma generalizada e rápida ás vezes sem um conteúdo apurado da situação externa e interna, culpababilizando assim o individuo ,naturalizando seu sofrimento, sem rever as competências cognitivas relacionadas a sua real dificuldade e também possíveis falhas escolares relacionadas ao fracasso escolar.

Com as análises desenvolvidas ao longo do texto, conclui-se que a escola tem se tornado um ambiente regulador da inclusão/exclusão da criança no domínio do saber médico-psiquiátrico, o saber e a intercessão médica e farmacológica são assegurados pelas escolas, unidades de saúde e as clínicas privadas. A medicação tornou-se a principal forma de tratamento utilizada pela medicina para responder às demandas sociais realizadas pelas instituições de apoio infantil. As pesquisas desenvolvidas indicam o entendimento da medicalização como um desenvolvimento do processo de patologização dos problemas educacionais exige um trabalho crítico e a necessidade de novos posicionamentos de psicólogos, educadores e profissionais da saúde em relação à sociedade.

REFERÊNCIAS

AMARANTE, Paulo. Medicalização e determinação social dos transtornos mentais:

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