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A Depressão na Adolescência

Por:   •  29/3/2018  •  1.525 Palavras (7 Páginas)  •  280 Visualizações

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Uma doença silenciosa porem mortal, a depressão, cada vez mais conhecida entre as pessoas. Há um problema grave, o próprio quadro de maturação na adolescência gera um estigma social que pode dificultar o diagnóstico da doença.

A atenção de pessoas da rede social do adolescente é de extrema importância na identificação desses sintomas no mesmo. Por isso á uma necessidade de um olhar além dos estigmas sociais que existem sobre esse período da vida, para que o caso não chegue a níveis extremos e seja devidamente tratada a tempo.

Características da formação de personalidade

O mundo está cada vez mais “digital”. Ao postar uma foto nas páginas de redes sociais, por exemplo, somos reféns das “curtidas” que recebemos de outras pessoas, serve como um tipo de crítica e pode contribuir na formação da identidade do indivíduo. Para o filósofo francês Gui Debord “Passamos a posição de espectadores recíprocos” esperando que nossas fotos sejam curtidas, nos tornamos inseguros diante de um relacionamento pessoal, portanto mais frágeis à recepção de críticas podendo desenvolver um humor deprimido, sentimento de desesperança e isolamento de relações pessoais mais afetivas.

Outro ponto interessante e a característica criar dentro desses espaços uma imagem interessante e que possam ser protagonistas de suas vidas para Robert H. uma serie de resoluções de tarefas caracterizaria a passagem pela adolescência entre elas a aceitação do próprio corpo e o estabelecimento de relações maduras, a criação de imagens ilusórias e o estabelecimento de relações neste mundo tornaria esses indivíduos incapazes de resolver esses conflitos e incapazes de uma interação social totalmente satisfatória.

A falta de tempo:

O psicanalista Brasileiro Joel Birdman destaca que a pratica de atividade das redes sociais tem tirado o tempo dos indivíduos, tomando para si o controle do tempo tornando suas vidas um frenesi indivíduos, parecendo estar cada vez mais atarefados e exigindo de si uma atenção constante no desenvolvimento de questões pré-determinadas, por exemplo, a criação de uma identidade tão importante nesta idade, seduzindo-os com a proposta de se tornar indivíduos donos de um protagonismo social, como características a falta de tempo, parecendo nunca ter feito suficiente e nunca ter tempo para fazer o que gostam, e este frenesi impossibilita que o individuo possa avaliar suas decisões tornando assim refém dos comentários destinados a estes em redes sendo assim um dos postos que podem desenvolver a depressão; Ana Freud descreve dois mecanismos que esses jovens utilizam para distorcer a realidade para torna-la mais aceitável.

As marca como estar deprimido, por exemplo, em uma sociedade onde os conceitos de depressão são difundidos pela mídia e influenciados por estereótipos culturais, sendo assim equivocadamente a imagem de um comportamento deprimido, muitos conseguem exibir uma imagem totalmente de uma boa saúde mental utilizando-se de um mecanismo de autoproteção; sem que haja um diagnostico pela as aparências este não recebe o devido tratamento sujeito a agravar mais um quadro depressivo.

Drogas: um gatilho para a depressão

Por diversos problemas ligados a imagem ou aspectos como rejeição, violência, entre outros, o abuso de substâncias psicoativas é comparada a um gatilho para desencadear vários eventos e dentre eles em especial a depressão. O indivíduo para ser aceito por um determinado grupo social recorre à utilização de drogas, como uma forma de fuga da realidade. Isso deve ser encarado como um fator que se intensifica por diversos aspectos, em especial a resoluções de conflitos próprios da adolescência.

Em especial podemos destacar o uso de álcool e tabaco, algo interessante a se notar são as campanhas publicitárias que associam imagens de uso de drogas com indivíduos em um contexto social bem agradável. Como podemos observar a teoria de Peter Bloss, o indivíduo utilizando de uma estratégia para desenvolver uma imagem social e preencher o espaço deixado pelo afastamento do núcleo familiar, encontra como solução o uso dessas substâncias em busca de uma de ser aceito socialmente. Transformando este em um depressivo mascarado, dificultando- o para que este resolva os próprios conflitos. Servindo como uma identidade para que seja aceito diante de um quadro social, o que contribui para seu isolamento quando esse objetivo não é alcançado.

Transtorno alimentares:

A depressão de certa forma esta associada à criação de uma imagem ou padrão social, fantasiosa, mentirosa, manipulada pelos mais variados meios de comunicação. Um indivíduo que tenta construir uma imagem que possa ser aceito na sociedade começa a buscar uma figura que se encaixe em um parâmetro social, de acordo com Robert H. a aceitação de seu próprio corpo é uma das características próprias para o amadurecimento. Na mídia vemos o corpo escultural de supermodelos, apresentadoras, vivemos em uma era onde o corpo magro e transformado em pré-requisitos para ter habilidades sociais, o indivíduo uma vez que identifica seu modelo, procura e encontra um objetivo quase sempre buscando a formação de uma identidade, não conseguindo alcançar esse modelo ele pode sofrer com o quadro de perda de energia uma vez que o corpo não consegue os nutrientes suficientes. Além disso, pode também desenvolver um sentimento de inutilidade por não conseguir se enquadrar socialmente.

Abordado este fator muitas redes de comunicações estão tentando desvincular esta imagem de “corpo perfeito”, entretanto ainda e difícil encontrar nesta característica isolada o quadro depressivo por estar associado à própria maturação, ainda assim é possível identificar manifestações depressivas, através da observação. Pais atentos aos comportamentos de seu filho conseguem prever quando esta característica pode ultrapassar a linha de características básicas da maturação, os amigos são os que mais percebem estas mudanças.

REFERÊNCIAS

1.Psicologia em Estudo, Maringá, v. 12, n. 2, p. 257-265, maio/ago. 2007 Kátia Cristine Cavalcante Monteiro*Ana Maria Vieira Lage#

2.DSM-IV-TRTM – Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. trad. Cláudia Dornelles; – 4.ed. rev. – Porto Alegre: Artmed,2002.

3.Jornal

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