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AS ALTERAÇÕES HEMODINÂMICAS

Por:   •  26/11/2018  •  7.276 Palavras (30 Páginas)  •  358 Visualizações

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O edema resultante da disfunção renal pode afetar todas as partes do corpo e apresenta-se em tecidos com matriz conjuntiva frouxa, como por exemplo, a órbita ocular.

No edema pulmonar o pulmão aumenta de duas a três vezes o seu tamanho e ao seccionado revela um líquido espumoso, tingido de sangue.

O edema cerebral pode ser localizado ou generalizado, dependendo da natureza ou da extensão do processo patológico ou da lesão.

HIPEREMIA E CONGESTÃO

- Conceito de Hiperemia.

Hiperemia é um processo ativo resultante da dilatação arteriolar levando a um aumento do fluxo sanguíneo.

- Aspecto clínico da Hiperemia.

O tecido afetado torna-se vermelho (eritema) devido ao congestionamento dos vasos com sangue oxigenado.

- Descreva as condições fisiológicas e patológicas que levam ao eritema.

A condição fisiológica que leva ao eritema é o aumento do fluxo sanguíneo em uma determinada região. Os eritemas podem ocorrer por fatores externos: calor, fricção, luz solar, irritações químicas ou por picada de insetos, etc. Ou por fatores internos como: reflexos vasomotores de origem digestiva, medicamentosa, nervosa, psíquica, vascular, infecções.

- Conceito de Congestão.

A congestão é um processo passivo resultante da redução do fluxo sanguíneo em um tecido, podendo ser sistêmica, como na insuficiência cardíaca, ou local, como na obstrução venosa isolada.

- Aspecto clínico da congestão.

Os tecidos com congestão apresentam uma cor que varia do vermelho escuro ao azul (cianose), devido à estase dos glóbulos vermelhos e ao acúmulo de hemoglobina desoxigenada.

- Consequências da congestão.

Com frequência, a congestão leva ao edema, como resultado do aumento do volume e da pressão. Na congestão passiva crônica de longa duração, a ausência de fluxo sanguíneo causa hipoxia crônica, resultando em lesão tecidual isquêmica e cicatrização. A ruptura dos capilares na congestão crônica pode, também, causar pequenos focos hemorrágicos.

- Características morfológicas micro e macroscópicas da congestão em diferentes tecidos e órgãos.

As superfícies de corte de tecidos com congestão mostram muitas vezes alteração da cor, devido à presença de altos níveis de sangue pouco oxigenado. Microscopicamente, a congestão pulmonar aguda apresenta capilares alveolares congestionados e, com frequência, edema septal alveolar e hemorragia intra-alveolar focal. Na congestão pulmonar crônica, os septos estão espessados e fibróticos e os alvéolos contêm, muitas vezes, numerosos macrófagos carregados de hemossiderina que são chamados de células da insuficiência cardíaca. Na congestão hepática aguda, a veia central e os sinusoides estão distendidos; os hepatócitos centrolobulares podem estar bastante isquêmicos, enquanto os hepatócitos periportais (que são mais bem oxigenados devido à proximidade com as arteríolas hepáticas) podem desenvolver apenas uma alteração gordurosa. Na congestão hepática passiva crônica, as regiões centrolobulares a presentam uma cor intensa que varia do vermelho ao marrom e estão levemente deprimidas (devido à morte celular), destacando-se das zonas circunjacentes do fígado não congestionado e com cor que varia do amarelo ao castanho (fígado em noz-moscada). Microscopicamente, observam-se hemorragia centrolobular, macrófagos carregados de hemossiderina e degeneração de hepatócitos. Devido à área centrolobular do fígado ser a última a receber sangue, é provável que a necrose ocorra sempre que o suprimento sanguíneo estiver comprometido.

HEMORRAGIA

- Definição

A hemorragia é definida como o extravasamento de sangue no espaço extravascular.

- Causas

A hemorragia ocorre basicamente em decorrência de duas condições: aguda- quando ocorre rompimento de grandes vasos, como nos acidentes automobilísticos ou rompimento de um aneurisma; e crônica– quando há perda contínua de pequenas quantidades de sangue, como em sangramento de úlceras gástricas, por exemplo.

- Descreva os diferentes padrões de hemorragia

As hemorragias podem ser externas ou está alojado entre os tecidos, o que caracteriza os hematomas, que por sua vez podem ser insignificantes ou trazer resultados graves e até levar a morte; Petéquias são hemorragias pequenas na pele, membranas mucosas ou em superfícies serosas. Geralmente são associadas ao aumento local da proteção intravascular, a trombocitopenia ou defeitos na função plaquetária; Púrpuras são aquelas que são maiores que as petéquias, ≥ 3 mm e podem estar associadas as mesmas doenças que causam as petéquias ou ser decorrente de trauma, vasculite ou aumento da fragilidade vascular; Esquimoses são hematomas subcutâneos maiores que 1 e 2 cm. Nesta hemorragia os glóbulos vermelhos são degradados e fagocitados pelos macrófagos, assim hemoglobina é convertida enzimaticamente em bilirrubina e em hemossiderina caracterizando as mudanças na cor de uma contusão. Na hemorragia interna, dependendo da localização, umas grandes quantidades de sangue em diferentes cavidades recebem denominações distintas, tais como hemotórax, hemopericárdio, hemoperitônio ou hemoartrose.

- Significado clínico da hemorragia

O significado clínico da hemorragia depende de dois fatores importantes: o volume e a taxa de sangramento. Quando há um baixo volume sanguíneo e perdas lentas de uma enorme quantidade de sangramento, isto pode não trazer grandes impactos ao indivíduo adulto, porém, quando essa perda é superior pode lhe causar grandes choques hemorrágicos. Outro fator que se leva em consideração também é quanto à localização da hemorragia, pois quando o sangramento é localizado em tecidos subcutâneos podem representar baixos riscos se comparado com os que se localizam no cérebro que pode ser fatal, por conta da sensibilidade do encéfalo e da inflexibilidade do crânio, que compromete o suprimento sanguíneo.

HEMOSTASIA

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