AS INSTALAÇÕES PARA CAPRINOS E OVINOS

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Deve-se evitar a localização próxima as estradas, ou local onde haja muita circulação de pessoas e não construí-lo em locais úmidos (em geral, nas partes baixas no terreno) aonde vente. Devem ser construídos em terreno elevado, bem drenado, ventilado, longe de estradas, encostas e próximos a casa do manejador. Para a construção do aprisco, deve ser utilizado, na medida do possível, material da própria fazenda, durável e resistente como: madeira, varas, palhas para coberta, pedras toscas, etc. A localização deve favorecer o acesso a energia elétrica e a água limpa. A disposição deve preferencialmente obedecer a orientação leste-oeste em seu maior comprimento, para que o sol faça sua trajetória em cima da cumieira e os solários tenham insolação constante durante o dia.

APRISCO DE PISO SUSPENSO

O piso deve estar elevado a uma altura de 80cm do solo. Os ripões de piso devem possuir 3 cm de largura, com vãos entre si de 1,5 cm no compartimento das matrizes e de 1,0 cm para área dos cabritos. As vigas que suportam os ripões devem ter aproximadamente 60 cm de espaçamento entre eles.

A altura do pé direito deve ser de2,5 cm para facilitar a penetração do homem e a circulação do ar. As rampas, por sua vez, não devem ser muito inclinadas, pois dificulta a subida de animais jovens e, se possível, deve conter proteção nos lados para evitar a queda dos recém nascidos. Devem possuir uma largura mínima de1,20 m. A área coberta por animal deve ser de 0,80m² e o tamanho do aprisco suficiente para abrigar um mínimo de 40 animais. Em relação aos currais de manejo e de separação agregados ao aprisco deverá ser proporcionado uma área mínima de 1,5m².

APRISCO DE CHÃO BATIDO

Consiste em uma área coberta de telha ou palha de carnaúba com piso de chão batido. Este tipo facilita a drenagem, evitando o acúmulo de água. No entanto, não evita o contato dos animais com dejetos que, no período chuvoso, apresenta um aspecto enlameado, prejudicando em parte a saúde dos animais e higiene dos mesmos.

Para que este tipo se torne mais higiênico, se faz necessário uma limpeza diária durante o período chuvoso e mensalmente no período seco.

A altura do pé direito deve ser em torno de 2,20 m para facilitar a locomoção do homem e circulação do ar.

Aconselha-se, no compartimento destinado aos cabritos, construir um estrado de madeira para o piso, feito com ripões de 3cm de largura, espaçado de 1,0 cm entre si.

As dimensões da área coberta e dos currais agregados ao aprisco são os mesmos citados para o aprisco de piso suspenso. E sua construção deve ser feita para abrigar 40 animais.

POSIÇÃO E LOCALIZAÇÃO DO APRISCO

A posição do aprisco é um fator muito importante. Deve ser construídos de tal forma que não receba excesso de sol, chuva e vento, pois uma das finalidades do uso do aprisco é exatamente proteger os animais do abuso deste três parâmetros climáticos.

Os apriscos devem situar-se, preferentemente, em direção norte sul, no alto de pequenas elevações com boa ventilação, seco, ensolarado, com pequeno declive para o rápido escoamento das águas pluviais.

BAIAS PARA FÊMEAS SECAS E EM LACTAÇÃO

As baias podem ser de dois tipos: individuais quando em criações de pequeno porte ou coletivas para criações comerciais. Seu dimensionamento deve ser de 1,5 a 2,0m² por cabeça nos dois tipos de criação, variando esta medida segundo a raça criada. Como em geral os animais leiteiros são de maior porte, pode-se generalizar e 2,0m²/animal. Importante notar que no solário não deverá crescer nenhum tipo de vegetal, o que induz a um piso apiloado ou cimentado.

O solário no caso dos animais em confinamento deve ter 6,0m²/animal.

No caso de baias coletivas, o numero de animais não deve ser superior a 12, uma vez que lotes maiores favorecem mais atritos sociais. Depois de formado o lote, este deve ser manejado em conjunto, ou seja, cobrir todas as cabras no menor tempo possível evitando remanejar os animais entre lotes, pois isto é muito prejudicial na organização social das fêmeas, chegando a interferir ate mesmo no seu comportamento alimentar.

BAIAS PARA ANIMAIS JOVENS

Não é necessário separação por sexo do nascimento a desmama, podendo alojá-los numa mesma baia. O espaço é de 0,5m²/animal de área coberta mais uma área de solário de 2,0m²/animal para que possam fazer exercícios. Essa área de exercício é bastante importante e não deve faltar. O lote não deve ultrapassar 20 animais por questões de atritos sociais e facilidade de manejo, devendo na medida do possível, o lote ser o mais uniforme, evitando grandes diferenças de idade.

BAIA PARA RECRIA

Estão destinadas as fêmeas que serão mantidas no plantel, ou destinadas a venda como reprodutoras. O espaço é de 1,0 a 1,5m²/animal. Em geral, para as raças leiteiras é reservado 1,5m²/animal. Os lotes devem ser de no máximo 10 animais.

BAIAS MATERNIDADE

Recomenda-se que as construções das maternidades sejam em locais onde o movimento seja mínimo, porem com boa visibilidade para os empregados poderem intervir a tempo caso haja problemas no parto. O espaço deve ser de 4,0m²/animal, sendo de preferência baias individuais ou no máximo para 3 fêmeas. A quantidade de baias maternidade vai depender do numero de matrizes e da eficiência do controle reprodutivo. Como os animais passarão pouco tempo nestas baias, para uma criação de 50 fêmeas onde haja controle de coberturas, 2 a 3 baias são suficientes.

BAIAS PARA REPRODUTORES

É recomendada baia individual, pois a fêmea é deve se dirigir a baia do macho. O espaço deve ser de 3m² com uma área de exercício de 5m². Para que o cheiro característico dos machos não passe para o leite, é necessário que estas baias não fiquem localizadas no capril, mas sim no mínimo a 200m de distancia.

BEBEDOUROS

Com relação aos bebedouros estes podem ficar a critério do proprietário, desde que, sejam foRa do centro de manejo.

Aconselha-se fazer limpeza sempre que possível, a fim de diminuir a contaminação de doenças animais, além de permitir o consumo de água limpa e sadia para o rebanho. Os