Osteoporose

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As lesões mais comuns são as fraturas das vértebras por compressão, que levam a problemas de coluna e com o tempo à diminuição da estatura de 2 a 3 cm e as fraturas do colo do fêmur, quadril, punho e costelas. Nas fases em que se manifesta, a dor está diretamente associada ao local em que ocorreu a fratura ou o desgaste ósseo.

Com o avanço da doença também podem causar ombros descaídos e postura encurvada ou cifótica.

Diagnóstico

Deve-se primeiramente fazer uma analise clinica, levantar dados da história familiar, perda de altura, a baixa ingestão de cálcio na infância, falta de esporte na juventude, sedentarismo, menopausa precoce, uso de determinadas medicações, e a existência de doenças associadas já permitem ao clínico um primeiro diagnóstico. Porém o exame mais adequado para o diagnóstico da osteoporose é o de Densitometria Óssea que é um exame que avalia a densidade dos ossos e músculos do corpo, podendo identificar quando os ossos estão muito finos ou então quando a perda ainda está se iniciando, também poderá obter através de radiografias que pode ser indicada para a investigação da osteoporose e avaliações laboratoriais por diagnóstico de causas secundárias da osteoporose, como dosagem de creatinina e dosagem de testosterona e estrogênio, entre outros exames.

Para pacientes com osteoporose já diagnosticada, pode ser feita a biópsia óssea, um exame que analisa a constituição do osso, identificando se a osteoporose está acontecendo por um excesso de reabsorção óssea ou pela pouca formação de ossos.

Prevenção e Tratamento

Nossos ossos estão em constante processo de recomposição. São formados por células que vão sendo absorvidas e renovadas permanentemente, isso acontece de tal forma que a mais ou menos cada dez anos nosso esqueleto se refaz por inteiro. Com o passar da idade, a velocidade dessa absorção aumenta e a velocidade de formação das células ósseas diminui. Com isso o osso vai ficando mais poroso, perdendo resistência aos mínimos esforços e começam a surgir fraturas. Essas fraturas acontecem especialmente em determinados lugares, são eles punho, coluna e quadris. Como a osteoporose é uma doença silenciosa, só é descoberta após essas fraturas.

Quando falamos em osteoporose pensamos logo na velhice, associamos a doença a pessoas mais velhas, idosos. Acontece que na verdade osteoporose é uma enfermidade que deve ser prevenida desde a infância, através da ingestão de cálcio, vitamina D e atividades físicas. A melhor maneira de prevenir a osteoporose é se cuidar desde a infância, quando o esqueleto está se estabelecendo e construindo massa óssea, esse processo de formação acontece até os 20 anos. A partir daí já começa a enfraquecer e, após os 40 anos já está na faixa de risco da osteoporose.

Algumas crianças tem dificuldade de ingerir leite, outras tem intolerância à lactose. Como o leite é o mais indicado, o mais rico em cálcio deve ser feito uma suplementação recomendada por um médico. Nesses casos o mais indicado é que essas crianças sejam cercadas de alimentos onde o leite está embutido, como doces, bolos, pudins, iogurtes. No caso da intolerância é recomendado o consumo de queijo e iogurte que costumam provocar menos incômodos e, tomar leite em pó sem lactose.

As mulheres apresentam uma certa vantagem em relação aos homens no que se refere à parte cardiovascular, à pele e ao esqueleto, pois elas possuem um hormônio chamado estrógeno que um grande protetor de ossos. Mas essa vantagem acaba na fase da menopausa, quando há uma queda significativa na produção desse hormônio e as mulheres perdem essa proteção natural. Como se os ossos ficassem órfãos. A célula responsável por sua destruição predomina sobre as formadoras e o desgaste ósseo fica mais acelerado. Uma pesquisa divulgada pela Abrasso ( Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo ) chamada de Firme e Forte Osteoporose, revelou que 70 % das brasileiras entre 16 e 44 anos acreditam que a prevenção deve começar apenas na fase adulta. A consequência disso é que as precauções com a saúde dos ossos se inicia tardiamente. A proporção entre as mulheres é de uma em cada três, sofrem com a doença, entre homens a proporção é de um em cada cinco e, a proporção entre ambos os sexos é de um homem para dez mulheres com osteoporose. O fator de risco de maior peso entre os homens é o tabagismo e o álcool, por fazerem maior consumo dessas substâncias. Homens muito magros também correm grandes riscos de desenvolverem a doença. No caso das mulheres após entrarem na menopausa, é indicado que o médico solicite a cada 1 ou 2 anos o exame de Densitometria Óssea, o único capaz de revelar uma osteoporose ou a osteopenia, quando ainda não desenvolveu a doença mas já se vê o risco e reforça a prevenção. A reposição de estrógeno vai de caso a caso.

A recomendação feita pela OMS (Organização Mundial de Saúde), é que o ideal seja consumir de 800mg a 1200mg de cálcio por dia. O que representa 4 copos de leite (considerando que em cada copo de 250ml há 268mg de cálcio), mas não é o que a população faz. Essa quantidade pode ser encontrada em 1 copo de leite pela manhã (250mg), ingestão de outros alimentos nas demais refeições (250mg), em uma fatia de ricota, de queijo branco ou um copo de iogurte, isso corresponde a pelo menos 1000mg/dia.

Em uma entrevista ao Dr. Drauzio Varella, o médico reumatologista Dr. Cristiano Zerbini, que faz parte do corpo clinico dos Hospitais Heliópolis e Sírio Libanês, alerta para três atitudes fundamentais para prevenção da osteoporose, que são ingerir cálcio, pegar sol, de preferência o da manhã por ter mais raios ultravioletas e, praticar exercícios físicos. Ele ainda diz, “músculos exercitados e em movimento colaboram para que os ossos fiquem mais fortes”. A prática de exercícios é para reforçar a musculatura e não forçar tanto os ossos. O cálcio é fundamental para formação dos ossos e, o sol é necessário para produção de vitamina D que, por sua vez, melhora a absorção do cálcio. Os exercícios mais recomendados pelo Dr. Cristiano Zerbini são os que causam grande tensão muscular, como exemplo ele usa o vôlei e o basquete, onde os jogadores pulam, caiem, levantam, dão impulso para o corpo subir. Todos esses exercícios ajudam e muito as células que produzem os ossos, mas ele diz para não esquecer dos exercícios de pequena tensão muscular mas que também ajudam, como nadar, caminhar, andar de bicicleta.

A osteoporose é uma doença que não tem cura,