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Folder de orientação postural

Por:   •  1/5/2018  •  4.895 Palavras (20 Páginas)  •  269 Visualizações

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Os professores falavam e eu não entendia nada! Era desesperador!

Comecei a estagiar e então trabalhar com processos, com juízes! Tornei-me servidora do Tribunal de Justiça com 20 anos, no 4º ano da faculdade. Então já fazia audiência, sentença, ajudava a escrivã, a juíza, a promotora. Quando me formei já tinha uma boa noção das coisas.

Peregrinei, trabalhei em vários órgãos, Assembléia Legislativa. Fui estudar em São Paulo. Voltei para o Acre, continuei trabalhando no Tribunal de Justiça, no Juizado de pequenas causas, aprendi muito. Fui juíza conciliadora. Trabalhei com um desembargador. Depois trabalhei na Escola da Magistratura, depois no Tribunal Regional Eleitoral, até que decidi sair para advogar.

Aprendi muito como advogada, estudei muito, fiz 3 especializações e ao longo de tempo fui descobrindo que gosto muito de atividades físicas, de todos os tipos e de estética. Gosto de bem estar, de me sentir bem comigo mesma.

Na área jurídica há muita disputa. Alguém sempre tem que estar com a razão e não há uma preocupação com o outro.

Com o sentimento do outro, com o bem estar do outro. Só interessa ganhar a disputa.

Então, decidi que queria ser esteticista e sair da área jurídica. Nunca me senti feliz como advogada. Nunca alcancei nenhum dos meus objetivos propostos. Bem, um eu alcancei, que foi o de aprender a ciência jurídica. Mas, era pouco para eu continuar.

Meu marido me sugeriu que eu fizesse o curso de fisioterapia e aqui estou eu, fazendo essa redação para avaliação parcial e falando da minha experiência para alcançar a qualidade de vida que eu almejo: trabalhar fazendo o que me dar prazer!

- Desenvolvimento

Voltando ao texto abordado. Fala-se que há uma indefinição do termo qualidade de vida, mas que dentro dessa indefinição é possível esboçar alguns fins aos quais a expressão atende:

“técnicos, como conceito articulador de outros conceitos ou de práticas nas ciências biomédicas;

econômicos, como aglutinador de valor ou justificador da produção ou compra de produtos e serviços;

clínicos, como indicador da eficácia de um procedimento de intervenção ou como medida organizadora de grupos de pacientes;

políticos-administrativos, como medida de avaliação e de comparação de políticas públicas de saúde; e subjetivos, como maneira de perceber e avaliar a própria saúde ou como forma de organizar as possibilidades de seu aprimoramento.”

O texto fala que o conceito de qualidade de vida vem sendo tomado como se fosse algo natural, como se fosse algo que sempre estivesse presente na vida de todos, desde sempre, mas que isso não corresponde à realidade.

Na realidade, considera-se que “o surgimento desse termo é o resultado de um “movimento/campo discursivo e político” no qual é possível identificar “uma convergência de interesses, investimentos e disputa (Matta, 2005, p. 115)”. Trecho extraído do texto “Usos e significados da qualidade de vida nos discursos contemporâneos de saúde”, da autoria de Gabriel de Freitas Gimenes, pg. 294.

Decide então, abordar três aspectos da problematização da qualidade de vida:

O uso generalizado da expressão;

A indeterminação do seu significado; e

A naturalização de sua concepção.

O interesse da leitura de textos científicos é que se acrescenta a nossa percepção argumentos que vão ao encontro ou de encontro ao que pensamos ou entendemos da vida. Mas o melhor de tudo é que enriquece. Pra mim, qualidade de vida está relacionada também a isso, a adquirir cultura, conhecimento. Viajar, não apenas para se divertir, mas para adquirir cultura também.

É uma pena que algumas pessoas, não apenas os jovens, mas quero ressaltar os jovens, não tem essa percepção, do quanto é importante adquirir cultura (conhecimento), ler bons livros, conhecer o porquê das coisas, porquê que a vida é como é.

Nada é aleatório, ou por acaso.

Esse é um dos aspectos abordados pelo texto. Segundo o autor, Gabriel de Freitas Gimenes, a constituição dos diversos “usos da expressão qualidade de vida em distintos campos discursivos não foi um processo inocente ou linear, mas que, antes, situa-se numa complexa correlação de forças que tornou possível a composição desse problema.” (pg. 294, início do segundo parágrafo).

Quando você não para pra pensar, você vai sendo levado por manipuladores. Apesar de que eu acho que ninguém está totalmente livre de ser manipulado.

Novamente, procura-se delimitar o campo de estudo, abordando-se campos de saberes/poderes:

Epistemológico[1] - procura-se discutir pelo movimento de alteração ocorrida na concepção de saúde pelas ciências biomédicas, ao qual se denominou no texto: deslocamento qualitativo;

Político[2] – a partir das mudanças ocorridas nas estratégias biopolíticas contemporâneas, do surgimento da nova saúde pública, do enfraquecimento do papel do Estado de garantir o direito à saúde e do desenvolvimento de medidas globais de avaliação da saúde em consonância com os movimentos hegemônicos de globalização;

Cultural[3] - situada nas concepções de risco, estilo de vida e promoção de saúde, articulando-se com a emergência, cada vez mais hegemônica, de uma concepção de pessoa enquanto indivíduo autônomo responsável pela gestão de si; e

Econômico[4] - devido à criação de novos nichos de mercado vinculados ao consumo de novos produtos que adquirem valor por meio de suas qualificações como saudáveis ou relativos a estilos de vida saudáveis.

Com base no conceito de biopolítica[5] de Foucalt[6] “a maneira como se procurou, desde o século XVIII, racionalizar os problemas postos à prática governamental pelos fenômenos próprios de um conjunto de viventes constituídos em população: saúde, higiene, natalidade, longevidade, raças (Foucalt, 2008, p. 431).” Trecho extraído do texto “Usos e significados da qualidade de vida nos discursos contemporâneos de saúde”, da autoria de Gabriel de Freitas Gimenes, pg. 296.

Dessa forma, o desenvolvimento da biopolítica é indistinguível

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