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A Históra da Enfermagen

Por:   •  10/3/2018  •  3.723 Palavras (15 Páginas)  •  298 Visualizações

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No conjunto de reformas realizado por Vargas, a área sanitária passou a compartilhar com o setor educacional um ministério próprio, o Ministério da Educação e Saúde. Instalado em novembro de 1930, teve como primeiro titular o advogado Francisco Luis da Silva Campos. Foram criados também o “Ministério do Trabalho”, o da “Indústria e Comércio”, e juntas de arbitramento trabalhista.

Necessário se faz dizer que, o desenvolvimento paralelo da indústria de fármacos, no Estado Novo, constituiu em mais um poderoso álibi para a progressão da atenção de caráter curativo, em detrimento das ações de prevenção.

A partir da instalação do Estado Novo, a administração sanitária buscou reforçar as campanhas de educação de educação popular, criando serviços especiais para a educação em saúde. Unindo modernas técnicas pedagógicas e de comunicação com os princípios da medicina sanitária, os funcionários deste setor elaboraram cartazes e folhetos que chamavam a atenção pelas ilustrações coloridas. Elas podiam ser entendidas mesmo por analfabetos.

No período correspondente ao Estado Novo (1930), foi evidenciado um aumento no desenvolvimento da indústria químico-farmacêutica e de agrotóxico, principalmente devido a II Guerra Mundial, e em consequência houve uma intensa produção normativa e legal, inclusive com a promulgação das Constituições de 1934 e 1937. As estruturas de saúde pública passaram por várias reformas, com a criação e/ou especialização de órgãos e ampliação das suas funções.

Em 1936, Max Theiler e Henry Smith, da Fundação Rockefeller, chegaram à cepa 17D da febre amarela, vírus atenuado por passagens em cérebro de ratos e em embrião de pinto. No ano seguinte, a vacina foi testada pela primeira vez no Brasil. Também em 1937, o Laboratório do Serviço Especial de Profilaxia da Febre Amarela pela Fundação Rockfeller é inaugurado, dentro do Instituto Oswaldo Cruz, e inicia-se então a produção e utilização da vacina contra a febre amarela fabricada aqui fabricada. Dois anos depois ocorreram discussões sobre a eficácia do medicamento, que continuou sendo aplicado.

Em 1940, foi desenvolvido estudo de campo no sul de Minas Gerais, com a imunização de mais de 5 mil pessoas. A pesquisa deu subsídios para os últimos ajustes na forma final do imunizante.

A vacina contra a febre amarela é a primeira no mundo a usar o sistema de lotes-sementes, isto é, os lotes originais do vírus atenuado são submetidos a uma nova passagem em ovos embrionados, dando origem a lotes secundários que servirão de fonte para a produção do imunizante.

Em 1938, também foi instituído o dia do Enfermeiro, que deve ser celebrado no dia 12 de maio, em homenagem a memória de Florence Nightingale.

2.1 Principais escolas criadas na década de 30:

Escola de Enfermagem Carlos Chagas

Por Decreto nº 10.925, de 7 de junho de 1933 e iniciativa de Dr. Ernani Agrícola, diretor da Saúde Pública de Minas Gerais, foi criado pelo Estado a Escola de Enfermagem "Carlos Chagas", a primeira a funcionar fora da Capital da República. A organização e direção dessa Escola coube a Laís Netto dos Reys, sendo inaugurada em 19 de julho do mesmo ano. A Escola "Carlos Chagas", além de pioneira entre as escolas estaduais, foi a primeira a diplomar religiosas no Brasil.

Escola de Enfermagem "Luisa de Marillac"

Fundada e dirigida por Irmã Matilde Nina, Filha de caridade, a Escola de Enfermagem Luisa de Marillac representou um avanço na Enfermagem Nacional, pois abria largamente suas portas, não só às jovens estudantes seculares, como também às religiosas de todas as Congregações. É a mais antiga escola de religiosas no Brasil e faz parte da União Social Camiliana, instituição de caráter confessional da Província Camiliana Brasileira.

Escola Paulista de Enfermagem

Fundada em 1939 pelas Franciscanas Missionárias de Maria, foi a pioneira da renovação da enfermagem na Capital paulista, acolhendo também religiosas de outras Congregações. Uma das importantes contribuições dessa escola foi início dos Cursos de Pós-Graduação em Enfermagem Obstétrica. Esse curso que deu origem a tantos outros, é atualmente ministrado em várias escolas do país.

3.0 Década de 40

Com o passar do tempo, constatou-se que o número de enfermeiras formadas não era suficiente para atender à demanda do mercado de trabalho. Surgiu assim a necessidade de preparar um novo tipo de profissional para assumir funções de menor complexidade no interior da profissão. A enfermeira Laís Netto dos Reis implantou, em 1941, na Escola Anna Nery, o primeiro curso de Auxiliares de Enfermagem, que rapidamente se expandiu pelo país inteiro. No final da década de 1960, a enfermeira Ciley C. Rodus implantou o curso de Técnicos de Enfermagem, que não obteve tanto o mesmo sucesso que o anterior.

O mundo hospitalar sofre um processo de transformação em suas práticas dentro da década de 40. No contexto geral, temos a saúde eleita como prioridade nacional, elevada à condição de questão social com a criação do Ministério da Saúde. A partir daí, a Enfermagem encontra espaço para o seu desenvolvimento. Isso se dá em decorrência do avanço técnico-científico, da introdução e utilização de equipamentos mais modernos nos diagnósticos e tratamentos, resultantes da própria inserção do modelo capitalista de produção no setor saúde. Além disso, com a consolidação da Enfermagem Moderna, advém uma participação cada vez maior nos cenários hospitalares, com enfoque assistencial curativo, dos auxiliares de enfermagem fazendo o trabalho manual. Dessa forma, a Enfermagem está cada vez mais encarregada de atribuições administrativas e atividades educativas do tipo treinamento e preparo de pessoal em serviço. Assim, o atendimento hospitalar reveste-se do caráter de empresa médica e o trabalho da Enfermagem assume a marcante divisão social do trabalho típico do mercado capitalista afastando-se cada vez mais do paciente e acirrando os conflitos entre os enfermeiros e os demais trabalhadores da saúde.

Contudo, todas essas inovações passam a exigir, cada vez mais, profissionais com maior competência técnica para o exercício da profissão; pelo que é preconizado na legislação. Na enfermagem, por exemplo, a Lei 775/49 determinou um maior nível de escolaridade para os candidatos ao referido curso, tornando obrigatório

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