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A Educação Física

Por:   •  21/8/2018  •  2.402 Palavras (10 Páginas)  •  247 Visualizações

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sujeito, estruturando, sobretudo, sua personalidade (SCHMIDT, 2003).

Sendo assim, o profissional da Educação Física, ao atuar na escola, precisa ter primeiramente a consciência dos objetivos a serem alcançados com suas aulas, caso contrário, será somente um passa tempo sem sentido. Após realizar o diagnóstico da turma e detectar quais são as reais necessidades dos alunos – trabalho de coordenação, lateralidade, ritmo, socialização, resgate da cultura – poderá definir como serão suas aulas. Há diversos alunos nas escolas que estão acima do peso, demonstram vida sedentária, não possuem agilidade nas demais atividades; e é aí que a dança será um “start” para a mudança de hábitos e de rotina.

O professor deve ser dinâmico, criativo e instigador nesse processo de inserção da dança em suas aulas, criar formas não-diretivas de os alunos interagirem com a dança nas aulas sem perceber ou ter a preocupação com o “eu não sei dançar”.

Além disso, há outro desafio na inserção da dança na escola: resistência da gestão escolar, descaso e cobrança dos pais por falta de informação e/ou fatores externos, como a religião. Cabe ao professor estar amparado nas legislações como PCN e CBC, que o garantem e embasam para que, de forma cativante e com base, consiga romper paradigmas, desinformação e a ignorância.

A dança no contexto escolar é um referencial para as questões que permeiam a educação atual, das possibilidades de criação, expressão, socialização, cooperação e aprendizagem pela dança. As estratégias metodológicas de caráter interativo contribuem de forma decisiva para a aprendizagem dança, possibilitando melhorias no comportamento social dos alunos, desenvolvimento cognitivo e motor, bem como, resultando na formação de um cidadão ético, formador de suas opiniões e ideias.

De acordo com Verderi (2009) as aulas devem ser ricas em variação de estímulos musical e corporal. A exploração do conhecimento do corpo e suas capacidades expressivas e musicais, das noções básicas de diferentes ritmos e estilos de dança (dança de roda, clássicas, modernas, folclóricas, danças de salão) são fundamentais para apropriação discente desses elementos da cultura corpo.

A dança é um conteúdo fundamental a ser trabalhado na escola: com ela, podem-se levar os alunos a conhecerem a si próprios e/com os outros; a explorarem o mundo da emoção e da imaginação; a criarem; a explorarem novos sentidos, movimentos livres (BRASIL, 1996). Além disso, é atividade geradora de ação e compreensão, reforçando a autoestima, a autoimagem, a autoconfiança pouco compreendida em suas potencialidades educativas.

Segundo Valle (2008) as danças circulares como as cirandas entram na sala de aula permitindo que professores e crianças brinquem juntos e complementam as atividades pedagógicas, pois, em rodas cantadas e brincadeiras de rodas, as crianças são preparadas para a vida, exercitam a relação com os demais e constroem seus objetivos, geram prazer. Brincando cantando e girando, ela se desenvolve como indivíduo e assimila valores de sua cultura, que foram transmitidos de geração a geração. Unir a ludicidade e a dança podem despertar no público da educação infantil os valores artísticos e culturais, aprendendo sobre a necessidade do cuidado com saúde e com o corpo.

Segundo Nanni (1995) a dança contribui para o desenvolvimento das funções intelectuais como: atenção, memorização, raciocínio, curiosidade, observação, criatividade, exploração, entendimento qualitativo de situações e poder de crítica.

Pode parecer uma frase clichê, mas o bordão “corpo são, mente sã”, faz todo o sentido na contextualização da dança nas aulas de Educação Física, uma vez que, esta pode ser a única experiência válida que a criança poderá ter em anos para, por exemplo, conhecer a dança típica de sua região, brincar de roda, conhecer ritmos, e inclusive de realizar uma atividade saudável, já que na atualidade, as crianças em casa só ouvem o barulho do teclado do celular e computador, tornando-se cada vez mais sedentárias e incluindo as crianças na estatística de sobrepeso na infância.

Vale mencionar que não existe uma abordagem ou método ideal de trabalho com os conteúdos da dança. É necessário que o professor observe a realidade corporal dos alunos e trabalhe com a linguagem das crianças, com o conteúdo que ele quer abordar, ou seja, que elabore suas atividades de dança articulando os saberes trabalhados pela escola e as vivências sociais discentes.

2.2 ALUNOSCOM SINDROME DE DOWN NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Os seres humanos têm, normalmente, 46 cromossomos em cada uma das células de seu organismo. Esses cromossomos são recebidos pelas células embrionárias dos pais, no momento da fecundação. Vinte e três vêm dos espermatozoides fornecidos pelo pai e os outros 23 vêm contidos no óvulo da mãe. Juntos, eles formam o ovo ou zigoto, a primeira célula de qualquer organismo. Essa célula, então, começa a se dividir, formando o novo organismo. Isso quer dizer que cada nova célula é, em teoria, uma cópia idêntica da primeira.

Os cromossomos carregam milhares de genes, que determinam todas as nossas características. Desses cromossomos, 44 são denominados regulares e formam pares (de 1 a 22). Os outros dois constituem o par de cromossomos sexuais – chamados XX no caso das meninas e XY no caso dos meninos. O que ocorre, então, para um bebê apresentar 47 cromossomos, em vez de 46, e ter síndrome de Down?

Por alguma razão que ainda não foi cientificamente explicada, ou o óvulo feminino ou o espermatozoide masculino apresentam 24 cromossomos no lugar de 23, ou seja, um cromossomo a mais. Ao se unirem aos 23 da outra célula embrionária, somam 47. Esse cromossomo extra aparece no par número 21. Por isso a síndrome de Down também é chamada de “trissomia do 21”. A síndrome é a ocorrência genética mais comum que existe, acontecendo em cerca de um a cada 700 nascimentos, independentemente de raça, país, religião ou condição econômica da família.

As crianças, os jovens e os adultos com síndrome de Down podem ter algumas características semelhantes e estar sujeitos a uma maior incidência de doenças, mas apresentam personalidades e características diferentes e únicas.

É importante esclarecer que o comportamento dos pais não causa a síndrome de Down. Não há nada que eles poderiam ter feito de diferente para evitá-la. Não é culpa de ninguém. Além disso, a síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição da pessoa associada a algumas questões para as quais os pais devem estar atentos desde o nascimento da criança.

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