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Prospecção do petróleo

Por:   •  2/2/2018  •  2.173 Palavras (9 Páginas)  •  276 Visualizações

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[pic 1]Figura 1 – Fotogeologia

Fonte: THOMAS, 2004

A geologia de subsuperfície é a última etapa de uma prospecção e é semelhante a geologia de superfície, tendo o mesmo objeto de estudo, porém nessa etapa as rochas se encontram abaixo do solo, fazendo com que se mude os métodos de pesquisa da área (sendo necessário a escavação de um poço exploratório). Nessa etapa pode se identificar por exemplo o tipo de petróleo, através de técnicas que mostram as descrições das rochas tirando durante as perfurações.

Outras técnicas são utilizadas nessa etapa, como a identificação dos fósseis presentes nas amostras de rochas provenientes da superfície e de subsuperfície. Com os resultados obtidos pode-se correlacionar os mais variados tipos de rochas dentro de uma bacia ou mesmo entre bacias, também é realizada o estudo da formação perfurada a um certo referencial fixo (geralmente o nível do mar) com isso os profissionais da área podem identificar de qual era geológica pertence a bacia estudada e tem resultados como, a qualidade do petróleo, por exemplo.

3 MÉTODOS POTENCIAIS DE PROSPECÇÃO DE PETRÓLEO

É possível obter dados a respeito da possibilidade de presença de hidrocarbonetos em uma região a partir de conhecimentos e técnicas da geofísica – “o estudo da terra usando medidas de suas propriedades físicas” (THOMAS, 2004). A essa abordagem dá-se o nome de métodos potenciais, ou métodos geofísicos, que se bifurcam fundamentalmente em duas técnicas: a gravimetria e a magnetometria (THOMAS, op. cit.), além do chamado registro do solo oceânico. Essas duas técnicas fundamentais são empregadas no início de um empreendimento de prospecção (JAHN et al., 2011). Os dados a serem coletados em métodos potenciais provêm de “variações em propriedades físicas subsuperficiais terrestres, incluindo suas rochas, fluidos e lacunas”, (JAHN et al., op. cit.) passando pela localização de limites por meio dos quais ocorrem alterações de propriedades – ou seja, anomalias que possam descrever valores conhecidos, sendo a identificação delas a finalidade dos métodos potenciais. Ainda assim, “a mera obtenção e processamento de dados não garante o sucesso de um levantamento”. A interpretação dos dados “deverá sempre ser executada em uma estrutura geológica adequada”, de forma a não haver ambiguidades incorrigíveis ou enganos; e ainda, é necessária a combinação e manuseio de múltiplos métodos e disciplinas complementares para que se desenvolva um método geológico que possa explicar as anomalias observadas. (JAHN et al., op. cit.)

A gravimetria trabalha buscando variações de densidade na subsuperfície, a fim de que se possam fazer estimativas das espessuras de sedimentos em uma bacia sedimentar. A partir dessas estimativas realiza-se duas tarefas: identifica-se a presença ou não de rochas com densidades anômalas, tais como as rochas ígneas e os domos de sal; prevê-se a existência de variações estruturais provenientes da distribuição lateral desigual de densidades na subsuperfície (THOMAS, 2004).

O resultado de um estudo gravimétrico é a produção de um mapa chamado gravimétrico ou de Bouguer, em homenagem ao matemático francês Pierre Bouguer (1968 - 1758). O que o mapa gravimétrico faz é mapear as possíveis ocorrências de anomalia Bouguer – ou seja, ele mede “pequenas variações do campo gravitacional terrestre causadas por variações de massa específica nas estruturas geológicas” (JAHN et al., 2012). Para tanto, é utilizado o gravímetro – instrumento de medida bastante sensível, que detecta variações de medida com precisão na ordem de 1/1000000. (THOMAS, 2004). A pura interpretação de um desses mapas é ambígua, pois “diferentes situações geológicas podem produzir perfis gravimétricos semelhantes” (THOMAS, op. cit.). Conclui-se que o método gravimétrico necessita de ser usado em conjunto com outros métodos geofísicos e com conhecimento geológico prévio da área.

A magnetometria, ou ainda prospecção magnética para petróleo, tem como objetivo medir variações na intensidade do campo magnético da Terra, que ocorrem como consequência da distribuição irregular de rochas magnetizadas na subsuperfície (THOMAS, 2004). Como apontam Jahn et al. (2012), rochas ígneas e do embasamento são muito mais magnéticas que outras, e caso estejam localizadas próximas à superfície, dão origem a anomalias de ondas de pequeno comprimento e grande amplitude. Assim, as medidas magnéticas podem ser diretamente relacionadas às feições do embasamento ou à presença de rochas intrusivas básicas (THOMAS, 2004).

Fatores que podem interferir na prospecção magnética são, dentre outros, estes: “latitude, altitude de vôo ou elevação, direção de vôo, (...) presença (...) de rochas com diferente suscetibilidade magnética”, além de variações diurnas causadas por atividades solares denominadas tempestades magnéticas e pelo movimento de camadas ionizadas na alta atmosfera que se comportam como correntes elétricas (THOMAS, 2004). Essas interferências todas causam ruídos que podem exigir um refinamento do mapa utilizando-se de meios exteriores à técnica ela mesma.

O registro do solo oceânico, também possivelmente denominado CSEM (Controlled Source Electromagnetic – em português, levantamento eletromagnético de fonte controlada), usa sinais eletromagnéticos intervalares de frequência muito baixa gerados a partir de uma fonte próxima ao solo do oceano, que então registram possíveis anomalias e distorções geradas por corpos resistentes, o que pode ser reservatórios de hidrocarboneto. (JAHN et al., 2012)

3 MÉTODOS SÍSMICOS DE PROSPECÇÃO DE PETRÓLEO

O método sísmico, é um método geofísico de prospecção de petróleo. Ele pode ser dividido em dois tipos: Refração e Reflexão. O primeiro, consiste em captar ondas refratadas após a explosão de uma dinamite ou a vibração de um vibrador sísmico, esse método tem se tornado obsoleto nos últimos tempo devido ao desenvolvimento de outra tecnologia, o método sísmico de reflexão. Esse método é bem similar ao de refração, porém a principal diferença é que ele capta uma onda refletida, esse é mais economicamente viável, pois, o método sísmico de reflexão além de ser de menor custo, é mais eficiente, ou seja, as informações captadas são mais nítidas e produz uma construção de mapa geológico mais correta. As ondas são emitidas pelas fontes sísmicas e captadas pelos receptores sísmicos. As fontes sísmicas podem ser em mar e em terra,

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