Candidiase vaginal

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O gênero Candida, apresenta aproximadamente 200 diferentes tipos de leveduras que vivem e habitam várias partes do corpo, como orofaringe, cavidade bucal, secreções brônquicas, vaginal, urina e fezes. Dentre essas espécies que mais observa nas infecções em mulheres é da espécie C. albicans, que apresenta uma distribuição grande quando se fala em candidíase vaginal. Esta infecção é um problema de Saúde Pública, sendo que a maioria não tem conhecimento sobre o assunto, e isso vai passando despercebido, uma vez que, o sexo feminino é muito meticuloso e precisa de maiores cuidados, quando abordado situações de infecções sexuais. A falta de políticas de saúde pública direcionada, principalmente a saúda da mulher, que promova prevenções, é uma situação obscura, onde na maioria não procura o médico para fazer as prevenções necessárias3.

A maioria das cepas isoladas no ambiente vaginal é da espécie de C. albicans que se faz presente na microbiota vaginal normal, mas estima-se que as infecções do gênero das não-albicans vêm aumentando substancialmente nos últimos anos. Em situações clínicas as duas são indistinguíveis, causando sintomatologias semelhantes. Clinicamente a candidíase pode ser cutânea, mucosa, cutaneomucosa ou visceral. E os agentes causadores dessas infecções crescem e desenvolvem melhor em ambientes úmidos e quentes, como no caso da candidíase vaginal que apresenta um ambiente favorável para se desenvolver e causar os sintomas e conseqüentemente a infecção. Existem fatores predisponentes ao aparecimento da candidíase, e pode estar mais freqüente durante a gravidez4.

A descoberta de que a redução da população dos linfócitos CD4+ predispõe os pacientes a várias infecções fúngicas, flagrou uma nova área na suscetibilidade do hospedeiro às doenças. Dentre os fungos responsáveis por doenças em indivíduos imunodeprimidos, e nos aparentemente sadios, encontramos as espécies do gênero Candida5.

Este presente artigo de revisão de literatura tem como ponto fundamental informar e enfatizar as causas da candidíase vaginal e esclarecer as formas de diagnóstico e tratamento da patologia, relatados na literatura no período de 2010 a 2015. Relatar também morfologia da levedura Candida sp. Trata-se de uma pesquisa de revisão da literatura de aspecto narrativo sobra a candidíase vulvovaginal. A coleta de dados será realizada na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), em artigos publicados no período de 2010 a 2015, tendo como descritores a candidíase vulvovaginal e suas formas de desenvolvimento.

Revisão da Literatura

A candidíase vulvovaginal, é um dos diagnósticos mais recorrentes em países tropicais, sendo mais comum à vaginite aguda, causada por Candida albicans. A incidência de candidíase vaginal varia de aproximadamente entre 25% da população em geral e 42% entre mulheres adolescentes, realizados um estudo com mulheres de varias faixas etárias, concluiu-se que 35,5% para mulheres sintomáticas e 15% para mulheres assintomáticas dentro do grupo controle de 100 mulheres pesquisadas6.

Candida pode tornar-se patogênica dependendo de algumas alterações/fatores encontradas no ambienta vaginal, como a questão do pH, onde há uma variação entre (pH 4,5), dificultando o desenvolvimento de outros fungos, com exceção da Candida que se desenvolve e prolifera em ambientes ácidos. Alguns estudos estabeleceram que entre 20 e 25% das mulheres adultas apresentam a forma assintomática da candidíase, causada por C. albicans, e 75% já apresentaram ao longo de suas vidas, a forma clínica da candidíase,07. Visto que, com base em relatos, esta infecção fúngica acomete milhares de mulheres ao decorrer de suas vidas, tornando-se um caso de saúde pública, trazendo desconfortos, interferindo nas relações sexuais e afetivas entres os seus parceiros e prejudicando também no seu bem-estar, levando em consideração que este tipo de cepa, é normal no ambiente vaginal, mas que precisa-se de informações e conhecimento para que não há maiores incidências8, 18.

Muitos profissionais de saúde necessitam de mais conhecimento sobre patogenia e seus aspectos que devem ser bem esclarecidos para um melhor acompanhamento. Porém, nos últimos anos tem se observado uma grande prevalência de candidíase causada pelo gênero de Candida, elevando esses números a grandes proporções, entre 80 a 90% das infecções fúngicas é causada por C. albicans8.

O aparecimento está diretamente relacionado com o desequilíbrio dos mecanismos de defesa onde ocorrerá o crescimento da Candida e conseqüentemente ocasionando a inflamação, como primeira forma de infecção, o organismo precisa-se estar a todo o momento preparado para combater qualquer tipo de invasor biológico, os linfócitos CD4+ onde, se esta população estiver em pequenas quantidades, predispõem várias infecções fúngicas, no caso também, a infecção por C. albicans está instalada.

O termo candidíase é usado para designar uma infecção por fungos leveduriformes, do gênero, Candida sp, também conhecida como sapinho, monilíase3. Existem vários fatores predisponentes, favoráveis ao aparecimento e desenvolvimento da candidíase, de segunda categoria que possa desencadear tais como: gravidez, usos de contraceptivos orais, corticosteróides, antibióticoterapia em longo prazo, higiene pessoal, uso prolongado de roupas íntimas sintéticas, porque elas, as roupas diminuem a ventilação no ambiente vaginal e assim, aumentando a umidade e o calor e levando em consideração também, favorecendo o crescimento do fungo9.

A relação sexual, não é a principal forma de transmissão da candidíase, uma vez que a Candida sp faz parte da flora endógena vaginal normal, devido ao uso irracional, particularmente dos antibióticos e antifúngicos, as infecções eram menos proliferativas com menor incidência, e a candidíase entre nestas estatísticas, hoje tem se observado um grande aumento nos números de infecções vaginais causadas por C. albicans, fortalecidos por usos irracionais de medicamentos, instalando-os no epitélio vaginal e causando vários danos. Os antibióticos podem suprimir a flora vaginal lactobacilar, que é o principal mecanismo de defesa vaginal contra os fungos fazendo com que os fungos criem uma resistência ao medicamento9.

O desenvolvimento da infecção por Candida está associada à debilidade do hospedeiro ou a questão alimentar, onde a ingestão de alto teor de glicogênio, conseqüentemente elevando o glicogênio vaginal e aumentando o pH, já ácido, condições adequadas para a produção da infecção. Qualquer elevação dos níveis de glicose, ou