Minha introdução
Por: Juliana2017 • 1/1/2018 • 1.928 Palavras (8 Páginas) • 260 Visualizações
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Segundo Paixão; Bressan (2010), o cálcio, dentre todos os minerais presentes no organismo, é o mais abundante. Estando diretamente ligado ao peso corporal, pois compõe de 1,5 a 2% do total e 99% deste está depositado nos ossos. Além disso, é um nutriente necessário em diversos processos metabólicos, como a contração muscular, excitabilidade muscular, coagulação sanguínea, transmissão de impulsos nervosos, ativação enzimática, secreção hormonal, mineralização de ossos e dentes, mitose e o suporte estrutural do esqueleto. Muitos estudos têm demonstrado que o consumo de cálcio previne doenças como a osteoporose, hipertensão arterial, obesidade e câncer de cólon. Pereira; Genaro; Pinheiro; et al. (2009).
Ainda de acordo com Pereira; Genaro; Pinheiro; et al. (2009), “o cálcio é absorvido pelo trato gastrointestinal por meio de transporte ativo, que ocorre predominantemente no duodeno e jejuno proximal, e difusão passiva, localizada principalmente no jejuno distal e no íleo. O componente ativo é saturável, estimulado pela 1,25(OH) D3 (calcitriol), regulado pela ingestão dietética e pelas necessidades do organismo. O calcitriol influencia o transporte ativo, aumentando a permeabilidade da membrana, regulando a migração de cálcio através das células intestinais e aumentando o nível de calbindina (proteína transportadora de cálcio – CaBP). A fração de cálcio absorvida aumenta conforme sua ingestão diminui. Trata-se de uma adaptação parcial à restrição de cálcio, resultando no aumento do transporte ativo mediado pelo calcitriol. Portanto, o transporte ativo é caracterizado como principal mecanismo de absorção de cálcio quando a ingestão desse componente é baixa. Conforme a ingestão de cálcio aumenta (> 500 mg/dia), a difusão passiva apresenta maior participação na absorção do cálcio. Em vista disso, o processo passivo pode tornar-se o mecanismo predominante de absorção de grandes doses de cálcio, uma vez que o transporte ativo já está saturado.”
Partindo do princípio de que a ingestão alimentar da população brasileira geralmente é apontada como inadequada no que diz respeito ao consumo de cálcio, é válido que haja maior fornecimento de conhecimentos para otimizar a compreensão do mecanismo de absorção desse nutriente e sua devida importância, assim como sua biodisponibilidade e fatores que possam influenciá-los. Além de como adequar o consumo desse mineral por meio de fontes alimentares e melhor forma de suplementação se for o caso. Essa conscientização é indispensável para que seja possível o desenvolvimento de estratégias que possibilitem a maior ingestão de cálcio. Os motivos que provavelmente contribuem para essa baixa ingestão, podem ser o elevado custo e os hábitos culturais e alimentares. Pereira; Genaro; Pinheiro; et al. (2009).
Pereira; Genaro; Pinheiro; et al. (2009) afirma que “a principal fonte alimentar de cálcio para a maioria das pessoas é o leite e seus derivados. Os vegetais verde escuros como brócolis e couve são fontes alternativas, porém a quantidade e biodisponibilidade do cálcio nesses alimentos é menor quando comparadas ao leite e seus derivados. Os alimentos fortificados com cálcio podem ser opção para atingir as recomendações. Entretanto, atenção especial deve ser dedicada na seleção desses produtos, para que se possa atingir os grupos específicos que apresentam maior dificuldade em alcançar as recomendações de cálcio.”
De acordo com a Dietary Reference Intakes (DRIs) a recomendação de ingestão diária de cálcio de 51-70 anos e >70 é de 1200mg∕d. E é interessante ser mantida uma dieta rica neste nutriente mesmo depois que a fase de crescimento e desenvolvimento tenha cessado pois o cálcio é perdido diariamente pelo corpo através da pele, cabelo, unhas, suor, urina e secreções digestivas, em quantidades que vão de 4 a 8 mmol/dia. Conforme dito por Lanza; Dourado; Pinheiro, (2012).
Os níveis séricos de cálcio no organismo podem ser alterados não apenas pela baixa ingestão do mesmo, outros fatores como transtornos alimentares, raça, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, cigarro, doenças, entre outros, também podem comprometer o status corporal de cálcio. A atividade física também pode ser benéfica se for praticada na quantidade adequada, pois auxilia na fixação do cálcio e na formação e manutenção da matriz óssea. Em contra partida, baixos níveis de atividade física podem levar a um declínio na densidade óssea em poucas semanas. Já o excesso de atividade estimula a elevação dos níveis de glucagon, hormônios tireoidianos, cortisol, catecolaminas e glicocorticoides e reduz a produção de estrogênio. Também pode acarretar diminuição na captação e fixação do cálcio, sendo este um dos fatores que explica a redução da massa óssea, de acordo com Paixão; Bressan (2010).
É sabido que uma das alternativas para garantir a ingestão adequada de cálcio é a utilização de suplementos, se as outras formas não obtiverem sucesso. A suplementação pode ser realizada através de diferentes sais de cálcio, repondo de 500mg a 1g ao longo do dia e devendo ser ingerido junto à refeições leves ou em jejum, para facilitar a sua absorção. Contudo, alguns indivíduos poderão apresentar dispepsia, náuseas e constipação como efeitos colaterais. O suplemento mais recomendado é o carbonato de cálcio, por apresentar a maior quantidade elementar do mesmo (40%), porém existem outros sais como o fumarato de cálcio, que disponibiliza 30,8%, o citrato 30%, o fosfato dibásico 24,4%, o fosfato trifásico 38,8%, o lactato 18,4% e o glutamato 9%. Apesar da diversidade de quantidade deste mineral entre os suplementos, um estudo comparativo mostrou que o fumarato de cálcio apresentava maior absorção pelo organismo quando comparado ao carbonato e citrato de cálcio, devido às características moleculares deste sal. Ressaltando que em caso de tratamento de doenças ósseas, a ingestão de cálcio pode ser acima dos valores recomendados, segundo Paixão; Bressan (2010).
O objetivo deste estudo...
https://www.researchgate.net/profile/Sandra_Ribeiro/publication/262671821_Food_lists_from_the_diet_of_a_group_of_elderly_individuals_analysis_and_perspectives/links/5412fff30cf2788c4b358c2a.pdf
.Khaw KT, Bingham S, Welch A, Luben R, Wareham N, Oakes S, Day N. Relation between plasma ascorbic acid and mortality in men and women in EPICNorfolk prospective study: a prospective population on study. Lancet, 2001.
http://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/76727
https://www.researchgate.net/profile/Maria_Guariento/publication/240642804_Evaluation_of_the_malnourished_elderly/links/02e7e53304b979dbb4000000.pdf
.FERRIOLLI,
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