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Absenteísmo nas Organizações

Por:   •  18/6/2018  •  2.157 Palavras (9 Páginas)  •  280 Visualizações

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Quando o funcionário é visto como um parceiro da empresa ele consegue atuar com qualidade maior, sentindo-se responsáveis por possíveis resultados. Tendo como base a motivação do seu efeito como funcionário.

2.1 CAUSAS DO ABSENTEÍSMO

Apesar de ser uma palavra pouco usada, a realidade desse fenômeno se faz presente em toda e qualquer instituição. Pesquisas realizadas sobre o absenteísmo procuram conhecer as causas do problema para que se tracem metas de prevenção e minimização da ausência e insatisfação do colaborador na empresa.

Chiavenato (2004) aponta como principais causas do absenteísmo as doenças dos empregados comprovadas ou não; atrasos involuntários por motivo de força maior; atrasos voluntários por motivo pessoal; dificuldades ou problemas financeiros e de transporte; razões de caráter familiar; baixa motivação para o trabalho; precária supervisão da chefia e/ou gerência; políticas inadequadas da organização. Sabe-se que altos índices de faltas ao trabalho podem levar ao funcionário à perda do emprego ou até mesmo a seu abandono.

“Cada fato, atitude ou decisão se torna objeto de um sistema de sentimentos: de aprovação, rejeição, neutralidade ou resistência, os quais podem conduzir a cooperação, a posição ou confusão, dependendo da forma que são compreendido e interpretado pelas pessoas”, de acordo com Chiavenato (2003, p. 109).

Seguindo a linha de pensamento acima citado, observa-se que na pratica, as organizações são formados por pessoas que as representam dando-lhes personalidade própria. O capital intelectual tornou-se o responsável pela excelência das organizações bem sucedidas. Hoje o fator humano está sendo valorizado, porém muita coisa precisa mudar. A exemplo do clima organizacional, este conta muito. O ser humano é dotado de vitalidade e está em constante processo de ação e proação, reforçando assim a conquista de um ambiente salubre onde o trabalho possa fluir agradavelmente melhorando a relação interpessoal e consequentemente a produtividade.

Analisando as necessidades humanas de higiene, segurança e qualidade de vida, Chiavenato (2004) aponta que:

As pessoas passam a maior parte do seu tempo na organização em um local de trabalho, que constitui seu habitat. O ambiente de trabalho se caracteriza por condições físicas, psicológicas, sociais e materiais. De um lado, os aspectos ambientais que impressionam os sentidos e que podem afetar o bem estar físico, a saúde e a integridade física das pessoas. De outro lado, os aspectos ambientais que podem afetar o bem estar psicológico, a saúde mental e a integridade moral das pessoas.

O déficit das condições normais para a realização do trabalho e a falta ou pouca motivação com programas de incentivo e benefício contribuem para a elevação os índices de absenteísmo na empresa, porém existem outros fatores como: a questão cultural, onde o trabalho é realizado por turno existindo escalas a serem cumpridas, em casos de feriados o operário se nega a trabalhar; doença efetivamente comprovada e não comprovada; dupla jornada de trabalho; dificuldades sociais, como problemas de transporte e de caráter familiar; além de políticas inadequadas da organização.

2.2 CONSEQUÊNCIAS DO ABSENTEÍSMO

Devido às constantes ausências nas empresas por parte de funcionários, surge a necessidade de investigação das causas e consequências do absenteísmo e o que seus efeitos provocam.

Em relação ao financeiro, pode-se destacar a questão referente à queda na produtividade e em alguns casos em empresas que trabalham com prazos, por exemplo, perda da confiabilidade por outra empresa devido atrasos nas entregas.

Já em relação ao clima organizacional a ausência do funcionário, por faltas justificadas, ou não, é preocupante, porque há uma desintegração da equipe de trabalho, assim ocorre uma sobrecarga de atividades onde o gerente assessor de staff força o repasse de tarefas na tentativa de manter as condições normais de funcionamento da empresa. Mas às vezes essa cobrança acarreta outros problemas tornando-se um círculo vicioso.

Observando essa situação, Chiavenato (2004, p.433) afirma que:

O autoritarismo do chefe, a desconfiança, a pressão das exigências e cobranças, o cumprimento do horário de trabalho, a chateza e monotonia de certas tarefas, o baixo astral dos colegas, a falta de perspectiva de progresso profissional e a insatisfação pessoal não somente derrubam o bom humor das pessoas, como também provocam estresse no trabalho.

As pessoas constituem o fator primordial de uma organização. Elas são dotadas de sentimentos capacidades e habilidades que proporciona ações e dinamismo na empresa. O trabalhador oferece seus recursos sejam eles intelectuais e/ou físicos e por outro lado criam expectativas e esperam um retorno satisfatório para compensar seus esforços. Porém quando o empregado nota uma falta de perspectiva de progresso e falta de valorização, ocorre uma notável desmotivação e morosidade na relação de suas atividades.

De acordo com Bispo (2006), “o fato é que o absenteísmo ou a ausência do colaborador no ambiente de trabalho provoca problemas como desorganização das atividades, queda na qualidade dos serviços prestados, limitação de desempenho e até mesmo obstáculos para os gestores. [...].”.

Por trás do índice de absenteísmo podem-se identificar também as doenças ocupacionais, que interferem diretamente na qualidade de vida do funcionário e, portanto, em seu desempenho e assiduidade. Algumas delas são: Ler (Lesão por Esforço Repetitivo), DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho) muito comum em trabalhadores de tele atendimento, podendo ocorrer também por incompatibilidade com atividade, além de acidentes.

A prevenção de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho podem ser exercidos tanto pela empresa como pelos trabalhadores. São medidas simples, mas quando praticados de forma correta, podem evitar problemas de saúde e trazer benefícios.

Ao analisar o absenteísmo é importante considerar a existência de uma etiologia multifatorial. Devem ser avaliadas, portanto, as variáveis do indivíduo como: motivação, necessidades, hábitos, valores, habilidades e conhecimentos; variáveis relacionadas à ocupação do trabalhador como: o tipo de empresa, os métodos de produção; variáveis relacionadas à organização como: o clima de trabalho e as políticas da instituição. (TAYLOR, 1999, PELLETIER,

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