ADMINISTRAÇÃO DE PRODUÇÃO E OPERAÇÕES

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2.4. Benefícios

2.4.1. Viabilidade econômica

O preço mais alto dos papéis reciclados disponíveis no mercado brasileiro se deve aos altos custos de produção.

Ao contrário da madeira de reflorestamento, que precisa de muitos anos para ser utilizada, o bagaço da cana-de-açúcar é uma matéria-prima de baixo custo e abundante praticamente o ano todo, gerando menores gastos no manejo e garantindo retornos mais rápidos. Tudo isto permite o repasse de um custo compatível com as necessidades do consumidor.

2.4.2. Produção 100% limpa

Do início ao fim, o ciclo produtivo foi desenhado para trazer o mínimo impacto ao meio ambiente. Desde a sua muda, a cana funciona como uma esponja natural de CO2. E sua colheita é feita dentro dos mais modernos padrões internacionais.

As fábricas também possuem um sistema de reaproveitamento de todos os resíduos sólidos do processo. Além de um moderno sistema de tratamento de água com mais de oito lagoas, que devolvem a água utilizada à natureza em melhores condições do que quando foi captada.

3. DESCRIÇÃO DO PROCESSO

O processo se inicia na capitação do bagaço de cana em uma área de aproximadamente 100 km de comprimento por 25 km de largura. O mesmo permanece armazenado por um período médio de 18 semanas, facilitando a ação micro biológico, posteriormente o bagaço é misturado com água e bombeado para um sistema de batedores que efetua a separação de resíduos pesados como, por exemplo, areia. Após a eliminação dessas impurezas o material é levado para uma área de cozimento, onde digestores através de pressão e calor, dão início ao processo de fabricação da polpa que por sua vez, é encaminhada para grandes tanques de armazenamento para ser submetida a uma despressurização brusca que resulta na separação da fibra para a conversão em celulose que é lavada e branqueada. A celulose obtida é encaminhada para a fábrica de papel que conta com scanners de última geração, que permite a regulagem da gramatura e umidade do papel. Finalmente o papel é enrolado, formando bobinas imensas com aproximadamente 20 toneladas que em seguida são transformadas em bobinas menores e entregues aos clientes em uma variedade de papéis fabricados a partir do bagaço de cana de açúcar.

4. ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO

Em uma produção estratégica bem elaborada, devem possuir decisões anexadas ao leque de produtos e exija decisões relacionadas à marca, rótulo, embalagem, dentre outras questões que integram o produto.

A estratégia de produção pode ser vista como parte de um processo de planejamento que coordena os objetivos/metas operacionais com os objetivos mais amplos das organizações. Uma vez que os objetivos amplos das organizações mudam com o tempo, a estratégia de produção precisa ser modelada para antecipar as necessidades futuras, para se adaptar mais rápido as mudanças do mercado (CHASE; JACOBS; AQUILANO, 2006, p. 38).

Faz-se necessário, executar uma análise de perspectivas financeiras da empresa, as expectativas de clientes, interna, do aprendizado e do crescimento.

No caso da Ecoquality, existe uma ampla preocupação com a qualidade e garante esse padrão com a certificação ISO 9001. O comprometimento com a qualidade não acaba no final da linha de produção.

O processo se inicia na captação do bagaço da cana de açúcar proveniente das usinas de produção de açúcar e etanol, material ao qual, inicialmente era tratado apenas como resíduos e para eliminá-lo, utilizava-se o processo de incineração, gerando por sua vez, milhões de toneladas em Co² e outros poluentes.

5. ESTUDO DOS TEMPOS E MÉTODOS

Para Harding (1981) o estudo do tempo é a cronometragem e a análise dos movimentos (cronoanálise) de determinada operação, a fim de chegar ao tempo correto para se fazer aquele trabalho. O estudo do tempo não é uma ciência exata, pois as pessoas possuem personalidades e habilidades diferentes, e seu comportamento varia de acordo com suas condições físicas e mentais. Entretanto é essencial que unidades-padrão de trabalho sejam definidas.

A Ecoquality utiliza em seus processos de fabricação amplos estudos de cronoanálise em seus tempos e métodos de fabricação, com a finalidade de manter sua linha de produção moderna e otimizada, visando lucro, produtividade, respeito ao meio ambiente e a qualidade de vida de seus colaboradores. Sendo assim, esses estudos consistem em:

Efetuar cronometragem, analisar o ritmo do trabalho, definição das cargas, estudo da fadiga de trabalho, cálculo do tempo padrão, análise em posições de trabalho, equipamentos e dispositivos, estudo ergonômico, diminuição de Setup, adequações de linha de produção e layout, utilização de padronização.

5.1. Programação

Após definir as vendas, a necessidade de produção, define-se o equilíbrio de produção de máquinas e horas necessárias. De acordo com as horas previstas necessárias, calcula-se a mão-de-obra necessária para cumprimento da demanda. Calcula-se a produtividade obtendo-se a relação da produção realizada e das horas trabalhadas.

5.2. Pessoal necessário

O contingente necessário é quantificado considerando:

- Cargas de Trabalho: tempos operacionais, condições do maquinário, itens utilizados, tempos de operações e treinamento do pessoal;

- Equipamentos necessários ao balanço de produção;

- Tempo de trabalho das máquinas definidas no balanço de produção.

5.3. Dados do processo

Consistem nas informações referentes à maneira que se devem trabalhar as máquinas. Nesse caso é apontado: velocidade, eficiência, porcentagem de paradas para manutenção, porcentagem de desperdícios, dados da produção e todo dado necessário para planejar a produção ou calcular as cargas de trabalho.

5.4. Descrição do trabalho por função

O objetivo é catalogar os trabalhos de cada colaborador em seu posto de trabalho e aferir a prática de trabalho, que permitirá quantificar os tempos padrão. Considerar-se o que foi executado, as frequências operativas e, por último,