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Por:   •  4/2/2018  •  2.642 Palavras (11 Páginas)  •  272 Visualizações

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O PROJETO JOVENS EM AÇÃO – UM BREVE HISTÓRICO

O projeto foi idealizado para promover o desenvolvimento emocional, educacional, profissional e trabalhar vínculos familiares de jovens próximo a fábrica da empresa Robert Bosch em Curitiba PR.

Em 2005, uma psicóloga, na ocasião responsável pelo Instituto Robert Bosch entrou em contato com o Colégio Estadual Professor Brasílio Vicente de Castro, onde a proposta foi aceita e assim dando início nas atividades.

A proposta do projeto Jovens em Ação tem como foco a formação pessoal e profissional do jovem, permite a integração de diferentes áreas de atuação para atingir um desenvolvimento global do adolescente e sua preparação para a vida.

É caracterizado como um trabalho sistemático de educação e prevenção continuada, visando ações que oportunizem o desenvolvimento social, pessoal e profissional de jovens moradores da Vila Barigui (comunidade de baixa renda da Cidade Industrial de Curitiba).

Seu desenvolvimento se dá em parceria com escolas públicas de duas comunidades da cidade de Curitiba – Vila Verde e Vila Barigui – e beneficia adolescentes do Ensino Médio que, na maioria das vezes, não têm opções de atividades no período de contra turno, permanecendo fora do âmbito educacional nesse período e estando sujeitos a situações de risco.

De acordo com a UNESCO apud Delors (2001, pág. 43) a educação deve ser entendida como uma agente formadora para o trabalho, a qual deve buscar o desenvolvimento humano e econômico, sendo necessário “estabelecer novas relações entre política educativa e política de desenvolvimento a fim de reforçar as bases do saber e do saber-fazer”. A ideia da UNESCO vai de encontro com o ideal do projeto em estudo, uma vez que este busca a formação plena dos jovens que residem na região em que o trabalho é desenvolvido.

Para Eboli (1999, pág. 20) para que uma empresa dê início a um projeto educacional é necessário que antes de tudo compreenda-se qual a importância de educar e aprender, sem esquecer-se que ambos caminham lado a lado. De acordo com Freire (2003) o ato de ensinar não se restringe somente a transferência de conhecimentos, ele deve, antes de tudo, criar possibilidades para a sua própria produção. No âmbito empresarial, deve-se buscar práticas de ensino usualmente fáceis e acessíveis, ampliando e qualificando, assim, a rede de relacionamentos entre os públicos internos e externos. Há que se buscar meios para estimular e qualificar o processo de aprendizagem. (EBOLI, 2004).

Maximiano (2009, pág. 48) relata que projeto é um empreendimento temporário ou uma sequência de atividades com começo, meio e fim programados, que tem por objetivo fornecer um produto singular dentro de restrições orçamentárias. Todo projeto sempre combina elementos físicos, conceitos e serviços.

A comunidade vê o projeto como uma oportunidade para os jovens, promove o desenvolvimento em todas as áreas do indivíduo, além de oportunizar a entrada do adolescente no mercado de trabalho, podendo assim contribuir financeiramente com sua família, ter uma formação e um desenvolvimento saudável.

O projeto Jovens em Ação é reconhecido por todos na empresa, é um projeto de grande impacto social, os colaboradores têm um contato direto com os jovens, uma vez que eles entram para o programa de Aprendiz da empresa.

A METODOLOGIA DE ATUAÇÃO DO PROJETO JOVENS EM AÇÃO

O projeto é fundamentado nos quatro pilares de educação da UNESCO, orientados para o desenvolvimento das competências pessoais, sociais, cognitivas e produtivas necessárias como base educacional. Tais pilares devem ser entendidos como os objetivos fundamentais da educação no Século XXI, quais sejam: aprender a conhecer - capacidade de dominar os próprios “instrumentos do conhecimento”; aprender a fazer - capacidade de “pôr em prática os seus conhecimentos”; aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros - capacidade de compreender o outro, bem como a interdependência existente entre os indivíduos; e aprender a ser - capacidade de “elaborar pensamentos autônomos e críticos, formular seus próprios juízos de valor, de modo a poder decidir, como agir nas diferentes circunstâncias da vida.” (UNESCO apud DELORS, 2001)

De acordo com Valeriano (1998, p. 23), “projeto é um processo com duração finita, composto por várias fases que constituem o seu ciclo de vida”. O projeto em estudo conta com três etapas, as quais duram um ano cada:

1ª) “Aprendendo a Ser e a Conviver”: São trabalhados temas referentes à adolescência, à criação da identidade do grupo, às drogas, à violência, à sexualidade, à família, à escola entre outros aspectos que perpassam essa fase do desenvolvimento;

2ª) “Aprendendo a Conhecer”: Os adolescentes refletem sobre as profissões que gostariam de exercer, sobre suas habilidades e interesses e tem a oportunidade de conhecer as opções do mercado de trabalho;

3ª) “Aprendendo a Fazer”: Os adolescentes tem a oportunidade de realizar cursos técnicos em parceria com o Colégio Sesi, preparando-se para a entrada no mercado de trabalho.

A partir da 2ª etapa os adolescentes ingressam em um dos cursos técnicos ofertados pelo Colégio SESI-Senai, com duração máxima de 2 (dois) anos, sendo que durante todo o curso a equipe do projeto fará um acompanhamento periódico de notas e faltas, incentivando o máximo aproveitamento e rendimento em todas as matérias.

O objetivo geral do projeto busca desenvolver um trabalho de educação continuada promovendo uma aprendizagem prática e vivencial que possibilite o desenvolvimento e a transformação de atitudes e comportamentos pessoais e sociais, além da preparação técnica necessária à inserção no mercado de trabalho.

De acordo com Durkheim (2001, p.55) a educação promove a integração social, respondendo “...antes de mais nada às necessidades sociais”.

Os objetivos específicos do projeto buscam uma integração social da comunidade, a partir de temas pertinentes aos problemas vivenciados pela faixa etária abrangida por suas ações.

- Desenvolver a habilidade de convivência em grupo, o sentimento de solidariedade e a cooperação;

- Desenvolver o interesse pelos estudos e o aumento do rendimento e da freqüência escolares, contribuindo para a diminuição da evasão escolar;

- Despertar o interesse para a escolha de uma profissão,

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