Bingo da química

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Inicialmente, dividiu se a sala em grupos de três alunos. Em seguida forneceu se a cada grupo uma cartela. O professor, na sua mesa, ficou encarregado de fazer o sorteio dos números. Conforme todo jogo de bingo, o locutor, ou seja, o professor, “cantava” o número da bola que foi sorteada, número este que é referente ao número atômico do elemento, O grupo rapidamente fazia em uma folha de rascunho a distribuição eletrônica do elemento, pelo diagrama de Linus Pauling, e localizava o elemento na cartela, ou seja, identificava o grupo e o período ao qual o elemento faz parte. Ao encontrar na cartela o referido elemento o grupo fazia um pequeno sinal de lápis em cima do símbolo deste elemento.

As regras para se ganhar o jogo diziam que, poderia haver três grupos ganhadores: Primeiro grupo ganhador aquele que marcasse a primeira linha horizontal na cartela, conhecido como período. Segundo ganhador, aquele que marcasse a primeira linha vertical, ou seja, o grupo. Finalmente, o grupo que complementasse toda a cartela seria o terceiro ganhador da rodada.

Análise e Discussão do Relato

É importante que o professor trabalhe com os alunos conscientizando os que este jogo não pode ter caráter classificatório de bom ou ruim; é necessário que o professor explique aos alunos que ganhar ou perder é uma questão de sorte e que o jogo é apenas para fazer com que a aprendizagem de Química fique mais interessante e gostosa de assimilar.

Ao término das atividades ficou bastante claro que esta metodologia, traz bons resultados no processo de aprendizagem dos alunos, chegando estes a praticar a brincadeira até mesmo fora de horário de aula.

Com a aplicação da atividade a professora regente da turma relatou que os alunos passaram a demostrar muito mais interesse pelas aulas de química e durante toda a aula eles faziam questão de mencionar a localização dos elementos na tabela periódica usando a distribuição eletrônica, método usado no decorrer do jogo.

Considerações

No término do trabalho foi possível perceber a importância da ludicidade na construção do conhecimento não só em Química, mas na ciência de um modo geral. No decorrer de todo o trabalho compreendemos que não há um conhecimento “pronto” ou “acabado” sobre o qual nos debruçamos no dia a dia, mas sim uma busca constante por novos fatos e conhecimentos que estão sendo constantemente construídos, e podem, no futuro, mudar nossa forma de pensar e/ou interpretar certos acontecimentos. O importante é termos em mente que há sim um conhecimento sobre o qual estão centradas as bases da ciência, porém temos na ciência um campo dinâmico em busca de novos e mais aprimorados modelos nos mais diversos campos científicos.

Referências

ANDRADE, O. G; SANCHES, G. M. M. B. Aprendendo com o Lúdico. In: O DESAFIO DAS LETRAS, 2., 2004, Rolândia, Anais... Rolândia: FACCAR, 2005. ISSN: 1808-2548.

FERNANDES, L. S.; CAMPOS, A. F. & MARCELINO JÚNIOR, C. A. C. Concepções alternativas dos estudantes sobre ligação química. Experiências em Ensino de Ciências. Universidade Federal Rural de Pernambuco, v. 5, p. 19-27, 2010.

CUNHA, M. B. Jogos de Química: Desenvolvendo habilidades e socializando o grupo. Eneq 028- 2004.