A Contribuição da Informatica na Educação
Por: Rodrigo.Claudino • 20/12/2018 • 1.967 Palavras (8 Páginas) • 303 Visualizações
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Houve uma época em que era necessário pedir permissão com justificativa caso precisasse a utilizar da Informática na escola. Hoje já se reconhece à sua importância. Entretanto o que vem sendo questionado é a forma com que essa introdução vem ocorrendo.
Segundo FRÓES : “A tecnologia sempre afetou o homem: das primeiras ferramentas, por vezes consideradas como extensões do corpo, à máquina a vapor, que mudou hábitos e instituições, ao computador que trouxe novas e profundas mudanças sociais e culturais, a tecnologia nos ajuda, nos completa, nos amplia.... Facilitando nossas ações, nos transportando, ou mesmo nos substituindo em determinadas tarefas, os recursos tecnológicos ora nos fascinam, ora nos assustam...”
Esse é um assunto polemico, pela pouca experiência com essa tecnologia, é um processo um pouco caótico. Muitas escolas introduziram em seu currículo o ensino da Informática com o pretexto da modernidade. Mas o que fazer nessa aula? E quem poderia dar essas aulas? A princípio, contrataram técnicos que tinham como missão ensinar Informática. No entanto, eram aulas descontextualizadas, com quase nenhum vínculo com as disciplinas, cujos objetivos principais eram o contato com a nova tecnologia e oferecer a formação tecnológica necessária para o futuro profissional na sociedade.
É importante que o professor possa refletir sobre essa nova realidade, repensar sua prática e construir novas formas de ação que permitam não só lidar, com essa nova realidade, como também construí-la. Para que isso ocorra, O professor tem que ir para o laboratório de informática dar sua aula e não deixar uma terceira pessoa fazer isso por ele.
A ideia aqui proposta não seria colocar a informática como uma “ferramenta” neutra, mas sim usá-la com a função de preparar os alunos para uma sociedade informatizada, pois quando a usamos estamos também sendo modificados por ela.
- Desenvolvimento
A introdução da informática na educação brasileira se deu por volta da década de 70 com a redução dos custos dos microcomputadores, assim, as escolas puderam ter acesso à informática e a princípio essa inserção deu-se lentamente. Naquela época os equipamentos tecnológicos eram grandes e ainda estavam em fase de expansão no mercado mundial. (SOUZA, 1999).Com o passar dos anos, os computadores evoluirão e chegaram ao campo educacional. A informática tem-se adentrado na vida das pessoas e o computador, como afirma HAYDT (2001, p. 268) “...já faz parte de nossa vida cotidiana...” Segundo MEC (1998, p. 51) “A integração do computador ao processo educacional depende da atuação do professor, que nada fará se atuar isoladamente...” Não adianta a aquisição de excelentes equipamentos tecnológicos, se os professores não forem preparados para utilizar esses equipamentos.
“Pesquisas desenvolvidas no Brasil e no Exterior (Carraher, 1996; Carraher & Schliemann, 1992; Valentin, 1995; Spauding & Lake, 1992; Santarosa, 1995; dentre outros) informam que escolas que utilizam computadores no processo de ensino-aprendizagem apresentam melhorias nas condições de estruturação do pensamento do aluno com dificuldades de aprendizagem, compreensão e retenção. Colaboram, também, para melhor aprendizagem de conceitos matemáticos já que o computador pode constituir-se num bom gerenciador de atividades intelectuais, desenvolver a compreensão de conceitos matemáticos, promover o texto simbólico capaz de desenvolver o raciocínio sobre ideias matemáticas abstratas, além de tornar a criança mais consciente dos componentes superiores do processo de escrita” (Moraes, 1998, p.13).
Alfabetização hoje não é só ler, escrever e contar, O professor assume o papel de mediador frente a essa nova tecnologia. Com o uso da informática o educador precisa estar em constante aperfeiçoamento, Com certeza a alfabetização vai além da leitura e da escrita. Mediador sim, porque no momento em que ele utilizando a tecnologia ele consegue estimular o pensamento crítico de seus alunos acontece a troca entre ambos, proporcionando assim uma aprendizagem significativa. Com o uso da informática, como trabalhar com os números e as letras? E, Como preparar as crianças para o mundo real no qual irão viver como adultos?
A melhor forma de trabalhar estas abordagens seriam assuntos do interesse da criança, trazendo novidades e deixando que ela descubra-se frente a novos desafios. Por isso utilizando os jogos didáticos seria uma forma interessante e desafiadora para trabalhar com os números e letras. Assim eles aprendem usufruindo destas novas tecnologias e descobrem-se frente aos próprios questionamentos.
Cada vez mais crianças com pouca idade estão utilizando o computador mesmo antes da alfabetização completa. Com isso, a necessidade de tornar o computador tão comum quanto à televisão, e dar o acesso a ele de forma que as pessoas dominem seu uso e se tornem além de usuários eficientes, profissionais cada vez mais experientes.
Dessa forma as práticas em sala de aula devem estar orientadas de modo que se promova a alfabetização, tomando as palavras de Soares (2001) que se proporcione a construção de habilidades para o exercício efetivo e competente da tecnologia e da escrita em si. Esse exercício
[...] implica habilidades várias, tais como: capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos – para formar ou informar–se para interagir com os outros, para imergir no imaginário, no estético para ampliar conhecimentos, para seduzir ou induzir, para divertir-se para orientar-se para o apoio a memoria, para catar-se...: tendo interesse e informações e conhecimento, escrevendo ou lendo de forma diferenciada, segundo as circunstâncias, os objetivos, o interlocutor [...]. (Soares, 2001, p.92)
Estamos vivenciando uma nova era, a do conhecimento onde o processo de aquisição do mesmo assume um papel de destaque exigindo um profissional critico, criativo, reflexivo e com capacidade de pensar, de aprender, de trabalhar em grupo e de se conhecer como individuo. Cabe à educação formar esse profissional. No entanto, não pode mais se basear na instrução que o professor transmite aos alunos, mas na construção do conhecimento pelo aluno e no desenvolvimento dessas novas competências.
Conforme Flores (1996, p. 86-89) devem ser observadas algumas lições:
1) Não basta jogar computadores para os alunos ou para os professores. Deve haver um esforço na formação dos professores em utilizar qualitativamente este instrumento.
2) A tecnologia não aumenta
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