A SITUAÇÃO DAS METRÓPOLES
Por: Juliana2017 • 24/12/2018 • 2.777 Palavras (12 Páginas) • 307 Visualizações
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Sobral, município do Vale do Cariri (Juazeiro do Norte, Crato) e da Região Metropolitana de Fortaleza, com a instalação de inúmeras fábricas de calçados, no caso de Sobral, trabalham no setor de populações que moram em pequenos municípios vizinhos, como Santana do Acaraú, Senador Sá, Cariré, Mucambo, entre outros.
Itajubá, no Sul de Minas Gerais, como a ampliação de seu parque educacional e tecnológico, instalação de fábricas de componentes eletrônicos e de empresa que produz helicópteros, exportados para países como Argentina, Chile, México e Uruguai.
Dourados, hoje a segunda cidade em números de habitantes de Mato Grosso do Sul, que desenvolveu um forte setor agroindustrial, com base no cultivo de grãos (soja, milho, trigo) e na produção de carne para exportação (chamado agrobusiness).
Igarassu, na Região Metropolitana do Recife, que combina a tração de indústrias de transformação, turismo e a produção de flores e bens hortifrutigranjeiros.
Florianópolis, consideradas por muitos a “cereja do bolo” entre as cidades de porte médio. A capital catarinense experimentou e um crescimentos de 6% de seu PIB per capita ao longo dos anos 1990, com receitas com base no turismo, nos serviços, no comercio e na indústria de transformação, atraindo contingentes da população de classe média.
É preciso citar também o exemplo de Campina Grande, na Paraíba, que vem se destacando pela constituição de um importante parque cientifico e tecnológico e pelas empresas associadas. Outros polos tecnológicos especializados são os de Santa Rita do Sapucaí (MG), São Carlos (SP) e Ilhéus (BA). Caxias do Sul e municípios vizinhos, como Bento Gonçalves e Farroupilha, também constituem uma importante aglomeração urbana do Rio Grande do Sul, de economia de base industrial diversificada (incluindo a cadeia automotiva e a tradição vinícola), e bons indicadores sociais.
As aglomerações urbanas não metropolitanas são conjuntos formados por cidades médias e pequenas com forte integração funcional, econômica e cultural e, em muitos casos, em situação de conturbação. O reconhecimento desses aglomerados e a criação de outro meio de geri-los cabem os estados da federação. Veja o exemplo de São Paulo.
Nesse estado, em especial por causa da desconcentração e interiorização do desenvolvimento econômico, várias cidades médias tiveram, nos anos de 1990, crescimento econômico e populacional superior ao da Grande São Paulo, como é também chamada a Região Metropolitana de São Paulo.
Portanto, permanece o peso acentuado da metrópoles, ao mesmo tempo que há desconcentração ou repartição de atividades entre elas e outros núcleos de menor porte. Nas palavras de Milton Santos, temos um “reforço de metropolização com uma espécie de desmetropolização”.
O número de cidades locais também cresceu rapidamente, sobretudo após a década de 1950, passando a ter um papel importante no funcionamento das redes urbanas no país. Em termos demográficos, o conjunto dos pequenos municípios representava apenas 15% do total da população nacional em 1940, passando para mais de 60% no fim da década de 1990.
A Contagem da População de 2007, realizada pelo IBGE em pouco mais de 5 mil municípios com até 170 mil habitantes, revelou que cerca de 4 mil deles apresentava população de até 20 mil habitantes, representando 72% do número de municípios do país.
Vale notar que muitos municípios pequenos, em parte criados nas últimas décadas, ainda dependem bastante de transferências de recursos de outras esferas de governo – especialmente da federal – para criar programas sociais e sanar suas demais necessidades.
Agora vamos verificar em que medida os eventuais avanços econômicos e sociais se refletiram na melhoria das estruturas internas de cada cidade e na vida de seus habitantes.
Assim como em outros países (inclusive nos Estados Unidos), as cidades brasileiras são ainda bastante marcadas pelas desigualdades sociais. Há diferenças brutais entre riqueza e pobreza. A distribuição de infraestrutura, equipamentos e serviços urbanos é bastante desigual, afetando principalmente os mais pobres. Um levantamento realizado pelo IBGE, em 2000, por meio da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, constatou que a quase totalidade dos municípios estudados contava na época com serviços de abastecimento de água, drenagem urbana e coleta de lixo; em contrapartida, apenas 55% deles dispunham de coleta e tratamento de esgotos em 2008, segundo o Atlas de Saneamento 2011 do IBGE.
A cidade é um objeto espacial criado pelas sociedades humanas para superar as distancias permitir interações sociais. Ela se caracteriza por seus meios de diversidade e concentração de pessoas, recursos e objetos. Uma ideia que poderá servir de referência é a de urbanidade. Ela resume pontos sobre como uma cidade pode e deve ser. Veja alguns desses pontos:
Uma cidade deve ter diversidade social e cultural, já que a diversidade é uma das bases da riqueza humana e permite múltiplas relações entre as pessoas.
Uma cidade, deve antes de tudo, permitir a todos os moradores o acesso pleno aos recursos de que ela dispõe em todos os seus espaços, evitando segregação e discriminação de grupos sociais.
Uma cidade deve oferecer grande diversidade de atividades e múltiplas opções econômicas, culturais e de lazer de seus habitantes.
Uma cidade deve oferecer acessibilidade e mobilidade plenas (inclusive espaços para a marcha pedestre) e dispor de espaços públicos amplos, generosos e equipados.
Uma cidade deve utilizar adequadamente suas bases naturais, evitando comprometer os recursos hídricos, impermeabilizar os solos, ocupar áreas de risco ou eliminar as coberturas vegetais.
Com base nessas premissas, podemos analisar alguns desafios enfrentados pelas cidades brasileiras – sem a pretensão de esgotá-los-, assim como propor soluções.
Até os anos de 1970, o centro tradicional das grandes cidades brasileiras tinha importância. Neles estavam, e ainda estão alguns casos, órgãos de administração pública, sedes de bancos, comércio atacadista e varejista, serviços de lazer etc. os serviços urbanos irradiavam-se do centro para a periferia, tornando-se cada vez mais escassos com a distância. Nas regiões mais próximas do centro, encontravam-se as áreas residenciais mais “nobres”. Por tudo isso, o sistema viário caracterizava-se, segundo o modelo radiocêntrico, pela predominância das ligações centro-bairro.
Especialmente
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