Os Anos Rebeldes

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Bernardo- Não vem de pedra na mão como fosse eu que tivesse criado essas regras.

Heloísa- Tem tanta diferença assim entre criar as regras ou aceitar?

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Bernardo- É minha mãe!

Heloísa- Uma mulher, Bernardo! Até cachorro precisa de afeto.

Bernardo- E meu pai!

Heloísa- Não tô dizendo! Até Cachorro.

Bernardo- Infeliz daquele professorzinho metido a galã.

Heloísa- professorzinho metido a galã, Que você admirava muito.

Bernardo- O fato de eu ter respeito intelectual pelo Avelar...

Heloísa- Será que você não é capaz de parar um instante pra pensar, Bernardo?!

Bernardo- Se eu tivesse certeza que o correto era entregar pro coroa, Heloísa! Eu não tinha vindo procurar você.

Heloísa- ah, mas até quando? Eu não acredito. Até quando vocês vão levar a vida atravez dessas regras .... moral de aparência!

Bernardo- Ah! Só pode ser gênero, Heloísa. Pra ser diferente. Você não vai me convencer que o fato da nossa mãe ter um amante é uma coisa que você encara com naturalidade...

Heloísa- Apaixonada!

Bernardo- Diz na minha cara, diz na minha cara que você acha isso natural?

Heloísa- Olha, isso eu confesso que me surpreendi, sim. Eu achava que era só uma válvula de escape, superficial. Apaixonada. De certa forma me dá até um pouco de esperança. Porque nesse mundo triste que a gente tá vivendo. Pelo menos a minha mãe. De uma forma meio covarde, coitada. Mas mesmo assim: apaixonada. Ela pode se salvar. Até você Bernardo, até você. Se parar pra pensar um pouco, você também tem salvação

Bernardo- Eu vou contar tudo pra ele!

Heloísa- Vai, conta! Vai agora! Que aí o papai vai perceber que foi um péssimo marido, os dois vão se casar de novo e vão ser felizes para sempre!