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CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DO ROSMARINUS OFFICINALIS

Por:   •  28/5/2018  •  2.007 Palavras (9 Páginas)  •  324 Visualizações

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CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA

Reino: Plantae

Filo: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

Ordem: Lamiales

Família: Lamiaceae

Gênero: Rosmarinus

Espécie: R. officinalis

Nomenclatura Binominal: Rosmarinus officinalis L. (Labiatae).

Sinonímia botânica: Rosmarinus latifolius Mill. Designa-se: do Romano, que em latim significa o orvalho que veio do mar.

Nomes Populares: alecrim-de-jardim; alecrim; rosmarino; labinotis; alecrinzeiro; alecrimcomum; alecrim-de-cheiro; alecrim-de- horta; erva- coada; flor-do-olimpo; rosa-marinha; rosmarinho. (LORENZI, H.; MATOS,F., 2006).

USOS E PROPRIEDADES

Partes utilizadas: folhas e flores.

Folhas: no preparo de xaropes, infusão, tintura, pó e óleo essencial e em fitoterapia. Utilizada na indústria alimentícia pelas propriedades antioxidantes de seus diterpenos. Estimulante digestivo, para a falta de apetite (inapetência); contra azia; em problemas respiratórios e debilidade cardíaca (cardiotônico). Por suas virtudes tônicas e estimulantes, atua sobre o sistema nervoso (cansaço mental) e cansaço físico. É anti-séptico, colagogo*, diurético*, anti-espasmódico (uso interno: vesícula e duodeno), cicatrizante (uso externo), colerético*, protetor hepático, anti-tumoral, anti-depressivo natural, carminativo* e vasodilatador. (RIDER’S DIGEST, 1999).

Na França, a droga é utilizada tradicionalmente por via oral, em tratamento sintomático de transtornos digestivos como: ¹flatulências epigástricas, digestão lenta, gases orais, flatulências; ²como facilitador das funções de eliminação urinária e digestiva; ³como colerético e colagogo.

Topicamente, utilizado em casos de obstrução nasal, catarros e enxagües bucais. Na Alemanha, baseado na monografia da comissão E; são etiquetados os produtos semi-terminados mencionando as seguintes indicações: ¹flatulência, gases, sais 3 biliares e gastrointestinais moderadas (por via oral); ²tratamento coadjuvante de afecções reumáticas (via tópica). (RIDER’S DIGEST, 1999).

Também é indicado para uso tópico local, como cicatrizante, antimicrobiana (Staphylococus e Monilia) e estimulante do couro cabeludo. (LORENZI, H.; MATOS,F., 2006).

Os extratos de alecrim são utilizados na indústria agro alimentícia por suas propriedades antioxidantes e conservantes. Quando esses extratos se desaromatizam, não seguem as diretrizes de «aromas» e sim de «aditivos» da EU e, portanto, teoricamente, devem ser objeto de uma análise toxicológica antes de sua utilização. (ARUOMA et al. 1996).

Toxicologia Utilizado em altas dosagens pode ser tóxico. Pode causar aborto, sonolência, espasmo, gastrenterite, irritação nervosa e em grandes doses, a morte. (LORENZI, H.; MATOS,F., 2006).

COMPOSIÇÃO QUÍMICA

Constituição Fitoquímica

Os resultados de sua análise fitoquímica designaram-na como uma droga derivada do ácido cafeico que, por sua vez, a insere nas drogas com ácidos fenólicos. (BRUNETON, J. 2001).

Composição química

A droga extraída de unidades floridas e dessecadas contém entre 10 e 25 ml/kg de um óleo essencial, cujos constituintes principais são o alcanfor, 1-8 cineol, alfa- pineno, borneol e canfeno em proporções variáveis dependendo da origem e do estado vegetativo. Os compostos fenólicos se encontram representados por flavonóides (esteróides do luteol, diosmetol) e flavonas metoxiladas em C-6 e/ou C-7 e por ácidos fenólicos, sobretudo derivados cafeicos: ácido cafeico, ácido clorogênico e rosmarínico. O alecrim caracterizase, também, pela presença de diterpenos tricíclicos: ácido carnosólico; carnosol (majoritários); rosmanol; epirorosmanol; isorosmanol; rosmarinidifenol; rosmariniquinona; rosmadiol; etc.; assim como pelos triterpenos (ácido ursólico e oleanóico) e amirinas. (BRUNETON, J. 2001).

Além das substâncias citadas acima, foram encontradas outras as quais se apresentam em quantidades relativamente menores mas não menos importantes que são:

-Taninos: podem desintoxicar substâncias carcinogênicas e eliminar radicais livres. (BRUNETON, J. 2001).

-Saponinas: são fitoquímicos que se ligam ao colesterol e as toxinas do trato digestivo. Elas também podem inibir a produção de células cancerígenas e aumentar o nível imunológico destas. (BRUNETON, J. 2001).

-Álcool Perílico: composto fitoquímico que desencadeia a morte das células tumorais sem danificar as células sadias. (BRUNETON, J. 2001).

-Alcalóides: relaxantes musculares direcionados especialmente aos músculos da pelve e abdome. (RIDER’S DIGEST, 2005).

-Flavonóides: compostos do tipo Ar-C3 por condensações sucessivas de unidades dicarbonadas, processo freqüente nos vegetais. O potencial anti-infeccioso dos flavonóides provém de sua capacidade de reduzir os processos inflamatórios, evitar a liberação de histamina (provoca sintomas alérgicos), combater radicais livres, reforçar a imunidade, fortalecer vasos aumentando o fluxo sangüíneo, reduzir a artrite reumatóide e a perda progressiva da memória relacionada à idade. (BRUNETON, J. 2001).

-Óleo essencial: óleo volátil, concentrado, extraído de plantas medicinais aromáticas. Os óleos essenciais também são chamados de essências e relacionam-se com um grande número de funções orgânicas, sendo constituídos de misturas complexas de substâncias. Os óleos essenciais podem ocorrer tanto no interior de células quanto no interior de estruturas especializadas como as glândulas e aos canais secretores. (RIDER’S DIGEST, 2005). Tanto as gotículas de óleos essenciais quanto as de óleo fixos (girassol, milho, amendoim, algodão, soja, oliva, rícino), adquirem a cor alaranjada na presença de Sudam ΙΙΙ. (RIDER’S DIGEST, 2005).

Descrição dos Compostos Químicos

-Terpenos: formados por carbono e hidrogênio.

-Diterpenos: unidades que possuem 04 unidades

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