Biocombustíveis
Por: Rodrigo.Claudino • 3/5/2018 • 3.882 Palavras (16 Páginas) • 297 Visualizações
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- BIOCOMBUSTÍVEIS
Os biocombustíveis são combustíveis produzidos a partir da biomassa (matéria orgânica e não fóssil, de origem vegetal ou compostos de origem animal, usados como fonte de energia), por serem biodegradáveis provocam menor impacto ambiental. Os principais vegetais empregados na sua fabricação, principalmente no Brasil, são: a cana-de-açúcar, o milho, a soja, a mamona, a palma, o girassol e o babaçu.
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Figura 1: cana-de-açúcar Figura 2: milho Figura 3: soja
A partir dessas fontes é possível produzir combustíveis como o etanol e o biodiesel. Além dos biocombustíveis fabricados a partir de vegetais, temos o biogás, sendo suas fontes de produção o dióxido de carbono e o gás metano (gases causadores do efeito estufa).
O Brasil é um dos líderes mundiais do consumo e da produção de biocombustíveis, devido a sua grande extensão territorial, o que favorece os espaços produtivos, capazes de produzirem uma grande quantidade de matéria-prima.
O consumo mundial de biocombustíveis atingiu a casa de 600 bilhões de litros por ano, ou seja, 10% dos combustíveis consumidos no mundo, são biocombustíveis.
Toda essa discussão em torno dos biocombustíveis, deve-se ao aumento da poluição. Os ambientalistas visam diminuir a emissão de poluentes que vem causando tantos problemas ambientais, como o Efeito Estufa.
- Origem dos biocombustíveis
A aplicação dos biocombustíveis é bastante antiga e extensa, então, pode-se dizer que o biocombustível sempre existiu. Podemos voltar na era em que o homem descobriu o fogo e utilizava a lenha (matéria orgânica e não fóssil) como combustível para manter o fogo acesso. No final do século XVIII, era utilizado o motor a vapor, melhorado por James Watt, que utilizava o carvão mineral como combustível. Com a Revolução Industrial, a demanda da utilização do carvão como combustível aumentou ainda mais e só teve declínio com a descoberta do petróleo. Na década de 90, do século XIX, quando Henry Ford e Rudolf Diesel conceberam seus inventos, o automóvel e o diesel, respectivamente, foi visando a utilização de combustíveis de fontes vegetais, porém, as tecnologias da época, tornavam a utilização do petróleo muito mais fácil e barata do que qualquer outra fonte de energia. Nos anos 70, o Ato Institucional preparou o terreno para a discussão sobre combustíveis que poluiriam menos, mas foi só em 1973, com o “Embargo do petróleo” que começou a ser discutida a utilização de outras fontes de energia. Em 1982, foi realizada a primeira Conferência Internacional sobre Óleos Vegetais nos EUA. O que fez com que os biocombustíveis virassem “moda” nos últimos anos foi a melhoria na tecnologia para a utilização desses combustíveis e o aumento no preço do petróleo, além, é claro, do apelo ambiental.
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Figura 4: evolução dos biocombustíveis
- Vantagens dos biocombustíveis:
- Menor índice de poluição com sua queima e processamento;
- Podem ser cultivados; portanto são renováveis;
- Diminuem a dependência de combustíveis fósseis (derivados do petróleo);
- Redução significativa dos gases poluentes;
- Desvantagens dos biocombustíveis:
- Necessidade de amplas áreas para o cultivo;
- Desmatamento para a expansão as fronteiras agrícolas;
- Aumento no preço dos alimentos;
- Queimas dos canaviais antes da colheita, liberando grande quantidade de CO2.
- Tem diminuído a produção de alimentos no mundo. Buscando maiores lucros, muitos agricultores preferem produzir para transformar em biocombustíveis.
- BIODIESEL
Combustível biodegradável derivado de fontes renováveis, como a mamona, o dendê (palma), girassol, babaçu, amendoim, pinhão manso e soja.
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Figura 5: matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel no Brasil
O biodiesel é um éster metílico de ácido graxo de cadeia longa, que tem como subproduto a glicerina. Sua coloração depende do óleo vegetal escolhido como matéria-prima, variando de dourado a castanho claro, e seu odor é também parecido com o óleo que o provém. Por ser biodegradável, não-tóxico e livre de enxofre é considerado um combustível ecológico. Como sua matéria prima varia, algumas propriedades não se mantêm fixas, como a densidade e o ponto de névoa, por exemplo. Mas algumas permanecem constantes:
- Lubrifica melhor que os atuais combustíveis diesel, o que reduz o desgaste do sistema e aumenta a vida útil do equipamento de injeção;
- Imiscível a água;
- Alto ponto de ebulição;
- Ponto de fulgor maior que a temperatura ambiente;
- Índice de cetano 60;
- Poder calorífico próximo ao do óleo diesel mineral, diferença média de 5%;
- Poder de solvência alto.
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Figura 6 e 7: biodiesel
É utilizado como combustível para carros ou caminhões que possuem motores a diesel.
A mistura entre o biodiesel e o diesel mineral é denominada pela sua proporção de porcentagem em volume de biodiesel adicionado, variando de misturas de 2%, chamada de B2 até sua forma pura, o B100. As misturas mais utilizadas estão na faixa de 5% a 20%. Pesquisas do CENPES comprovaram que é praticamente impossível notar diferenças de desempenho do motor que usa o B5 em relação ao óleo diesel puro.
Existem quatro níveis de concentração, são elas:
- Puro (B100)
- Misturas (B20 – B30)
- Aditivo (B5)
- Aditivo de lubricidade
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