UMIDADE E INCHAMENTO DOS AGREGADOS MIÚDOS
Por: Rodrigo.Claudino • 26/3/2018 • 2.515 Palavras (11 Páginas) • 1.359 Visualizações
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O teor de umidade pode ser determinado e classificado através de dois meios: o superficial, que relaciona a massa de água que adere à superfície dos grãos com a massa do agregado saturada superfície seca; o total, cujo percentual é obtido através da massa total de água do agregado (que inclui os vazios) e a sua massa seca.
O inchamento de um agregado miúdo pode ser definido como “Fenômeno da variação do volume aparente, provocado pela absorção de água livre pelos grãos e que incide sobre a sua densidade aparente.” (NBR 9935, 2011). O coeficiente de inchamento é obtido através do volume úmido de um agregado dividido pelo seu volume seco. O inchamento se aplica na correção do agregado miúdo do concreto dosado em volume e na aquisição de agregado miúdo em volume.
Téchne (2009) enfatiza a necessidade de correção dos volumes de inchamento para manter-se em proporções certas:
“[…] multiplicando a quantidade de areia seca pelo coeficiente de inchamento (para o inchamento de 25%, por exemplo, o coeficiente de inchamento é igual a 1,25). Não se deve esquecer que, ao mesmo tempo, precisará ser corrigida também a quantidade de água medida para mistura com areia seca, pois parte dela já se encontra na areia úmida.” (Téchne, 2009).
Especificamente aos ensaios realizados, foram explorados assuntos particulares (incorporados aos temas abordados) como: Massa específica dos agregados graúdo e miúdo e massa unitária de ambos.
Segundo a norma NBR 9935, a massa específica é também chamada densidade real de partículas na condição seca e nos traz a seguinte definição:
“Quociente entre a massa do agregado na condição seca e o volume de suas partículas, excluídos os poros permeáveis e os vazios entre as partículas.” (NBR 9935, 2011).
Segundo Petrucci (1970), a massa específica do agregado gira em torno de 2,65 kg/dm³.
Ao preenchimento dos poros do agregado com água – comparado à sua massa seca – é denominado absorção de água. Excluindo os vazios, é válido ressaltar que a resistência do material irá aumentar. É importante conhecer a massa específica dos agregados para a redução do custo dos materiais (quantidade para a composição do concreto).
A NBR 9935 também confere o conceito de massa unitária, denominada igualmente densidade aparente do agregado, assim:
“Quociente entre a massa do agregado e o volume aparente do recipiente que o contém, incluindo os poros permeáveis, impermeáveis e os vazios entre partículas. Esta propriedade varia conforme a condição de umidade e de compacidade do agregado no recipiente.” (NBR 9935, 2011).
Segundo Ribeiro (2006), a areia e a brita são classificados como agregados normais conforme sua massa unitária (incluindo vazios), que varia entre 1500 e 1800 kg/m³, utilizados, portanto, em obras correntes.
O presente conceito tem a importância da conversão de massa para volume (e vice-versa) em concretos.
Na prática, o tema teor de umidade deveria ser seguido mais rigorosamente. Como é comum, no canteiro de obras, os agregados são estocados em locais descobertos e, como já comentado, sofrendo ações temporais como chuva, alterando seu volume com implicações diretas no volume correto que deve ser misturado durante a produção, de acordo com as especificações da obra; modificando o desempenho de argamassas e revestimentos.
Segundo Téchne (2009), o teor de umidade da areia em dias secos e ensolarados se encontra em torno de 2%, valor insignificativo para alterações no concreto. Já em dias chuvosos, de modo geral, o teor pode variar entre 6% e 10%, com inchamento/aumento/expansão de 30% dos grãos (para cada teor de umidade existe um valor de inchamento, dependendo da granulometria da areia) e, ao contrário do já citado, este valor tem influência nas alterações na preparação do concreto.
- MATERIAIS E MÉTODOS
Cada ensaio necessita da utilização de certos materiais e equipamentos, os quais estão listados abaixo, assim como cada procedimento realizado:
Ensaio 1 - Massa Específica (agregado miúdo)
Consiste em determinar a massa específica do agregado miúdo por meio do frasco de Chapman. Para a realização desse ensaio, deve-se colocar água no frasco de Chapman até a marca de 200 ml. Verificar se não há bolhas de ar aderidas ao frasco ou aos grãos de areia. Colocar no frasco com ajuda de um funil, 500 g de areia seca em estufa a 110° C. Agitar bem para a retirada do ar inclinando-o para remoção do material eventualmente aderido na parede do tubo. Fazer a leitura final para obter o volume de água deslocado pelo agregado.
Materiais utilizados:
- Agregado miúdo (areia);
- Água;
- Becker de polietileno;
- Estufa;
- Funil;
- Frasco de Chapman;
- Haste de ferro;
Ensaio 2 - Massa Unitária (agregados miúdo e graúdo)
Nesse ensaio, após pesar o corpo de prova e encontrar o seu volume, deve-se encher o recipiente com a amostra desejada (areia ou brita) tomando o devido cuidado para que o material não se compacte. As amostras devem estar devidamente secas em estufa a 110° C e resfriadas em temperatura ambiente. Por fim, deve-se pesar o conjunto recipiente mais amostra.
Materiais utilizados:
- Agregado miúdo (areia);
- Agregado graúdo (brita);
- Balança semianalítica;
- Concha;
- Haste de ferro;
- Molde de corpo de prova.
Ensaio 3 - Massa Específica (agregado graúdo)
Para a realização desse ensaio, deve-se pesar uma amostra de agregado graúdo de massa igual a 1 kg, devidamente seca a uma temperatura de 105° C – 110° C e determinar sua massa. Em sequência, imergir a amostra em água a temperatura ambiente por 24 horas, aproximadamente. Secar superficialmente a amostra com papel toalha e novamente determinar sua
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