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NESOSSILICATOS - GEOLOGIA

Por:   •  6/11/2018  •  2.310 Palavras (10 Páginas)  •  312 Visualizações

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Nesossilicatos

Nos Nesossilicatos a estrutura cristalina é formada por tetraedros isolados de sílica, constituindo o ânion [SiO4]4-, cuja razão Si:O é igual 1:4. Neste tipo de estrutura nenhum íon de oxigênio, que rodeia o íon de Si, de um determinado tetraedro se liga a outro de tetraedro similar adjacente.

Diferentemente da estrutura de outros silicatos, nesta subclasse o alumínio nunca substitui o silício na constituição do tetraedro fundamental. Os principais cátions que entram na composição dos Nesossilicatos são: Mg+², Fe+², Ca+², subordinadamente Ni+², Co+² Cr+³ Mn+², Zn+², assim como Al+³, Fe+³ e em parte Mn+³, Cr+³, Pb+², Be+², Ti+4, Zr+4, Th+4 e Nb+5. Os álcalis. Na+¹ e K+¹ só aparecem em casos excepcionais.

Os principais grupos que constituem os nesossilicatos são:

Grupos da Fenaquite

Fenaquite: é um mineral da família dos silicatos, subclasse nesossilicatos, contendo berílio. Sua formula é Be2SiO4. Seus cristais apresentam sistema cristalino trigonal. E transparente a semitranslúcido, brilho vítreo, incolor ou tons de amarelo, rosa, roxo ou vinho, com raias de cor branca. Apresenta dureza 7,5-8,0 e densidade 3g/cm³.

Willemita: é um mineral da família dos silicatos de formula Zn2(SiO4). A Willemita pode ter diversas cores como branco, verde, amarelado, marrom e azul esverdeado. Geralmente associada a minerais ricos em zinco e pode ser identificada pelo seu hábito ricos em zinco. Resulta do metamorfismo sobre o mineral hidratado hemimorfita e alteração da blenda.

Grupo da Olivina

Forsterite: (ou forsterita) é um mineral da classe dos nesossilicatos pertencente ao chamado grupo da olivina. Foi descoberto em 1824 em rochas recolhidas nas imediações do Monte Vesúvio, na Campânia (Itália). A forsterite é um mineral constituído por silicato de magnésio, trimorfo com a ringwoodita e a wadsleyita, os três conhecidos pela sua presença em meteoritos.

Faialita: e constituinte relativamente comum de rochas ígneas ácidas e alcalinas como riólitos, traquitos e sienitos por exemplo. Ocorre também em sedimentos ricos em ferro sujeitos a metamorfismo de grau médio. A faialite é estável com o quartzo a baixas pressões, enquanto a olivina mais magnesiana não o é, devido à reação olivina mais quartzo = ortopiroxena. O ferro estabiliza o par olivina mais quartzo. A pressão e a dependência composicional da reacção podem ser usadas para determinar os limites das pressões às quais se formam conjuntos olivina mais quartzo.

Grupo da Granada

Piropo: associado a certas rochas ultrabásicas como mica peridotitos, dunitos, kimberlitos. Ocorre também em serpentinitos, quando esta rocha é derivada de peridotitos. O piropo raramente possui inclusões, mas, quando presentes, estas se encontram em forma de cristais arredondados ou apresentam contorno irregular. Como todas as granadas, o piropo não possui clivagem, e a fratura é de subconsolide a irregular.

Almandina: mineral mais comum de seu grupo, frequentemente associado a micaxistos, em geral é resultado de metamorfismo regional de sedimentos argilosos. É uma granada do ferro-alumínio com a fórmula Fe3Al2(SiO4)3. As variedades transparentes podem ter bastante valor enquanto pedras preciosas. A almandina é um mineral comum em rochas metamórficas como o micaxisto, onde ocorre associado a estaurolite, distena, andaluzite, entre outros.

Espessartita: é uma granada de manganês e alumínio de fórmula Mn3Al2(SiO4)3. O nome é derivado da cidade de Spessart na Baviera. Esta variedade pode apresentar cores variadas, de acordo com o tipo e quantidade de impurezas. Associado a granitos pegmatíticos, certos skarnitos ricos em manganês. Associado também a rochas metamórficas derivadas de grauvacas.

Grossulária: é uma granada de cálcio-alumínio com a fórmula Ca3Al2(SiO4)3, embora o cálcio pode em parte ser substituído por ferro ferroso (Fe2+) e o alumínio por ferro férrico (Fe3+). As cores mais comuns deste mineral são verdes, canela, marrom, vermelho e amarelo. A grossularite é um mineral típico de metamorfismo de contato de calcários, onde se encontra associada a vesuvianite, diópsido, wollastonite e wernerite. Grossularite é um termo derivado da botânica.

Andradita: é uma granada de cálcio e ferro de fórmula Ca3Fe2(SiO4)3, embora sejam comuns substituições catiônicas importantes. As cores dependem destas variações e podem ser vermelho, amarelo, marrom, verde ou preto. As variedades reconhecidas são topazolite (amarelo ou verde), demantoide (verde) e melantite (preto). A andradite pode ser encontrada em rochas ígneas de profundidade, como os sienitos, e em rochas metamórficas como os xistos e calcários. Seu nome homenageia o mineralogista brasileiro José Bonifácio de Andrada e Silva, mais conhecido por sua atuação na história política do Brasil, que lhe valeu o cognome de Patriarca da Independência.

Uvarovita: é uma granada de cálcio e cromo de fórmula Ca3Cr2(SiO4)3. Dentro do grupo das granadas, é a variedade mais rara, surgindo em pequenos cristais de cor verde associados a cromita e serpentina. A atraente e brilhante cor verde da uvarovite se deve à presença de cromo. Os cristais são muito frágeis, com fratura de subconcoide a irregular. A uvarovite ocorre em rochas de serpentina. Os melhores cristais são encontrados nos Urais, na Rússia, em torno de cavidades ou fissuras na rocha. Outras fontes são a Finlândia, a Turquia e a Itália.

Grupo do Zircão

Zircão: ou zirconita (do Persa: sarkun, dourado) é um mineral pertencente ao grupo dos nesossilicatos. Trata-se de um silicato de zircónio de fórmula química ZrSiO4. A estrutura cristalina do zircão é tetragonal (classe cristalina: 4/m 2/m 2/m). A coloração natural do zircão varia desde incolor passando pelo amarelo dourado, vermelho, marrom, azul ou verde. Espécimes que exibem qualidades de gema são um substituto popular do diamante (porém a zircónia cúbica é uma substância artificial completamente diferente, com uma composição química diferente). Mineral menos frequente de seu grupo. Encontrado em serpentinitos, sempre em conjunto de cromita.

Torita: Mineral raro encontrado principalmente em pegmatito. Pode ser explorado como mineral de minério de Th. A variedade de torita alterada ThSiO4.nH2O é denominada orangita, termo oriundo do francês orange (laranja), por sua cor que é amarelo-laranja, brilhante. Pode ser identificada pelo traço laranja claro

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