Propósito da avaliação: Psicodiagnóstico
Por: Sara • 11/11/2017 • 1.084 Palavras (5 Páginas) • 341 Visualizações
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O paciente relatou também que aproveitou a visita ao local para investigar sobre o homem que incendiou sua casa matando sua mulher e que ao encontrar outra pessoa que o conhecia fica perturbado ao ouvi-lo.
O entrevistado se mostra desconfortável quando é interpelado por alguns que não fazem parte da psicodramatização, se mostrando angustiado diante da realidade apresentada.
5.Estrutura da personalidade
O paciente apresenta comportamento violento e obstinado, mas mantendo em alto nível suas faculdades superiores que possibilita a criação tão elaborada de uma realidade particular. Sofre de distúrbios delirantes, estando presentes alucinações auditivas e visuais. Tem pesadelos recorrentes e surreais de realidades que presenciou. Apresenta um complexo delírio de perseguição, o que mostra uma cisão de EU que o transforma em Teddy Daniels, mascarando a culpa que seu verdadeiro Eu sente.
6.Dinâmica Emocional
Andrew criou um mundo de fantasia, uma realidade particular para suportar a morte de seus três filhos pela sua esposa e por ter matado a esposa por isso. Sua agressividade é facilmente percebida quando é contrariado, sendo recorrente pelo esforço em manter sua realidade. A violência é uma arma que dispõe com a finalidade de manter-se no "comando", sendo insuficiente qualquer tipo de controle sobre a sua agressividade que se baseie apenas em terapia sem tratamento medicamentoso..
A fuga da realidade demonstra um elaborado mecanismo de defesa. A negação, por exemplo, que pode ser traduzida por perspicácia e inteligência argumentativa, são armas que seu inconsciente dispõe para não trazer ao consciente todo o trauma vivido. Que diante disso, podemos perceber que todo seu processo delirante podem ser resultado de um Transtorno de Estresse Pós-Traumático que causa no paciente sintomas de alucinações.
7. Conclusão.
Os resultados obtidos com a retirada do medicamento, bem como o acompanhamento ofertado ao paciente Andrew Laeddis, se mostraram insatisfatórios. Sua psicose evidenciada pela cisão do EU demonstra sua recorrente recaída voltando aos estados de delírio e negação de realidade.
Concluo adotando o diagnóstico de Andrew Laeddis como Psicótico, Esquizofrênico, com transtornos esquizotípicos e delirantes (CID-10 F20-29) que traz em sua definição o seguinte:
Os transtornos esquizofrênicos se caracterizam em geral por distorções fundamentais e características do pensamento e da percepção, e por afetos inapropriados ou embotados. Usualmente mantém-se clara a consciência e a capacidade intelectual, embora certos déficits cognitivos possam evoluir no curso do tempo. Os fenômenos psicopatológicos mais importantes incluem o eco do pensamento, a imposição ou o roubo do pensamento, a divulgação do pensamento, a percepção delirante, ideias delirantes de controle, de influência ou de passividade, vozes alucinatórias que comentam ou discutem com o paciente na terceira pessoa, transtornos do pensamento e sintomas negativos.A evolução dos transtornos esquizofrênicos pode ser contínua, episódica com ocorrência de um déficit progressivo ou estável, ou comportar um ou vários episódios seguidos de uma remissão completa ou incompleta.
8. Orientação
O presente psicodiagnóstico não torna apto o paciente a receber alta. Sugere-se manter o mesmo internado e sob vigilância constante por apresentar elementos psicóticos que o torna um risco para outros pacientes.
Quanto ao tratamento é sugerido, pela ética e pela humanidade que o profissional da Psicologia deve apresentar, a continuação da terapia junto com a medicação apropriada ao caso, mesmo que tratamentos para a psicose não tenham tido relevantes resultados na história clínica.
CID-10 F20-29. Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes
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