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AS REFLEXÕES A PARTIR DA PSICANÁLISE

Por:   •  5/12/2018  •  1.561 Palavras (7 Páginas)  •  420 Visualizações

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RESULTADOS E DISCUSSÕES:

Através da pesquisa bibliográfica referente ao teste projetivo H.TP, podemos perceber a importância do mesmo com base em linha psicanalítica, podemos dizer que a demanda refere-se ao pedido do paciente, pedido este que é diferente das queixas que explicitam, das satisfações que reclamam. E demanda de uma presença ou de uma ausência, Situa-se mais aquém de suas necessidades, por estar impregnada do outro (Lacan, 1971, p. 284). E nesta falta que se ancora sua demanda, deslocada para a insatisfação para com o outro ou consigo mesmo. No trabalho com a demanda e a implicação a escuta é mobilizada; é na dimensão do dizer que se delimitará o campo de investigação clínica. Esta forma de instrumentação tem prioridade sobre o saber nosográfico e as racionalizações causalistas (Dor, 1991).

De outro lado percebemos que a estrutura psíquica do paciente conta no seu processo de um suposto diagnostico se visto pelo resultado do teste porém, "É no dizer que algo da estrutura do sujeito é localizável. Ora, é com a estrutura que se deve contar para se estabelecer um diagnóstico" (Dor, 1991, p. 18).

A estrutura de um sujeito, explica o autor, caracteriza-se por testemunhar a economia de seu desejo, que é governada por uma trajetória inalterável. O diagnóstico do psicanalista envolve a observação de como esta trajetória inalterável manifesta-se na relação transferencial. Ou seja, observa a posição do sujeito frente ao outro, na relação transferencial, a partir da qual estrutura-se a dinâmica e conflitos do sujeito (Volnovich, 1991). Esta posição remete à estrutura subjetiva. Portanto, é estrutura construída a partir da organização do sujeito frente à relação entre o desejo e à castração.

Atrelado a todas essas considerações vamos problematizar a utilização do teste H.T.P no atendimento psicanalítico sobre as suas perguntas feitas acima(introdução).

A questão latente, para enfrentar a primeira das questões acima formuladas está em distinguir, separar estes dois campos: o campo do atendimento propriamente dito, onde ocorre a relação com o sujeito, onde fica preservada a escuta do sujeito; o campo dos conceitos e teorizações sobre o ocorrido no atendimento. Neste campo, que é construído, o pensamento diagnóstico orienta a direção do tratamento.

Poŕem, fazer esta distinção traz, necessariamente, repercussões sobre a postura frente ao diagnóstico e evidencia a diferença entre a abordagem psicológica tradicional da psicanalítica. Nesta última exprime-se de entrevistas preliminares, onde o diagnóstico deve ser viabilizado como estratégia de intervenção e organização da demanda. O diagnóstico, portanto, perde sua condição de procedimento conclusivo e destacado da intervenção.

"Na clínica analítica, o ato diagnóstico é necessariamente, de partida, um ato deliberadamente posto em suspenso e relegado a um devir...." (Dor, 1991, p. 15).

Ainda sobre as questões agora sobre a segunda visto que a primeira consideração a este respeito passa pela idéia de que há possibilidade de acesso ao conflito inconsciente com a utilização dos métodos projetivos. "O tipo de relação, aliada à comunicação por metáforas, torna possível o acesso ao inconsciente" (Silva, 1993).Vimos que no teste H.T.P podemos ter acesso a processo e desejos desconhecidos pelo eu, portanto, nesta segunda questão, também concluímos que o problema não está na utilização do método projetivo mas na concepção de diagnóstico implícito, que se evidencia pela forma com que os projetivos são propostos.Portanto O diagnóstico deve instrumentar o psicanalista e não o cliente,

"A proposta de trabalho destas entrevistas supõe aplicar a regra freudiana da abstinência para viabilizar o atendimento como início de análise. Esta supõe frustrar a expectativa do cliente, de receber um saber pronto que define e resolve os seus problemas.O objetivo das entrevistas é de organizar a demanda em questões sobre o sujeito, que podem dirigir sua investigação. Deve-se encaminhar para a abertura de questionamentos sobre sua relação com o Outro, com sua produção. Deve abrir, não fechar, para a busca da verdade do sujeito: remetê-lo à busca.

"Se o sintoma é uma solução imaginária e sedimentada de uma questão que não foi formulada, ele está no lugar de uma pergunta. Sendo o sintoma uma mensagem, o lugar da verdade do sujeito, o objetivo não é suprimi-lo, mas de articular, para ter seu sentido desvendado e articulado com sua história.... Deve ter de volta o seu caráter intrigante e desafiador" (Rosa, 1995, p. 67).

CONCLUSÃO:

Através da pesquisa descritiva podemos perceber a função e historia do teste H.T.P nos apropriando da abordagem psicanalítica compreendendo o sintoma e que o individuo não deve ser visto apenas por resultados, mas através de uma entrevista, e que os desenhos em movimento, representam o inconsciente de sua vida.

REFERÊNCIAS:

Lopes. A. S. S., O Desenho como instrumento diagnóstico: Disponível em: >. Acesso em 01 de setembro de 2016.

Buck, J. N. (2003). H-T-P: Casa – Árvore – Pessoa. Técnica Projetiva de Desenho: Manual e Guia de Interpretação. (1ª ed.). São Paulo: Vetor.

Bandeira, D. R., Costa, A., Arteche, A. (2008). Estudo de validade do DFH como medida de desenvolvimento

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