A Compreensão das consequências psicológicas do adoecimento
Por: Rodrigo.Claudino • 22/12/2018 • 1.093 Palavras (5 Páginas) • 418 Visualizações
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Em relação a tratamentos médicos, percebe-se que há uma passividade de pacientes e familiares, tanto por falta de informações, quanto para poupar os filhos. Foi gerada uma marginalidade frente as condições e situações que se encontravam. Quando o assunto é sexualidade, automaticamente se deparam com um tabu que cria barreiras de diálogos. Tais fatores geram angústias e ansiedade, logo, podemos inferir a importância do acompanhamento psicológico nesses casos, com a finalidade de também ouvir a emergência subjetiva de familiares e pacientes, assim como construir formas de inserção ativa desses no tratamento.
Em relação aos cuidados paliativos são definidas algumas etapas: entendimento da doença, tratamento disponível e as possíveis limitações; definição dos objetivos e intervenções médicas; prover as necessidades individualizadas e antecipar eventos. A ideia principal é proporcionar aos pacientes nessas situações o alivio de seus sofrimentos, respeito de dignidade e atendimento de necessidades.
O desafio de buscar e compreender as consequências psicológicas do paciente hospitalizado vai muito adiante do domínio de teorias. Quando um indivíduo é institucionalizado diversas estranhezas surgem nesse determinado momento de vida, são inseridas pessoas estranhas, equipamentos, vestimentas, sons, imagens, entre diversos fatores que sinalizam a morte, a dor e o sofrimento. Surgem as incapacidades, a perda de autonomia, a revisão sobre a vida em estado saudável, a concepção de tempo muda e a diferença de ambiente amedronta.
A presença da Psicologia e suas possibilidades de atuação vêm pra somar de forma significativa e positiva. Além de cuidados físicos, há emergências psíquicas e a necessidade da reflexão sobre quem são esses pacientes, quem é o sujeito adoecido, o que ele é além de um número de leito e o que era antes de estar ali. O espaço de escuta do sujeito, é preenchido, a subjetividade ganha voz e a vivência particular do paciente-doença surge de forma clara, possibilitando a construção de caminhos que facilitem a amenização das consequências do todo.
Referências:
Albernaz, M. L. O processo de subjetivação no espaço hospitalar: uma reflexão sobre a necessidade de humanização. Monografia, UniCEUB, Brasília, 2003.
Angerami-Camon, V. A., Chiattone, H. B., & Meleti, MA. Psicologia hospitalar. São Paulo: Thomson Learning, 2003.
Campos, T. C. Psicologia Hospitalar: a atuação do psicólogo em hospitais. São Paulo: E.P.U, 1995.
Canguilhem, G. Escritos sobre a medicina. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005.
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