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SEDENTARISMO

Por:   •  27/5/2018  •  1.840 Palavras (8 Páginas)  •  281 Visualizações

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de ser simples, mas certamente envolve a subvalorização dos exercícios físicos em benefícios a saúde. Na classe médica em geral, a atividade física permanece desconhecida e, como tal, ignorada.

Cabe, pois, aos profissionais e pesquisadores da área de Educação Física - especialistas de formação no uso dessa ferramenta - a obrigação de alavancar sua promoção, seja na condução de estudos clínicos e mecanísticos de qualidade, seja na prescrição de exercícios efetiva e segura a uma população.

Uma iniciativa exemplar com esse fim, promulgada por profissionais e cientistas afiliados a entidades e colegiados internacionais, como o Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM) e a Associação Americana de Cardiologia (AHA), têm divulgado à sociedade o exercício físico como um verdadeiro “remédio”, através do lema “Exercise is Medicine” (http://exerciseismedicine.org/).

O exercício físico é uma ferramenta barata, segura e, quando prescrita de maneira correta, põe fim à necessidade de uma vasta gama de medicamentos. Ao leitor, resta a reflexão: “A quem interessaria o exercício, senão à população?” Por fim, cabe-nos destacar que a área de “exercício e saúde”, embora nobre por essência, demanda exemplar preparo do profissional que se habilita a trabalhar nesse campo. O entendimento completo dos mecanismos moleculares, bioquímicos, fisiológicos e biomecânicos pelos quais a inatividade física afeta o funcionamento fisiológico humano requer atenção especial. O papel da inserção do exercício físico na reversão - parcial ou total - da condição patológica induzida pelo sedentarismo também se faz premente.

Propõe-se a seguir um breve ensaio sobre essas questões. Tendo como ponto de partida o papel da inatividade física sobre a etiologia das doenças crônicas, pretendemos revelar o imenso potencial do exercício físico como agente terapêutico.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

Diante do descompasso gene-ambiente descrito no tópico anterior e suas consequências desastrosas do sedentarismo à saúde dos indivíduos, duas alternativas terapêuticas emergem: 1) Alteração no ambiente do homem moderno; ou 2) Alteração dos genes do homem moderno. Muito embora a primeira opção soe como a mais sensata medida de saúde pública a ser adotada, surpreendemo-nos com uma era repleta por tentativas milionárias e mal sucedidas de desenvolvimento de terapias gênicas experimentais, com o intuito de criar uma pílula “mágica” capaz de replicar os efeitos do exercício.

Não à toa, a prática de exercícios tem sido considerada tratamento de primeira linha em diversas doenças crônicas, tais como diabetes do tipo 2, hipertensão arterial, osteoartrite, osteoporose, obesidade, câncer, etc.

A descrição dos efeitos específicos do treinamento físico no tratamento de cada doença vai além do escopo dessa revisão, porém o leitor interessado no tema é encorajado a consultar a excelente revisão de (PEDERSEN & SALTIN, 2006). Para tanto, duas opções palpáveis poderiam ser adotadas: alteração do consumo e padrão alimentar e (re) inclusão de atividade física. Mantendo o foco desta revisão, discorremos sobre a segunda medida.

A este ponto, contudo, faz-se necessário esclarecer por vez a insistência no termo “(re)inclusão” de atividade física. Numa visão evolucionista, o indivíduo saudável é aquele que apresenta um funcionamento fisiológico normal. Mas, afinal, o que seria um “funcionamento fisiológico normal”? Por fisiologia, entende-se o estudo da função “normal” de órgão e tecidos; ao passo que por patologia, entende-se o estudo de “desvios da normalidade” anatômica e fisiológica, das causas e etiologias das doenças.

Sob esse pano de fundo, seria conceitualmente inaceitável classificar um indivíduo sedentário como saudável, independentemente de o mesmo manifestar ou não sintomas clínicos de alguma doença.

Conforme exaustivamente discutido ao longo desta revisão, o genoma humano sob o ambiente sedentário apresenta disfunção. O indivíduo fisicamente inativo, portanto, representa uma condição patológica (desvio da normalidade fisiológica). Com base nesses conceitos, poderíamos afirmar que os efeitos terapêuticos do treinamento físico devem-se à mera re-inserção de atividade física na vida do homem moderno, corrigindo um ambiente desfavorável e incongruente à expressão fisiológica do nosso genoma (BOOTH & LAYE, 2009). Por consequência, o profissional de Educação Física engajado em promover saúde é aquele responsável por (re)-inserir atividade física na vida de uma população. A crescente e alarmante pandemia de sedentarismo representa um momento de grande reflexão para o profissional de Educação Física: “Por que as pessoas cada vez mais se exercitam menos?” A resposta a essa pergunta está longe de ser simples, mas certamente envolve a subvalorização do exercício pelos profissionais de saúde.

Com o avanço da tecnologia, as pessoas estão se acomodando e se esquecendo de que a atividade física é essencial para suas vidas onde pesquisam revelam dados assustadores do Brasil, pois foi constata-se que somente 13% dos brasileiros praticam exercícios, mais de 60% da população brasileira é completamente sedentária.

O indivíduo que optar a combater a doença do milênio (sedentarismo) é recomendado que primeiramente procure um nutricionista e o personal trainer especializados. Pois, a partir deste passo, o mesmo será orientado a submeter-se a mudanças de hábitos de sua vida, seguindo as orientações dos profissionais especializados.

As pessoas consideradas sedentários também podem melhorar sua saúde através de moderadas práticas na sua vida, com atividades regulares. Assim não se sentiriam exaltadas de forma extenuante para alcançar benefícios à saúde. Os melhores benefícios à saúde podem ser alcançados aumentando a quantidade (duração, frequência, ou intensidade) da atividade física. Devemos praticar alguma atividade física regular na maioria dos dias da semana, pois assim estaremos diminuindo as incidências de desenvolver várias doenças associadas ao sedentarismo, como já citadas. O entendimento completo dos mecanismos moleculares, bioquímicos, fisiológicos e biomecânicos pelos quais a inatividade física afeta o funcionamento fisiológico humano requer atenção especial. O papel da inclusão do exercício físico na reversão - parcial ou total - da condição patológica

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