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A Artrite Reumatoide

Por:   •  20/5/2018  •  1.648 Palavras (7 Páginas)  •  587 Visualizações

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e as articulações entre os ossos do carpo (articulações intercarpianas). A ulna, apesar de estar presente nessa extremidade articular, não se articula diretamente com o carpo. Quem faz essa interface é o menisco ou disco articular do punho.

2.2. Radiocarpal

É uma articulação sinovial do tipo elipsóide formada pela face articular carpal do rádio e disco articular com o osso escafóide, semilunar e piramidal. A face articular do rádio, a face inferior do disco articular forma uma superfície elíptica e côncava que recebe a face convexa dos ossos proximais do carpo (escafóide, semilunar e piramidal). Permite amplos movimentos de adução, abdução, flexão e extensão. A cápsula articular que sustenta esta articulação é reforçada pelos seguintes ligamentos:

• Ligamento radiocarpico palmar: se origina da margem anterior da extremidade distal do radio e da ulna e correm em direção as faces ventrais dos ossos da fileira proximal do carpo.

• Ligamento radiocarpico dorsal: mesmo trajeto do palmar, porém, dorsal. Ligamento colateral ulnar: é arredondado e caminha do processo estilóide da ulna até o osso piramidal e o osso pisiforme.

• Ligamento colateral radial: estende-se do processo estilóide do rádio para o osso escafóide e algumas fibras se inserem no osso trapézio e no retina culo dos flexores.

2.3. Articulação Carpometacarpal

São as articulações que ocorrem entre o carpo e o metacarpo dos dedos, sendo que o primeiro metacarpo tem uma exceção. É sinovial do tipo plana e permite apenas movimentos limitados de deslizamento.

2.4. Articulação Metacárpica do Polegar

É a articulação sinovial selar entre o osso trapézio e o primeiro metacarpo. Possui grande liberdade de movimentos de flexão, extensão, abdução, adução, circundação e oponência. Encontra-se recoberta por uma cápsula articular que é grossa, porém frouxa e que passa por toda a circunferência do primeiro metacarpo em direção a margem do osso trapézio.

2.5. Articulação Metacarpofalângicas

São as articulações sinoviais esferóides entre os metacarpos e as primeiras falanges do segundo, terceiro, quarto e quinto quirodáctilo. Estão unidas por dois ligamentos colaterais, um de cada lado da articulação e por um espessamento da cápsula articular em sua face anterior chamadas de ligamentos palmares. Possuem movimentos limitados de flexão, extensão, adução e abdução.

2.6. Articulação Interfalângicas

São sinoviais do tipo gínglimo (dobradiça). Cada articulação interfalângica, possui um ligamento palmar em sua superfície anterior e dois ligamentos colaterais de cada lada de forma similar às articulações metacarpofalângicas. Os tendões dos músculos extensores dos dedos fazem o papel dos ligamentos posteriores. Permitem os movimentos extensão e flexão.

3. CORRELAÇÕES FISIOLÓGICAS

A artrite reumatóide é uma doença que prejudica principalmente as funcionalidades e atividades diárias das pessoas diagnosticadas com a doença, como por exemplo: comer, escrever, digitar, girar uma maçaneta, coisas que são facilmente realizadas por pessoas que não a possuem, em casos mais severos a artrite reumatóide pode até mesmo mudar a voz e causar rouquidão, pois a articulação que permite retesamento das cordas vocais é afetada. A artrite reumatóide também pode causar fraqueza ou imobilização das articulações pela manhã, além de febre alta diária, causando assim dificuldade para acordar pela manhã em alguns casos.

A artrite reumatóide causa a inflamação crônica e a hipertrofia da membrana sinovial que danifica os tecidos moles (tendões, ligamentos, músculos, etc.), a cartilagem e os ossos. As consequências são uma perda de cartilagem, a erosão do osso e lesões aos tendões, ligamentos e cápsula articular. Na fase final, nota-se a deformação e destruição das articulações, além de perda de funcionalidade.

Os primeiros sinais de artrite reumatóide:

• Inchaço dos tecidos moles periarticulares;

• Osteoporose regional (causada pelo desuso e hipertermia local);

• Subluxação da articulação entre Atlas e axis (ou seja, as vértebras C1-C2);

• Expansão do cisto sinovial;

• Erosões ósseas marginais e centrais nas pequenas articulações das mãos e dos pulsos.

4. CORRELAÇÃO CLÍNICA

A instalação da AR ocorre, em cerca de 70 % dos casos, de forma indiosa e progressiva, sendo que numa porcentagem menor também pode ter uma instalação aguda ou subaguda. Seu comprometimento pode ser dividido em articular e extra articular.

O comprometimento articular é uma poliartrite simétrica e aditiva, que envolve principalmente as articulações periféricas, de caráter cíclico, com períodos de exacerbações e remissões, porém, torna-se, na maioria das vezes, crônico e de caráter deformante.

O comprometimento extra articular é onde os nódulos reumatóides são encontrados em 20% a 30% dos pacientes, com localização preferencial em superfícies extensoras dos braços e cotovelos, porém, também podem ser encontrados em qualquer parte do corpo, inclusive em alguns órgãos internos, como o pulmão e olho.

As articulações afetadas mostram inflamação como inchaço, dormência, calor, rigidez matinal prolongada, dor à movimentação e limitação da amplitude de movimento. A atrofia dos músculos interósseos das mãos é um sinal precoce.

4.1. Articulações afetadas pela artrite reumatóide

As mãos são quase sempre afetadas, apesar de qualquer articulação pode ser afetada pela artrite reumatóide. Geralmente, as articulações são afetadas simetricamente ou bilateralmente, ou seja, as mesmas articulações em ambos os lados do corpo.

4.2. Dedos

• Deformidade em botoeira: consiste na flexão não redutível da articulação interfalangeana proximal com hiperextensão da articulação interfalangeana distal

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