A ARTRITE REUMATOIDE
Por: Ednelso245 • 29/11/2018 • 2.514 Palavras (11 Páginas) • 451 Visualizações
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3 DESENVOLVIMENTO
3.1 CONHECENDO A DOENÇA ARTRITE REUMATOIDE
A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória sistêmica, crônica e progressiva, que acomete preferencialmente a membrana sinovial, podendo levar à destruição óssea e cartilaginosa. Eventualmente, pode haver acometimento de outros sistemas. Há nítido predomínio no sexo feminino (a três vezes em relação ao sexo masculino), acometendo, sobretudo pacientes entre a quarta e sexta décadas de vida, embora haja registro em todas as faixas etárias (MOTA, LAURINDO e NETO, 2010).
De acordo com Mota et al (2010) a AR é uma doença com significativo impacto social devido à sua elevada morbimortalidade. A maioria dos pacientes terá sua independência afetada em graus variáveis, incluindo limitações nas atividades sociais, de lazeres e profissionais.
3.2 FISIOPATOLOGIA:
De acordo com a literatura estudada a artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica, mais prevalente em mulheres, especialmente na quarta e quinta décadas de vida, e em tabagistas. Trata-se de uma patologia autoimune voltada contra as membranas sinoviais das articulações diartrodiais. O gatilho para a doença ainda é desconhecido, mas fatores genéticos (especialmente HLA-DR1 e HLA-DR4), tabagismo e possivelmente infecções parecem contribuir (MEYER, 2011).
Seguindo a mesma linha de pesquisa do autor acontece uma atividade autoimune voltada contra a membrana sinovial, gerando sinovite, com aumento do líquido sinovial e proliferação do tecido da membrana, levando à formação do “pannus”. Ocorre, então, uma intensa migração e ativação de linfócitos B e de macrófagos, com grande produção de diversas citocinas, em especial o TNF-alfa, determinando a perpetuação do processo inflamatório sinovial com expansão progressiva do pannus. O autor descreve que o processo acaba se expandindo para os tecidos próximos, gerando erosão de a cartilagem articular e do osso subcondral. Os linfócitos B se transformam em plasmócitos e passam a secretar diversos anticorpos, entre eles o fator reumatoide, um auto anticorpo da classe IgM que reconhece a porção Fc dos anticorpos IgG, formando complexos imunes. Por fim, as quimiocinas liberadas acabam por atrair também neutrófilos que se acumulam no líquido sinovial, gerando um derrame articular muito característico, com glicose muito baixa e predomínio de polimorfonucleares.
Sabe-se que o curso clínico da doença é caracteristicamente intermitente, com períodos de remissão e exacerbação; porém segue um processo contínuo de lesão tecidual, levando à destruição cartilaginosa e erosão óssea, com posterior deformidade articular.
3.3 FATORES DE RISCO
Artrite reumatoide resulta de uma interação entre a suscetibilidade genética e fatores ambientais, incluindo:
Sexo – Segundo a Clínica Mayo, nos EUA, a doença é 2-3 vezes mais comum em mulheres que em homens. Especialistas acreditam que isso pode ser devido aos efeitos do estrogênio – hormônio feminino – que pode ser um fator no desenvolvimento da doença. No entanto, esta ainda é uma teoria.
Idade – embora a artrite reumatoide possa ocorrer em qualquer idade, é mais gostaria de começar em pessoas com idade entre 40 e 60 anos.
Genética – pessoas que têm um familiar próximo com artrite reumatoide pode ter um maior risco de desenvolver por si próprios. Especialistas dizem que a própria doença não é hereditária, mas sim a predisposição para desenvolvê-lo.
Fumar – fumantes têm um risco significativamente maior de desenvolver artrite reumatoide. Fumar faz as perspectivas para a doença piorar (MARCOS, 2010).
3.4 SINAIS E SINTOMAS
Médicos especialistas em Reumatologia descrevem alguns Sinais:
Simétrico, distal, pequena artrite conjunta envolvendo o proximal interfalângica, metacarpofalangeanas, pulso, metatarsofalangiana, tornozelo, joelho e articulações da coluna cervical.
Ombros, cotovelos e quadris são menos comumente afetados.
Deformidades da mão, incluindo o desvio ulnar, pescoço de cisne e deformidade dos dedos e deformidade chave do pulso.
Ruptura no tendão do músculo. - Complicações cervicais (instabilidade da coluna cervical). Ocasionalmente, pode apresentar atípica como uma monoartrite, doença de início súbito ou sistêmica com problemas nas articulações mínimas no início (especialmente nos homens). Isso é conhecido como artrite palíndromo (Saude& Bem Estar, 2017).
Encontramos dos relatos de artigos e livros de enfermagem os seguintes Sintomas da Artrite Reumatoide:
Mal-estar;
Febre baixa;
Suores;
Perda de apetite;
Perda de peso;
Fraqueza;
Humor deprimido ou irritado;
Dor em articulações;
Inchaço nas articulações;
Redução na capacidade de mover as articulações;
Vermelhidão da pele ao redor da articulação;
Rigidez, especialmente pela manhã;
Aquecimento ao redor da articulação (Minha Vida, 2017).
Os sinais e sintomas da artrite reumatoide podem variar em termos de gravidade e, também, podem ser intermitentes, ou seja, aparecer e desaparecer em seguida. Períodos de maior atividade da doença, chamados de crises, alternam-se com períodos de remissão relativa - quando o inchaço e a dor das juntas (articulações) desaparecem ou ficam menos frequentes. Além disso, a inatividade da doença também pode ser percebida nos exames laboratoriais (MOTA, LAURINDO e NETO, 2010).
3.5 DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de AR deve ser feito considerando-se achados clínicos e exames
complementares. O paciente deve ter pelo menos uma articulação com sinovite clínica
(edema
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