REDES DE COMPUTADORES WEB SEMÂNTICA

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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Evolução da Web (Web 1.0 e Web 2.0)

Web 1.0

Para entendermos as transformações e benefícios da Web Semântica, precisamos entender o que havia, de fato, antes de sua criação.

Por isso, é importante entender o conceito de Web 1.0 e Web 2.0 para sabermos o que a Web 3.0 traz de inovador na interação homem - máquina ou homem-rede.

A Web 1.0 vem com o início da internet. Os sites eram estáticos, não havia possibilidade de interação. A grande maioria das páginas eram de empresas ou instituições públicas. Não existia a possibilidade, por exemplo, de comentar algo, alterar informações. O usuário apenas assimilava a informação e levava ela consigo. Não havia como compartilhar os dados da página. Tudo era estástico, assim podemos dizer.

Dessa maneira o usuário era uma espécie de espectador. Havia já, a existência de hyperlinks, mas apenas lhe permitiam acesso a outra página de informação, que levava a outra e assim sucessivamente.

[pic 1] Ainda na Web 1.0 existe um aspecto que hoje em dia deixou de ser vantagem: o anonimato. Na década de 90 ser anônimo e alterar sua identidade (nickname) era possível e altamente realizado. Como não haviam redes sociais nem tão pouco a necessidade de estar on line e facilmente localizado seu nickname poderia ser alterado por inúmeras vezes. Seguindo esta lógica, podemos comparar as contas de e-mail utilizadas por usuários no início da internet. Poucos mantinham seus nomes e muito menos sobrenomes em contas de e-mail. Sempre havia um apelido, um nome virtual que você se identificava na rede, diferentemente de hoje, onde seu nome é primordial caso você queira ser encontrado, seguido, compartilhado.[pic 2]

O Google ainda não existia, e buscar qualquer informação na web era trabalhoso, complicado e demandava muito mais tempo do que hoje em dia. Eram utilizados sites de pesquisa como cadê, altavista e o Yahoo.[pic 3]

Web 2.0

A Web 2.0 traz mudanças significativas da maneira de se navegar na rede. Nascem os blogs, chats, internautas começam a produzir seu próprio conteúdo, e as redes sociais começam a tomar forma.

A popularização da internet transforma o perfil do usuário, não focando mais a sua utilização para o mercado corporativo, mas para usuários "residenciais".

De acordo com Tim O’Reilly, criador dos termos Web 1.0 e Web 20, a web passa a ser uma plataforma.

O layout dos sites sofrem modificações, e o usuário passa a ser visto fortemente como um consumidor de informação, de produtos. Já interagimos com a rede mundial com o uso da Wikipedia, Youtube e Picasa.

O conceito de navegação é alterado. Banda larga, celulares com conexões a internet, a necessidade de estar conectado e interagindo com o que acontece no mundo já é notável.

Mídias impressas, televisões e rádios mudam sua concepção a respeito de público e aderem a transmissões on line e disponibilização de conteúdo na web.

O usuário deixa de ser um mero espectador do conteúdo que lhe é fornecido, ele pode interagir, concordar, discordar, compratilhar a informação. A criação de conteúdo se torna prática, ágil e as informações a respeito de qualquer assunto são mais acessíveis.

Em reportagem da Folha de São Paulo de 2006, a Web 2.0 é tratada como revolucionária, justamente pelo grande aumento de interação entre usuários e criação de conteúdo on line.

[...]O efeito colaborativo de muitos milhares de usuários é um dos pontos centrais de sites como o del.icio.us e o flickr.com. O uso on-line de tagging é classificado também como "folksonomy", já que cria uma distribuição classificada, ou taxonomia, de conteúdo na web, reforçando sua utilidade

Ainda a respeito da Web 2.0, Vinton Cerf, já previa a evolução que a interação entre a rede e o usuário poderia causar.

[...]Já estamos vivendo uma fase de transição, em que a internet deixa de ser uma rede de conexão de dados e pessoas para tornar-se uma 'rede de todas as coisas

Figura 2 - Comparativo resumido Web 1.0 x Web 2.0

[pic 4]

2.2 Introdução a Web 3.0 (Web Semântica)

Conceito

Web Semântica, também conhecida como Web 3.0 pode ser resumida justamente através do significado da palavra semântica, ou seja, a Web passa a entender o que significa uma determinada palavra ou busca.

A Web deixa de lado a sintaxe das palavras e seu significado "coletivo" para interpretar o que você, usuário logado neste momento precisa ou está disponibilizando na web.

Em outras palavras, o seu perfil, aliado a semântica lhe trará resultados, pesquisas, perfis e contatos que dizem respeito ao seu convívio, ao seu meio de trabalho, ao seu gosto musical ou a sua localização.

[pic 5]

A ilustração a seguir deixa claro o que é semântica. A professora questiona o garoto a respeito do cálculo matemático (sintaxe), e ele responde com raciocínio baseado no conceito de semântica: Para ele não há diferença nenhuma entre haver menor ou maior quantidade de tomates, pois de acordo com o seu gosto, com suas preferência o tomate não tem nenhuma importância para ele.

É dessa maneira que a Web 3.0 pretende trabalhar, conhecendo o que você "pensa" virtualmente a respeito de cada assunto, de cada produto, de cada notícia pesquisada, acessada por tempox ou y.

De acordo com Joice Vincentim, a Web 3.0 organiza informações de uma maneira completamente diferente do que vinha acontecendo até os conceitos da web 2.0

[...]A Web 3.0 é uma internet onde teremos toda informação de forma organizada para que não somente os humanos possam entender, mas principalmente as máquinas, assim elas podem nos ajudar respondendo pesquisas e perguntas com uma solução concreta, personalizada e ideal. É uma internet cada vez mais próxima da inteligência artificial.

Com a Web semântica qualquer tipo de pesquisa será inteligente, e entenderá suas perguntas, pois saberá seu perfil, seus sites preferidos, suas últimas aquisições, sua localização e buscará informações em paralelo com seus acessos a redes sociais.