Razão -Marilena Chaui

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É citado também a solução de kant para a divergência, que vem trazer que as duas teorias, tanto a do inatismo quanto o empirismo, estariam erradas. Para ele a razão seria uma estrutura vazia , uma forma pura sem conteúdos, essa estrutura que seria universal, a mesma para todos, em todos os lugares e tempos. Essa estrutura é inata, que não é adquirida pela experiência, por isso a razão seria a priori. Anterior a experiência e independente dela.

Logo após viria uma resposta de Hegel, que colocou a razão como um conjunto de leis de pensamentos necessários para pensar as ideias, razão subjetiva; seria um ordenamento das relações das próprias coisas e também uma relação interna e necessária entre as leis do pensamento e as leis do real. Ela é a unidade da razão subjetiva e da razão objetiva, essa unidade ele denomina de espírito absoluto.

É retratado que hoje até a racionalidade é utilizada para colocar como verídico algo violento, ignorante e irracional como o racismo.

A razão na filosofia contemporânea é tão questionada que até se chegou a um ponto de dizer por que ainda falamos nela. E sim, a razão tem um potencial ativo ou transformador e por isso continuamos a falar nela e desejá-la.

É importante destacar a importância que esses pensamentos têm em nossas reflexões, críticas e pensamentos. É realmente plausível que em nossa sociedade à razão tenha se atribuído vários sentidos, ela é centro de muitas discussões. É possível que a razão seja tida por meio das experiências, e essas experiências com certeza irão se modificar ao longo do tempo, irão se diferir de pessoas para pessoa, irão se diferir de tempo em tempo. A razão então não teria uma continuidade, seria descontinua, haveria um rompimento da razão de época em época. Mas o há de se destacar também que não perdemos um sentido mínimo de racionalidade, conseguimos ter consciência do que fazemos o tempo todo.