ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES

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Na indústria automobilística, as coisas seguiam no mesmo caminho. Até a década de 1980, tínhamos apenas as fabricantes Volkswagen, Fiat, Ford e GM no Brasil. Em 1990 o Brasil passou a autorizar a importação de mercadorias do mundo todo. Diante disso, os consumidores passaram a ter um número muito maior de opções, além de que muitos dos veículos importados eram mais baratos.

Muitas empresas brasileiras não aguentaram competir com a concorrência e acabaram fechando. As empresas que se mantiveram ativas foram obrigadas a repensar seu jeito de fazer negócio, e passaram a produzir veículos melhores, com maior qualidade e custos mais baixos.

Conceito e Definição

O termo qualidade é presente em todos os setores e a várias definições dependendo do ramo em que está inserida, mas pode se dizer que há em comum na gestão da qualidade ela sempre estará direcionada a um só objetivo: o cliente satisfeito. Para começar a alcançar a qualidade é importante identificar a necessidade dos clientes e expectativas dos clientes, feito essa pesquisa o próximo passo.

Segundo Crosby a qualidade é definida conforme os requisitos, já na visão de Juran qualidade tem dois significados: características de produto que atendam as necessidades dos clientes a e ausências de defeitos, por outro lado, Feigenbaun vai ainda mais além, onde cita que o entendimento por qualidade é o total das características de marketing, engenharia e manutenção do composto produto e serviços, por meio destas as expectativas dos consumidores serão atendidas. A qualidade não é só satisfazer o cliente, mas sim fazer o melhor com menos recursos possíveis e aumentar a produtividade, com essa combinação de fatores a eficiência será alcançada e não só a eficácia.

Evolução da Qualidade

A evolução da qualidade surgiu bem antes da revolução industrial, e não foi no setor automobilístico, é impossível dizer, as origens da qualidade. Lá atrás na idade média a colheita feita pelos primitivos, escolhiam os melhores grãos para fazer o pão de qualidade. Começou a ter importância a partir da Revolução Industrial, quando se desenvolveu as ferramentas de trabalho, o surgimento da concorrência com a globalização, foi importante para a qualidade ser essencial a conquistar o cliente.

Ao longo do tempo, a qualidade foi evoluindo o surgimento de novos conceitos, ferramentas e estudos foram mudando o cenário, dentre essas características foi dividido em quatro Eras: Era da Inspeção, Era do Controle Estatístico, Era da Garantia da Qualidade e Era da Gestão da Qualidade Total.

A Era da Inspeção

O produto era verificado pelo artesão, feito a inspeção e aprovado, a peça era considerado como perfeito e de boa qualidade, caso contrário era descartado sem ter a preocupação da origem que causou o defeito. A era da inspeção foi considerada uma das primeiras preocupações formais da qualidade, o defeito era verificado através de uma peça padrão, cada peça que era produzida era comparada com a padrão, aumento da produção foi comprometendo a inspeção peça por peça e a qualidade foi se tornando mais complexa, surgindo então controle de qualidade.

Era do Controle Estatístico

Nessa era, com a quantidade da produção aumentando ficou difícil dar conta de inspecionar todas as peças, o surgimento da produção de larga escala se deu com a criação das linhas de montagem, o tempo e custo foram os principais fatores para que fosse estudado outro método e voltar a ter qualidade.

Um grupo e entre Walter A. Shewart teve a ideia de criar o setor de qualidade, um inspetor fica encarregado de inspecionar as peças através de amostragem. Foi ainda mais afundo com os seus estudos, criando o gráfico de controle de processo, que permite identificar falhas no processo, descobrindo a causa e os defeitos. Esse processo ainda é utilizado nos dias atuais.

Era da Garantia da Qualidade

Enquanto o controle estatístico da qualidade era focado no produto, a era da garantia da qualidade evoluiu seus estudos para os processos de produção. No período em que acontecia a guerra mundial, a indústria americana conhecida pelas industrias mais desenvolvida do que o resto do mundo, precisou focar todos os seus esforços a produzir artefatos para uso militares. Consequentemente, após a guerra, a produção de bens de consumo ficou defasada, obrigando as empresas a desafiar as suas expectativas com esforço e conseguir abastecer o mercado novamente. Os americanos deixaram a qualidade de lado, e priorizaram a quantidade, ao contrário do Japão que, continuou seus estudos criando padrões e normas de qualidade, preservando a prevenção de defeitos. Juran, a partir de seus estudos criou a qualidade total, o setor de qualidade não ia ser apenas um a controlar as peças, mas, cada setor ter seu setor de qualidade, e envolverá todos os colaboradores. As empresas começaram a agir por antecipação, ou seja, investir na produção, resulta em retirar os produtos com defeito quando visto, mas também eliminar o defeito antes mesmo que ele pudesse ser apresentado.

Era da Gestão da Qualidade Total

A Qualidade total engloba todas as outras eras da qualidade, o Ocidente, levando em consideração a técnica que os japoneses criaram, foi desenvolvendo o controle da qualidade total de suas empresas, a principal característica é o foco no cliente e nos processos de gestão.

A visão que se tem da gestão da qualidade total é fazer o produto ganhar valor e fique valorizado entre os concorrentes, assim não seria mais como as outras eras que vimos até aqui, em só eliminar problemas e produtos com defeitos. Quando a empresa consegue conquistar o mercado com a qualidade que seus produtos oferecem, certamente ela poderá tomar as rédeas do mercado.

Com o envolvimento de todos as áreas da empresa em um novo negócio, a empresa consegue identificar seus pontos fortes e fracos, podendo tomar medidas cabíveis quando preciso, melhorar seus processos, estudando e elaborando estratégias para conquistar o cliente.

Os mestres da qualidade

W. Edwards Deming

Deming é o responsável pelo sucesso dos japoneses no processo de qualidade. Define a organização como um sistema que constitui uma rede de componentes interdependentes que trabalham em conjunto para alcançar um só objetivo. Defensor de “melhorias constantes em