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A Invenção do Automóvel

Por:   •  12/12/2018  •  5.060 Palavras (21 Páginas)  •  448 Visualizações

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Após a primeira guerra mundial a fabricação dos carros populares, veículos compactos e produzidos em series era moda. No Brasil e no resto da América Latina, a produção em série do carro só se concretizou após a Segunda Guerra Mundial. Foi nesse período que o Brasil viveu uma explosão da indústria automobilística.

- A evolução do automóvel (como o avanço tecnológico entrou na indústria)

A história do automóvel se tem início no começo do século XIX, quando são criados os primeiros carros movidos por um motor de combustão interna a gás combustível, porém foi apenas em 1885 que o primeiro motor à gasolina conseguiu locomover um veículo, na época um automóvel de 3 rodas, graças ao inventor alemão Karl Benz.

Com isso se iniciou uma corrida industrial sobre o automóvel, gerando cada vez mais avanços tecnológicos, tanto na própria indústria como nos carros que estavam evoluindo. A mudança mais notável da época, primeira revolução industrial, se deu por conta da indústria de automóveis e Henry Ford, o modelo do fordismo. Ford, dono de uma fabricante de carros, desejava mudar o estilo de montagem do seu produto, para que fosse mais acessível ao trabalhador com menor renda e com uma produção mais rápida e eficaz, com isso ele teve a ideia de que os carros deveriam ser massificados, do mesmo modo a sua produção, e que na indústria a tarefa deveria ir ao trabalhador e não ao contrário, como ocorria na época. Deste modo, a aplicação de esteiras nas fábricas e especialização do trabalho por parte de cada operário, ocorrendo uma divisão nas tarefas, foram implantadas nas indústrias de Ford e o sucesso e eficiência do modelo fez com que houvesse uma revolução no modo de produção industrial, conhecida por modelo fordista de produção. Até hoje a linha de montagem, outro nome dado ao modelo de Ford, é considerada a maior revolução no modelo automobilístico.

Com a consolidação do modelo fordista na fabricação dos carros a partir da década de 20, a demanda pelos automóveis cresceu exponencialmente ao redor do globo, principalmente nos países mais desenvolvidos da época. Com isso as pesquisas para melhorar o produto se expandiram e ganharam investimentos tanto do setor privado como dos governos, que viram nele um grande potencial de desenvolvimento para suas nações. Exemplo disso foi o interesse e vontade de Adolf Hitler de criar um automóvel simples, confortável e rentável ao povo alemão, que vivia uma grande depressão pós primeira guerra, deste modo, à pedidos de Hitler, o criador, Ferdinand Porsche, criou o popularmente conhecido, Fusca.

Junto com os investimentos e pesquisas na área automobilística veio os avanços tecnológicos, tanto na fabricação como no produto em si. A variedade de modelos dos carros aumenta, mesmo que fabricados sempre em massa, seus sistemas de segurança se tornam mais eficazes, como o cinto de segurança e o air-bag, cada vez mais a potência dos motores se aprimora, gerando carros mais fortes e rápidos, equipamentos mais modernos, como o rádio, GPS, ar-condicionado, blindagem, etc. e que acompanharam a fabricação dos carros ao longo das décadas do século XX.

Após a revolução do fordismo na área, o outro modo de produção que alavancou a fabricação automobilística no mundo foi o Toyotismo. Essa mudança ocorreu no Japão após o termino da segunda guerra mundial pela realidade do pais, uma demanda muito menor do produto do que a dos Estados Unidos, ela consiste na ideia de acumulação flexível, na qual evita o desperdício ao longo do processo de montagem. Esse modo de produção usava a demanda do produto como fator para a fabricação do mesmo, eliminando o desperdício e estoque, isso foi algo inovador no setor na época. Outro aspecto de extrema importância foi que o modo de produção se espalhou para o mundo na década de 80, pois surgia nos países ocidentais os governos neoliberais, que buscavam novas formas de produção em massa e acharam, no Toyotismo.

Tendo em vista que o setor automobilístico é de extrema importância para a economia mundial desde o início do século passado, sempre foi uma área de interesse de muitos, gerando assim grandes revoluções industriais que não alavancaram apenas a fabricação dos carros, mas também de muitos outros produtos de montagem em massa. Deste modo, o modelo de indústria que existe hoje em dia se deve muito ao setor automobilístico, que ajudou e muitas vezes foi pioneiro, como no Fordismo e Toyotismo, nas evoluções industriais e em suas tecnologias.

- O Desenvolvimento da indústria automotiva no Brasil

Entre os desenvolvimentos tecnológicos modernos, o veículo automotivo foi sem dúvida uma das mudanças que mais impactaram a sociedade contemporânea, pensar em um veículo com motor a combustão que possa ser guiado e te levar a grandes distâncias alguns séculos atrás era surreal. Hoje as grandes cidades são todas construídas em torno de rotas pensada para veículos, com logística e desenvolvimento que integram os veículos como parte principal da mobilidade urbana.

Além da revolução na sociedade e nas cidades, a indústria automotiva é uma das que mais emprega, direta e indiretamente, pois o carro é montado, vendido, revendido, tem manutenção mecânica, seguro, troca de peças, transporte público e transportadoras privadas. A indústria automobilística é sem dúvida uma das mais importantes nos países desenvolvidos hoje.

Com aproximadamente 10% e participação no PIB brasileiro, a indústria automobilística é composta de montadoras estrangeiras em sua maioria com capital nacional. A indústria automobilística passou por 4 grandes e diferentes fases: A criação da indústria; o aperfeiçoamento do setor e a formação de um mercado externo que até então não existia; a comercialização dos automóveis e um processo de reestruturação do setor. Neste processo, a indústria de autopeças passou a ser em sua maioria, estrangeira.

As montadoras que dividem a produção de automóveis no Brasil são Ford, Volkswagen, Fiat e General Motors, que possuem 60% do faturamento do setor, sendo que estas quatro montadoras dividem o faturamento comercial do setor com a Mercedez-Benz, Volvo e Scania. Ainda com o surgimento de novas montadoras, novos competidores no mercado nacional, os oligopólios ainda pertencem à essas quatro montadoras. Ford, Volkswagen Fiat e General Motors que tem um índice de aumento em seus preços bem similares, ocorrendo quase sempre na mesma época. Estas, em 1987 possuíam 100% das vendas internas do mercado automobilístico e em 2002 cerca de 85%. Este declínio indica

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