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Microdermoabrasão em hipercromias

Por:   •  24/5/2018  •  2.805 Palavras (12 Páginas)  •  482 Visualizações

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1.1.3.1 MELASMAS

A formação do meslasma é a hipercromia mais comum, caracterizada por máculas castanhas-clara a escuras, contorno irregulares, comum em áreas fotoexpostas, como face, pálpebras, e membros superiores (colo), tendo como padrões típicos região frontal (testa), região zigomática (bochechas), região perioral (lábio superior), região nasal (nariz), região mentoniana (queixo) e a região dorsal do braço. Sendo mais comum em mulheres, porem estudos relatam que os homens representam 10% dos casos apenas. Esta alteração pigmentar pode ser desenvolvida na gestação (denominada de cloasma gravídico) ou com o uso de hormônios exógenos (pílulas anticoncepcionais e terapias de reposição). A etiopatogenia do meslasma ainda não está completamente esclarecida, existem vários fatores que contribuem para o seu desenvolvimento, tais como exposição à radiação ultravioleta, pré-disposição genética, envelhecimento, alteração hormonal, drogas fotossensibilizantes, distúrbios endócrinos, cosméticos derivados do petróleo e estresse (Fernandes, 2009; Mejia, 2013; C.S Martins, 2014; Cesário, Miers, 2015).

1.1.3.2 EFÉLIDES

As efélides popularmente chamadas de sardas, são pequenas manchas planas de cor marrom-ocre ou avermelhada, tornam- se mais pigmentadas após exposição solar. Elas normalmente são confinadas a face, aos braços, e ao dorso. São devido ao aumento dos melanócitos e surgem principalmente em crianças e adolescentes ou adultos geneticamente predispostos e de pele clara. (Nicoletti, 2002; Mejia, 2013).

1.1.3.3 LENTIGOS

Lentigos são manchas lenticulares de coloração que varia do amarelo ao marrom-escuro e bem limitadas, planas ou pouco saliente. Originam-se profundamente na derme e constituem um importante fator de risco de melanoma e carcinoma basocelular. Comum na parte de fora dos braços, antebraços e face em pessoas com mais de 50 anos, porem existe o lentigo simples que surgem entre os 2 e 5 anos de idade com localização em áreas expostas ou não a irradiação actínica. (NIicoletti, 2002; Fernandes, 2009; Mejia, 2013).

1.1.3.4 HIPERCROMIAS PÓS-INFLAMATÓRIAS

A hiperpigmentação pós-inflamatória (HPI) é adquirida como resposta fisiopatológica a um trauma onde ocorra um processo inflamatório. A causa deste tipo de pigmentação são as citoquinas liberadas no processo inflamatório que estimulam a melanogênese e estão mais ligadas ao tipo de agressão que ao grau de inflamação. Varias são as etiologias embora o exato seja desconhecido, porem existem fatores que contribuem incluindo infecções bacterianas, fúngicas ou virais, doenças inflamatórias, tais como acne, líquen plano, psoríase e pseudofoliculite, reações de hipersensibilidade induzidas por drogas ou por dermatite atópica, causada por agente físico ou químico, incluindo procedimentos estéticos. (Nicoletti, 2002; Mejia, 2013; Rodrigues, 2016).

A HPI manifesta-se como maculas na mesma distribuição que o processo inflamatório inicial, cuja intensidade pode ter correlação direta com os fototipos cutâneos. Quando maior o fototipo, maior a propensão a hiperpigmentação pós-inflamatória. (Rodrigues, 2016).

1.1.3.5 HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL

A hiperpigmentação periorbital é uma melanose localizada na região periocular devido ao aumento da melanina na epiderme e tem sido classificada clinicamente em três tipos: - vascular geneticamente determinado, e o escurecimento é causado por uma pele delgada de aspecto translúcido, com visualização dos vasos sanguíneos e músculos subjacentes. - pigmentada é produzido por depósitos de melanina associados a fatores étnicos e exposição solar. - mista é a combinação dos dois fatores anteriores. Sua etiologia ainda é desconhecida. É um quadro hereditário de transmissão autossômica de variável expressão. (Nicoletti, 2002; Mejia, 2013; Gaón, 2014).

1.2 MICRODERMOABRASÃO

A microdermoabrasão (MDA) é uma técnica de esfoliação física, que foi desenvolvida na Itália por Marini e Lo Brutto em 1985, inspirada na dermoabrasão, sendo introduzida no Brasil somente em 1994. Maio, 2004 define como microdermoabrasão toda técnica de abrasão física ou mecânica que tenha como limite o nível epidérmico. (Carolina da Silveira de Almeida e Gabriela Natália Ferracini, 2012).

Os procedimentos mais conhecidos para microdermoabrasão são o peeling de cristal e o peeling de diamante, ambas têm como objetivo fazer uma descamação superficial na pele, o que estimula o rejuvenescimento da mesma, estimulando a reprodução de novas células. Trata-se de um tratamento não invasivo e indolor, que dispensa assim o uso de anestesias. São técnicas não cirúrgicas de aplicação em cabine, que podem ser realizadas tanto por dermatologistas quanto por esteticistas devidamente habilitadas. Os equipamentos consistem em motores internos, mangueira, filtros e caneta aplicadora. As mangueiras e caneta aplicadora precisam estar secas para que os cristais possam fluir perfeitamente (STANDARD, 2011; Ellem Pain, Silvia Regina, 2009).

Devido seu efeito de acelerar a mitose celular, a microdermoabrasão promove uma melhor hidratação da pele, pois a penetrabilidade de ativos é maior devido o afinamento do estrato córneo, melhora também seu viço, diminuindo assim sequelas estéticas encontradas na pele, como por exemplo: Discromias, rítides, efeito do fotoenvelhecimento tanto extrínseco como intrínseco. (Mejia, 2013).

Podemos então relaciona-la com tratamentos para danos causados pelo sol, hiperpigmentações, comedões abertos ou fechados, manchas de gravides, linhas de expressões, rugas, poros dilatados, pele muito espessa, cicatrizes e até mesmo estrias. Podendo ser feito sozinho ou associado a outros tratamentos, utilizando a técnica de microdermoabrasão para preparar a pele. (Mejia, 2013; Mauricio de Maio, 2011).

A microdermoabrasão não deve ser aplicada para remoção de tatuagens, processo muito grave de acne, cicatrizes hipertróficas e principalmente em peles lesionadas e quando apresentam processo inflamatório, nesse caso deve-se primeiro tratar a inflamação e esperar que a pele recupere totalmente. Outro caso em que não devemos utilizar a técnica da microdermoabrasão é em pacientes que apresentam fragilidade nos vasos capilares, pois a pressão negativa pode vir a romper um destes vasos durante o procedimento. (Mauricio de Maio, 2011; Ellem Pain, Silvia Regina, 2009).

Apesar de ser um tratamento

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