A Pirâmide Invertida
Por: Karlos A. S. Castro • 17/10/2023 • Trabalho acadêmico • 1.028 Palavras (5 Páginas) • 269 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CCH
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA – DEHIS
DISCIPLINA: História da África Antiga 2023.2
Prof. Dr.: Josenildo de Jesus Pereira
ALUNO: Karlos Alberto Sousa Castro Nota:
1ª AVALIAÇÃO
O produto historiográfico não tem nenhuma independência ou autonomia. Depende inteiramente do momento e ideologia que influência a sua concepção. O que dizemos hoje é a revisão de anteriores visões, para ser necessariamente revisto amanhã. (LOPES, Carlos. A pirâmide invertida. P. 04)
QUESTÃO
A partir desta formulação de Carlos Lopes disserte a respeito da relação entre o conhecimento, o processo de ensino e aprendizagem relativo às historicidades de povos do continente africano e as correntes historiográficas que produzem esse conhecimento.
A Interferência das correntes historiográficas africanas no processo ensino e aprendizagem
Para o mundo a História da África praticamente não existia antes da colonização, fator que vincula diretamente os europeus ao domínio colonial africano, reforçando assim também que o continente vivia às margens no que se refere a sua inserção e participação na economia mundial. Mesmo atrasadas, estas compreensões ainda são vistas com bastante ênfase e credibilidade nos dias de hoje por grande parte de um imaginário ocidental.
A falta de conhecimento em relação a História Africana é profunda e considerável em praticamente toda a literatura histórica. Alguns historiadores, ao longo dos tempos até tentaram a inserção de uma nova interpretação histórica, mostrando toda a importância e valor dos povos africanos nos mais diversos setores da economia mundial, mas observamos que o descaso com a contribuição histórica africana continua sendo muito forte.
Neste contexto, onde toda a História Africana era atribuída ao pós-colonialismo europeu, surgiu a corrente da inferioridade africana, fruto de décadas de dominação colonial, inspirada em documentos dogmáticos da igreja católica que concediam aos grandes reis portugueses o poder de se apossarem do povo e das terras, onde pregavam ser terra de ninguém, pois alegavam ser uma terra não cristianizada, ou uma terra de não cristãos de acordo com suas normas e interesses além de marginalizar a África como apêndice da Historia Universal.
Com isso, grandes feitos e descobertas oriundas dos povos africanos foram simplesmente desconsiderados e ao mesmo tempo, atribuídos a outros povos, principalmente os europeus, no intuito de sempre repassar ao mundo que o continente africano não tinha condições de produzir conhecimento e muito menos história por si só.
De fato podemos observar que a corrente da inferioridade africana foi muito fortalecida pela natureza colonial, com objetivo de dominação completa da história do continente africano, para assim em todos os aspectos, sempre impor o seu modelo e a historiografia africana não ficaria fora dessa divisão rigorosa.
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