A Educação Matemática

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- Desenvolver o raciocínio, excluindo a recepção de dados e soluções, e obrigando-os a procurá-los;

- Desenvolver aptidões para o planejamento, uma vez que o caminho para chegar às soluções precisa ser pensado e estruturado;

- Desenvolver a iniciativa, desde que o educando seja colocado diante de uma situação problemática para a qual tenha que encontrar uma saída;

- Levar o educando a trabalhar com base em hipóteses, cuja verificação exige o exercício da reflexão, capacitando-o a tomar decisões, a julgar fatos e a apreciar valores;

- Provocar motivação, pela satisfação provocada pela solução, pela descoberta do conhecimento;

- Realizar maior fixação de aprendizagem;

- Facilitar a transferência da aprendizagem, isto é, favorecer a aplicação do aprendido em situações novas.

2.1.2.3 Método de Projetos

A intenção do Método de Projetos é levar o educando a projetar algo de concreto e executa-lo, podendo este ser feito individualmente ou em grupo, este método leva em consideração a prática e a aplicação concreta de conceitos, ou seja, parte de uma situação real e busca soluciona-las de forma prática. Para melhor realização do projeto os alunos devem participar efetivamente do processo analisando a situação, criando um projeto de solução e construindo ou executando este projeto, sempre com o auxílio de um professor.

Os objetivos deste método são de grande relevância para a didática, os quais:

- Levar o educando a passar por uma situação autêntica de vivência e experiência;

- Levar a formular propósitos definidos e práticos;

- Estimular o pensamento criativo;

- Desenvolver a capacidade de observação para melhor utilizar informes e instrumentos;

- Apreciar mais concretamente a necessidade da comparação;

- Dar oportunidade para comprovação de idéias, por meio da aplicação das mesmas;

- Convencer o educando de que ele pode desde que raciocine e atue adequadamente;

- Estimular a iniciativa, a autoconfiança e o senso de responsabilidade.

O Método de Projetos tem como principal vilão o consumo alto de tempo para sua aplicação, portanto precisa ser estudado e projeto com bastante antecedência pelo professor para que sua aplicação se de, de forma satisfatória.

2.1.3 Metodologia de Ensino

2.1.3.1 Objetivos

A metodologia do ensino tem como principais objetivos levar os educandos à auto-educação, à autonomia, à emancipação intelectual, em outros termos, conduz os mesmos a pensar com suas próprias cabeças.

Enfim a metodologia de ensino apresenta estruturações de atividades didáticas para que orientem adequadamente a aprendizagem do educando.

Husserl (1859-1938), estudando o conhecimento, demonstrou que a inteligência poderia chegar ao conhecimento, de forma intuitiva, sem induzir ou fazer analogia, mas vendo e descrevendo as essências de um fato ou fenômeno.

2.1.3.2 Classificação

Partindo desse pressuposto as metodologias de ensino classificam-se em indutiva, dedutiva, análoga e intuitiva.

2.1.3.2.1 Indutiva

A indução é o processo mental que vai do particular ao geral, e ela compreende seis fases: observação, tentativa de explicação, experimentação, comparação, abstração e generalização. Ou seja, na indução, a conclusão está para as premissas como o todo está para as partes, de verdades particulares concluímos verdades gerais.

2.1.3.2.2 Dedutiva

Já a dedução é o processo mental que vai do geral ao particular. Assim a dedução parte das premissas obtidas na indução, para chegar aos detalhes de um fenômeno ou a particularidades ou conseqüências do mesmo. A dedução se divide em três fases, as quais são: aplicação, comprovação e a demonstração. A dedução por sua vez é de grande valia para se obter conclusões de afirmativas que sejam feitas para que se possa alertar quanto aos cuidados que se deve ter ao fazer uma afirmação. A técnica dessa argumentação consiste em construir estruturas lógicas, por meio do relacionamento entre antecedente e conseqüente, entre hipótese e tese, entre premissas e conclusão.

2.1.3.2.3 Analogia

A analogia por sua vez não tem muito valor científico, pois as probabilidades de certeza nas conclusões são mínimas, mas há casos em que são essências, ou até mesmo o único meio para chegar a uma conclusão. Mas é importante ressaltar três regras da analogia: não partir de semelhanças acidentais, não desprezar diferenças e por fim não exagerar o valor da conclusão analógica.

2.1.3.2.4 Intuição

A intuição, segundo Husserl, consiste em a inteligência alcançar o conhecimento, não por processos lógico-discursivos, mas por apreensão direta de um fenômeno, em que a inteligência passa a descrever-lhe as essências. A intuição é obtida através da vivência com a situação ou fenômeno em estudo, ela necessita de concentração para que se possa analisar a situação em questão com maior eficácia. Platão (428-347 a.C.) “afirmava existirem quatro graus de conhecimento, do inferior ao superior: crença, opinião, raciocínio e intuição”.

2.2 MÉTODOS DE ENSINO APLICADOS NAS CIÊNCIAS EXATAS

2.2.1 Método das Ciências Exatas

O Método das Ciências Exatas consiste num estudo prolongado de um determinado tema e a realização de exercícios, colocando a disposição tempo para a assimilação adequada da teoria e dos conceitos, o que levará a resolução consciente de problemas práticos da teoria estudada.

O método se divide em três princípios:

1º O primeiro contato com o assunto em estudo tem que ser a teoria, de modo direto e objetivo, para que este sirva de motivação;

2º