A DISORTOGRAFIA E A AÇÃO DA NEUROPSICOPEDAGOGIA
Por: Salezio.Francisco • 12/12/2017 • 3.425 Palavras (14 Páginas) • 1.136 Visualizações
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Este estudo tem como objetivo analisar a disortografia as suas causas suas características e como é a sua ação na escola. Por meio dos estudos trazer a intervenção neuropsicopedagogica sobre a disortografia com a melhor forma para auxiliar e levar a criança a um aprendizado completo.
2. A DISORTOGRAFIA
Para entender o que é disortografia faz se necessário primeiramente definir as dificuldades de aprendizagem. A expressão ‘dificuldades de aprendizagem’, agrupa todos os problemas de aprendizagem, quer sejam intrínsecos ao indivíduo ou relacionados com fatores externos, por exemplo, uma metodologia de ensino inadequada seria uma das causas da problemática do indivíduo. Descrevem-se apenas como dificuldades de aprendizagem aquelas que possuem definições exclusivas, causas próprias, características específicas, seriam estas: a Dislexia, a Disortografia, a Disgrafia e a Discalculia. (COELHO, 2011)
“O cérebro humano é um sistema complexo, que estabelece relações com o mundo que o rodeia” (CIASCA, 2003). A função específica do cérebro primeiramente é referente às vias que levam, da periferia ao córtex, informações do mundo exterior; a outra diz respeito aos neurônios. As características dos neurônios é determinar áreas motoras, sensoriais, auditivas, ópticas, olfativas, entre outras, estabelecendo noções exatas e ricas no aprendizado, [...] “quando existe uma falha no ato de aprender, esta exige uma modificação dos padrões de aquisição, assimilação e transformação, seja por vias internas ou externas ao indivíduo”. [...] (CIASCA, 2003).
Considero Distúrbio da Aprendizagem como uma disfunção do sistema Nervoso Central. Portanto, um problema neurológico relacionado a uma falha na aquisição ou no processamento, ou ainda no armazenamento da informação, envolvendo áreas e circuitos neuronais específicos em determinado momento do desenvolvimento. E considero como tendo uma dificuldade Escolar (DE) a criança que não aprende por ter um problema pedagógico relacionado à falta de adaptação ao método de ensino, à escola, ou que tenha outros problemas de ordem acadêmica. (CIASCA, 2003, p. 05)
Estima-se que de 5 a 7% da população escolar apresente algum tipo de dificuldade de aprendizagem. Dentro dos distúrbios a dislexia é o mais comum. Este distúrbio afeta a aprendizagem e utilização instrumental da leitura, resultando em problemas fonológicos, independentemente da inteligência do indivíduo.
Existem muitas comparações entre o Distúrbio de Aprendizagem (DA) com o Transtorno de Atenção com Hiperatividade (TDA/H). Crianças com DA apresentam problemas específicos na área cerebral, assim como os TDA/H, uma vez que crianças com tais transtornos de hiperatividade apresentem outros problemas como dificuldade de relacionamento e problemas comportamentais. Mas isso não significa que ambos não tenham inteligência considerada dentro do normal. Ciasca (2003, p.07) afirma que “Considero importantíssimo frisar que tanto os DA como os TDA/H são compatíveis com inteligência normal, fato que não ocorre nos problemas de Retardo no Desenvolvimento Neuro-Psicomotor ou nas deficiências mentais.”
Os principais distúrbios da aprendizagem são: a dislexia, disgrafia, disortografia e discalculia.
Entende-se que a criança quando inicia a fase pré-escolar não tenha ainda uma definição da grafia das letras e espaço. Com a orientação do professor, a criança começa a desenvolver a habilidade com os traçados. Mas nota-se uma dificuldade neste traçado à criança que já tenha um longo período na escola e ainda não tenha conseguido definir a grafia.
Disortografia etimologicamente deriva-se dos conceitos “dis” (desvio) + “orto” (correto). É a dificuldade de aprender e desenvolver as habilidades da linguagem escrita. Traçado incorreto, lentidão, alteração, sujeira e falta de clareza no texto são características da disortografia. Também pode ser observado nos indivíduos queixa de dores nas mãos ou braços por exercerem muita força ao escrever. O disortográfico também tende a escrever textos curtos, mal uso das regras de pontuação e falta de vontade de escrever.
Como a disortografia é um problema na escrita as principais características são: substituição de letras, omissão, acréscimo de letras ou sílabas, separação de sílabas onde não existem.
2.1 SUA DEFINIÇÃO.
A disortografia por sua vez, foge às regras estabelecidas pela ortografia convencional, que rege determinada língua. Esse transtorno é uma alteração da planificação da linguagem escrita, que causa transtornos na aprendizagem da ortografia, gramática e redação, apesar de o potencial intelectual e a escolaridade do indivíduo estarem adequados para a idade. (FERNÁNDEZ et al, 2010)
A disortografia pode ter impacto significante na vida do estudante que apresente tal transtorno, uma vez iniciada a alfabetização a criança apresente o problema, muito provavelmente este chegará ao final do ensino fundamental com dificuldades ortográficas. O indivíduo poderá ter dificuldades também na vida acadêmica, pois ler e escrever são processos fundamentais para a compreensão e entendimento.
[...] o reconhecimento das letras e os valores atribuídos aos grafemas no reconhecimento das palavras e a possibilidade de codificá-los, não são os únicos, nem os objetivos centrais da alfabetização, porém são necessários para toda aprendizagem acadêmica futura sem os quais ocorreria um atraso na aquisição de conhecimentos na maioria das áreas do currículo (FERNÁNDEZ, 2010, p. 03)
A disortografia pode estar associada a dislexia do desenvolvimento ou distúrbio da aprendizagem. Mas há ainda um agravante que deve ser levado em consideração: a escola não enfatizar o ensino o ensino da ortografia pela frágil fundamentação teórica e prática de seus educadores. Muitos alunos têm na escola a base, o fundamento e contato com a linguagem escrita. Fernández (2010, p. 03) afirma ainda que “muitas metodologias atuais de alfabetização não utilizam procedimentos de correção e ensino eficazes da escrita, estas acabam por manter os alunos em situação de desconhecimento da ortografia”.
A disortografia funcional poderá desaparecer ao longo da escolarização. Por fazer parte do processo de apropriação do sistema ortográfico da língua, em crianças com transtorno de aprendizagem essas características não irão desaparecer, uma vez que a alteração é no processo fonológico e ortográfico decorrentes de condições neurológicas.
Pode-se
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