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Ecoeficiencia

Por:   •  5/11/2017  •  1.608 Palavras (7 Páginas)  •  287 Visualizações

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Os hospitais executam funções muitas vezes semelhantes àquelas encontradas na indústria, tais como lavanderia, transporte, limpeza, alimentação, processamento fotográfico, entre outras. Porém, de forma distinta de outras atividades, seja industrial ou de serviços, os hospitais consomem grande quantidade de produtos médicos descartáveis, que são usados para impedir a transmissão das doenças para seus médicos, pacientes e funcionários.

Os hospitais, em sua operação, geram, de um lado, uma grande quantidade de resíduo e, de outro, demandam grande quantidade de recursos como energia elétrica e água. A geração de resíduos pelo setor é significativa e constante, durante todo ano. 85% dos resíduos de um hospital possam ser reciclados, os 15% restantes são constituídos por materiais infectantes e perigosos, para a maior parte dos resíduos considerados perigosos, a principal alternativa tem sido a incineração, resultando em emissões atmosféricas oriundas dos equipamentos de queima.

Os dados disponíveis no Guia de Ecoeficiência para Hospitais também indicam o potencial impacto ambiental dessa atividade com relação ao consumo de energia e água, aponta que o consumo de energia é bastante diversificado, incluindo atividades de iluminação, ar condicionado, caldeiras e cozinhas.

O uso de água também é diversificado, incluindo instalações sanitárias, tanto para pacientes como para visitantes, lavanderia, limpeza de instalações, restaurantes e jardins. Os indicadores disponíveis indicam que o total de consumo é muito variável, dependendo do grau de desenvolvimento do país.

SERVIÇO HOSPITALAR NO BRASIL

Se a preocupação em construir indicadores de desempenho ambiental já está presente em muitos países, no caso brasileiro há ainda um longo caminho para se quantificar corretamente o impacto ambiental associado à atividade hospitalar. De fato, até o início de 1990, não havia nenhuma preocupação maior com os resíduos hospitalares. Tal preocupação só surgiu a partir do momento em que o paciente passou a ser visto como consumidor e a exigir um tratamento diferenciado, passando a participar ativamente de todas as ações que eram realizadas para a recuperação de sua saúde e a AIDS obrigou os profissionais da saúde a reverem seus procedimentos em relação aos resíduos e sua contribuição na cadeia de transmissão de doenças.

A legislação brasileira exige que qualquer unidade que execute atividades de natureza médico-assistencial humana ou animal possua um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Saúde – RSS. Para o cumprimento do que estabelece a legislação, os hospitais, normalmente, delegam essa atividade de gerenciamento para o serviço de higiene e limpeza, preconiza que os profissionais que atuam nesse processo não têm uma abordagem ambiental na sua formação, sendo esta técnica, específica, e não proporciona o preparo necessário que possibilite as condições que garantam a minimização dos riscos ambientais internos e externos.

Com relação ao gerenciamento de água, tanto no que se refere ao consumo desse recurso como o tratamento dos efluentes gerados, poucas são as iniciativas voltadas à implementação de ações para a utilização racional da água e tratamento adequado antes de seu descarte.

A partir dos dados apresentados, identifica-se a necessidade de aprimorar ações de gestão ambiental nas organizações. Importa destacar que algumas iniciativas em curso, desenvolvidas em alguns hospitais, indicam a potencialidade da aplicação da ecoeficiência nessas organizações. Induzidos por uma legislação mais rigorosa e por um aumento de custos de operação com alguns recursos como água e energia, alguns hospitais estão implementando ações que estão conseguindo conciliar benefícios econômicos com melhoria do desempenho ambiental. Algumas dessas medidas são:

- Modernizar os elevadores: nos serviços hospitalares, os elevadores representam um altíssimo consumo de energia;

- Desligar ar condicionado, quando não é necessária a sua utilização;

- Utilizar gases nas caldeiras para pré-aquecer a água: economizar gás para o aquecimento da água, bem como identificar se existem excessos de oxigênio nas caldeiras para a combustão;

- Isolar os circuitos e instalar interruptores de tal forma que se possa apagar as luzes de diferentes áreas quando elas não são necessárias; também se recomenda a instalação de sensores de movimento e/ou temporizadores para controlar a iluminação;

- Substituir a iluminação padrão por luzes de alta eficiência em áreas comuns e instalar lâmpadas de alto rendimento em áreas de trabalho;

- Regular o fluxo de água através da instalação de sistemas economizadores em lavabos, chuveiros, áreas de limpeza e sanitários.

- Implementar uma política de não aceitação de produtos embalados em materiais não recicláveis e melhorar continuamente o manejo de resíduos sólidos.

Os exemplos citados mostram algumas das perspectivas para as atividades hospitalares no sentido de garantir ganhos econômicos e ambientais. Ainda assim, no Brasil, esse debate é incipiente, sendo que a maior parte dos administradores desses empreendimentos está pouco sensibilizada com relação à adoção de práticas de ecoeficiência em suas atividades.

CONCLUSÃO

A ecoeficiência vem ocupando um espaço cada vez maior nos debates sobre como conciliar desempenho econômico e compromisso ambiental. Há diversas razões que explicam o maior interesse pela ferramenta. Em primeiro lugar, o aumento de custos com recursos naturais torna cada vez mais evidente, para os gestores empresariais, a necessidade de adotar estratégias de racionalização

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