Instituições
Por: Rodrigo.Claudino • 26/4/2018 • 4.301 Palavras (18 Páginas) • 255 Visualizações
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O objetivo do CAPS é oferecer atendimento aos usuários e seus familiares do Estado do Pará a partir da faixa etária de 12 anos, na perspectiva de clínica ampliada.
Em média mensal, o serviço atende aproximadamente 1000 usuários, incluindo adultos e adolescentes, cujo atendimento se dá de forma espontânea ou poderá ser encaminhado de outros municípios.
O CAPS, por sua vez, possui uma estrutura organizacional para atender de forma satisfatória e o objetivo da instituíção, conta com uma Direção Administrativa e uma equipe multiprofissional na área de saúde, considerando-se que o trabalho coletivo proporciona melhores resultados no tratamento dos usuários e seus familiares. Quanto à estrutura física disponível, tem-se: 12 (doze) leitos para desintoxicação, auditório, consultórios, farmácia, sala de oficina terapêutica, musicoterapia e outros
As drogas são um problema instituído e para combatê-las são necessários que hajam esforços entre Governo e Sociedade Civil organizada. Menos de 50% dos estados brasileiros têm políticas estabelecidas sobre drogas. O Pará instituiu um sistema sobre drogas que antes era chamado de Conselho Estadual de Entorpecentes e atualmente é intitulado Conselho Estadual Sobre Drogas (Coned), um órgão colegiado e autônomo, vinculado à Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). Segundo Sandro Diniz, presidente do Coned, a mudança não aconteceu apenas na nomenclatura, mas na própria estrutura do conselho, que era basicamente governamental, e passou a ser paritário, com 11 membros do governo e 11 da sociedade, incluindo ex-usuários de drogas. “O Estado é um dos poucos do país em que existe essa paridade no conselho. Isso é um ganho para toda sociedade que pode participar tanto da discussão, quanto da implementação da política sobre drogas no estado.
O conselho se reúne semanalmente para discutir diversos temas, que vão desde a avaliação das comunidades terapêuticas aos projetos que deverão ser implementados no estado, pois para conseguir subsídio federal é necessário o aval positivo do Coned, que tem o papel de organizar, aplicar e fiscalizar todos os assuntos referentes às drogas no estado.
Parceria com a ONU
O trabalho do Governo do Pará no combate às drogas credenciou o estado para receber o primeiro Núcleo Amazônico do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodoc), que trabalha nas áreas de saúde, justiça e segurança pública. O lançamento foi feito em maio deste ano pelo representante da ONU, chefe do escritório da Unodoc no Brasil e Cone Sul, Bo Mathiesen. “ O Pará e a Amazônia possuem características peculiares e são regiões cobiçadas e muito vulneráveis. A criação do Núcleo viabilizará bases sólidas para pesquisas, investimentos e uma cooperação para prevenir a violência e para se lutar por uma sociedade mais justa”.
O Assistente Social do CAPS ADIII trabalha de forma interdisciplinar, isto é, através de um processo de integração recíproca entre várias áreas da saúde (psicologia, medicina, enfermagem), possibilitando uma visão unitária e total da situação de cada usuário, facilitando a implantação de um tratamento mais eficaz.
No exercício da profissão, através dos instrumentos de intervenção como: Abordagem individual e em grupo, palestras educativas, entrevistas, na participação direta em projetos como Terapia Singular, de fortalecimento do vínculo familiar e ações comunitárias de caráter preventivas, percebendo portanto uma importância peculiar do serviço social na promoção da autonomia e cidadania aos usuários de drogas, portadores de transtornos mentais.
O Serviço Social na Instituição, seus desafios e perspectivas:
A atenção em saúde mental sofreu e vem sofrendo significativas transformações, avanços e retrocessos ao longo dos últimos trinta anos. Apesar das políticas sociais estarem organizadas no âmbito legislacional, de forma articulada e intersetorial, vimos que isso ainda é um processo a ser construído e implementado na realidade, nos campos de atenção, nos serviços oferecidos. Partindo do pressuposto de que o processo de saúde/adoecimento engloba diferentes fatores, o seu enfrentamento não deve resumir-se apenas a uma política. Por isso, a importância de se entender que embora a intersetorialidade e integralidade sejam concepções que têm sua origem na saúde, sendo diretrizes do SUS, sejam princípios adotados por outras áreas das políticas sociais, como assistência, educação, trabalho, entre outras, o que já se observa como um processo em desenvolvimento, ainda que de forma incipiente. Para a efetivação da intersetorialidade e o alcance de ações intersetoriais verdadeiras, é necessária a articulação da rede. Não significa aqui negar a setorialidade. O que se deseja é destacar a necessidade da integração da setorialidade com a intersetorialidade, de forma que haja aumento da qualidade dos serviços oferecidos aos usuários. É neste sentido que o trabalho do Assistente Social deve estar direcionado, buscando estratégias que ultrapassem a atuação institucional, de forma a conhecer a realidade enfrentada pelo usuário na sua plenitude, bem como os serviços que são possíveis de serem acessados. O conhecimento dos serviços, das formas de acesso e do funcionamento destes, são ferramentas de trabalho do Assistente Social. O processo de socialização da informação é um mecanismo que deve ser utilizado pelo Assistente Social, além de ser entendido como mecanismo inicial para a construção de uma rede de cuidados. A partir da prática de estágio curricular em serviço social, foi possível observar a importância da intersetorialidade na atenção ao usuário, na qualidade dos serviços oferecidos. A busca de articulação dos CAPS com as UBSs do território foi o primeiro mecanismo para a construção de uma rede resolutiva de cuidados e, posteriormente, para a efetivação de ações intersetoriais e de atenção integral. O Assistente Social tem, através dos dispositivos teórico-metodológicos, ético-políticos e técnico- operativos, as ferramentas necessárias para a construção, proposição e articulação com os diferentes espaços de atenção ao usuário. Ainda, através de ações que visem à melhoria dos serviços (consequentemente evidencia-se a melhora na atenção ao usuário, aumentando a resolutividade do serviço), o aumento da participação e a autonomia dos usuários. Desta forma, o trabalho do Assistente Social encontra-se diretamente envolvido no processo de formulação, execução e acompanhamento de ações que visem à promoção de saúde, levando em
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