Uma Concepção de Educação
Por: Carolina234 • 20/10/2018 • 2.593 Palavras (11 Páginas) • 291 Visualizações
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Esta afirmação é importante principalmente no meio da educação pois ressalta que a teoria piagetiana não seja tomada como um conjunto de formulações aplicavéis para todos os indivíduos. É preciso saber que esta teoria fornece um quadro da trajétoria cognitiva das pessoas em geral e não individual.
O Universo não apresentado
A principal característica do periodo de desenvolvimento, sensorial-motor, é a inexistência de representações, não há imagens mentais dos objetos que cercam a pessoa. Neste caso, o conhecimento, é construído por meio dos órgãos dos sentidos, o que predomia é o processo de assimilação que são simples reflexos, se formando então esquemas cognitivos. Este periodo sensorial-motor corresponde ao momento inicial em que a inteligência encontra-se somente no plano da experiência imediata.
Os esquemas cognitivos são esquemas de ação porque não envolve representação, esta inteligência permite que a criança aplique os esquemas, coordenados, a diferentes situações, são então as reações circulares que são movimentos que se repetem seguidas vezes.
Representação, linguagem e socialização
Na última fase do período sensorial-motor tem como característica, a transformação de esquemas de ação em esquemas representativos. O desenvolvimento que foi adquirido meramente por simples ações passa agora a ser correspondente imagens mentais e simbólicas. Neste período ocorre o progresso da linguagem oral, os objetos, pessoas e ações pertence a um universo recluso e especifíco. Ex: A palavra cachorro vira totó.
Ao passar dos anos a linguagem deixa de ser composta por expressões representativas e passsa a empregar expressões socialmente convecionadas. A comunicação deixa de ser fundamentada no indivíduo e passa a ser baseada no grupo social.
O desenvolvimento da linguagem além de significar um grande progresso na capacidade intelectual mostra o início da transição do egocentrismo para a socialização. Este perído é denominado pré-operatório.
O Universo Concreto
Ao término do período pré-operatório, a criança já intui operações. Ela está par entrar no terceiro período, que tem como característica o desenvolvimento da capacidade de realizar operações.Os esquemas cognitivos do indivíduo são instrumentos de assimilação que dependem de dados empíricos. Esse período recebe o nome de operatório-concreto, o qual o indivíduo só irar operar mentalmente dados que já tenham feito parte de sua experiência e que possa ser mentalmente manipulados.
A psicologia genética na escola
No modelo piagetiano a educação tem que contribuir para desenvolver as competências cognitivas do educando. O dever do professor é organivar atividades que viabilizem o progresso intelectual de seus alunos em suas diferentes etapas da escola.
Caso o professor não empregar um procedimento didático adequado às limitações do pensamento, o processo de ensinar e aprender irá se restringir à verbalização, à audição e à reprodução de conteúdos. Os limites serão dados pelo desenvolvimento da criança.
O Universo Formal
O quarto período normalmente se dá quando o indivíduo tem entre 12 e 16 anos, esse período é o operatório-formal. A característica desse é a transformação dos esquemas cognitivos até então organizados, capaz de realizar operações concretas, em esquemas que irão operar com base na realidade apenas imaginada como possível.
O Piaget elabora uma trajetória do desenvolvimento em que o percurso irá capacitar o indivíduo a compreender de uma maneira melhor a realidade que o cerca para poder participar de suas transformações. Aqui é comum que o jovem imagine sociedades alternativas, sistemas filosóficos perfeitos e caminhos profissionais ainda não percorridos.
O pesquisador não chegou a ter nenhum trabalho voltado para afetos mas diz que a crise da adolescência se dá pelo fato que o jovem visualiza o futuro e sem ter meios apra realizá-lo, esse muitas vezes, revolta-se contra as autoridades e situações estabelecidas. Pensamento que vem contra o de Freud pois esse diz que essa problématica ocorre porque existe um retorno de desejos reprimidos na infância.
A teoria da Socibilidade
Todos os períodos já citados são acompanhados pelo desenvolvimento da sociabilidade do indivíduo. Na fase inicial as crianças são incapazes de distinguir o seu eu dos objetos e pessoas ao redor. Mas já nos primeiros meses de vida, começa a fomar-se a percepção do eu, o que dá inicio ao processo de socialização.
O egocentrismo que o Piaget fala se dá no primeiro momento do processo de socialização pois a criança aqui tem como base seu ponto de vista exclusivo, onde tudo gira em torno dela. O percurso se dá pela passagem do estado egocêntrico a um estado de plena sociallização.
Piaget então mostra que o desenvolvimento da sociabilidade e o cognitivo constitui um mesmo processo que o ápice e a adaptação ativa do indivíduo ao mundo, o que ocorre no estabelecimento de relações com a realidade material e social.
A personalidade é o ponto mais alto desse desenvolvimento, pois essa se encontra estruturada quando se dá a plena integração do indivíduo à coletividade.
Egocentrismo, coação e justiça
O egocentrismo prevalece até o final do período, sendo aos poucos superado, Piaget analisou o relacionamento da criança com as regras vigentes no grupo social a que pertence e conclui que no decorrer desse tempo, a pessoa passa por dois estados que são marcantes.
O primeiro estado, a criança não tem a capacidade de apreender as normas existentes, como se o universo social não tivesse regras. O egocentrismo irá impedir que o indivíduo estabeleça interações que permitirá a troca de impressões sobre as coisas,devendo prevalecer o seu ponto de vista apenas.
O segundo estado, a criança irá entrar em uma especie de legalismo onde ela enxerga as ordens dos mais velhos como leis imutáveis, como obrigações morais, esse fato recebeu de Piaget o nome de respeito unilateral e realismo moral. Esses conceitos morais são visto pela criança como algo exterior a ela (heteronomia). As regras recebem da criança o carater de imperativas, são meras convenções estabelecidas por uma pessoa ou comunidade em um certo momento histórico para um determinado fim.
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