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Saviani denomina a tendência reprodutora de teoria crítico-reprodutivista da educação, uma vez que aborda a educação a partir de seus determinantes, mas a vê somente como elemento destinado a reproduzir seus próprios condicionantes, sem agir ou propor ações à educação (p. 19-20). A educação reprodutora exibe como atua a educação dentro da sociedade e não como ela deve atuar.

Toda sociedade, necessita reproduzir-se em todos os seus aspectos; caso contrário, desaparece. Parafraseando Marx, Althusser nos diz que se "uma formação social não reproduz as condições de produção ao mesmo tempo em que produz, não conseguirá sobreviver um ano que seja" (p. 9). E, para que isso aconteça, tanto economistas marxistas como burgueses reconhecem "que não há produção possível sem que seja assegurada a reprodução das condições materiais da produção: a reprodução dos meios de produção" (p. 13).

A mão-de-obra deve-se reproduzir não somente do ponto de vista quantitativo (biológico), mas também qualitativo (cultural). Colocando-se necessária na formação profissional, nos diversos níveis e necessidades da divisão social do trabalho. Na proporção que os grupamentos humanos foram se tornando mais complicados, sendo em números, ou nas relações sociais, a preparação da força de trabalho, do ponto de vista qualitativo (reprodução cultural da força de trabalho), foi delegada a uma instituição social específica: a escola. Sendo assim a escola é um instrumento principal para a reprodução qualitativa da força de trabalho.

4. EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE

Essa tendência coloca a educação como transformação da social ,ou ainda, como uma possibilidade de mudança. A possibilidade de agir a partir dos próprios condicionantes históricos. Considerada crítica.

Seu objetivo é utilizar práticas que incorporem interesses transformadores, problematizando o conhecimento, utilizando o diálogo crítico e afirmativo, enfim “argumentando em prol de um mundo qualitativamente melhor para todas as pessoas”. (GIROUX, 1997, p.163)

A educação transformadora estimula a autonomia intelectual, ou seja, aprender a pensar, aprender a buscar, aprender a inventar. Nessa perspectiva, o professor conduz o aluno a refletir, ser crítico, questionar e intervir na realidade.

O ser humano deve ser o centro do processo educativo, deve-se exaltar sua capacidade de educar-se como sujeito histórico. Nesse caso, o papel do professor será o de coordenar as atividades, perceber se cada aluno se desenvolve e propor situações de aprendizagem significativa.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho foram abordados assuntos voltados para uma compreensão significativa sobre a Educação e a Sociedade, através da Redenção, Reprodução e Transformação.

O estudo provocou uma análise e reflexão a respeito da tendência redentora visando o otimismo dentro da ação pedagógica, levando em conta os paradigmas conceituais e princípios que vem sendo progressivamente defendidos, além de ressaltar que a educação tem poderes quase absolutos sobre a sociedade.

Em suma a tendência reprodutiva é crítica na relação educação sociedade, porém inerte em ações de transformação, sendo que seu entendimento é submeter-se a seus condicionantes. A propensão transformadora, que é contra ao otimismo ilusório e imobilismo, busca compreender a educação dentro de seus condicionantes, procurando agir estrategicamente a fim de transformar a sociedade dentro de seus aspectos reais e para que essa transformação realmente aconteça, devemos repensar nossos atos e ações, mudar para agregar e compartilhar.

Todos os objetivos propostos dentro desta produção foram cumpridos e o mesmo teve enorme importância para o aprendizado e compreensão do grupo, uma vez que trouxe a tona assuntos de estrema relevância.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724. Informação e documentação - Trabalhos acadêmicos - Apresentação. Disponível em: http://www.oabce.org.br/arquivos/2011-05-03_20-36-06-ABNT-2011.pdf>. Acesso em 22 fevereiro de 2016.

GIROUX, Henri A. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

DELORS, J. (Org.). Educação: um tesouro a descobrir. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2001. (Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre educação para o século XXI).

LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. ed. São Paulo: Cortez, 1994. (Coleção magistério 2° grau. Série formação do professor)

OLIVEIRA, Angela Francisca Mendez. Educação como Reprodução da Sociedade. Cultura de Travesseiro. Disponível em: http://culturadetravesseiro.blogspot.com.br/2010/12/educacao-como-reproducao-da-sociedade.html>. Acesso em 19 fevereiro de 2016.

SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. ed São Paulo: Cortez, 1987.

CARDOSO, Zinder José Guedes. Educação e Sociedade. Lendo e Relendo com o Correio Lageano. Publicado em 2012. Disponível em: http://lendoerelendocl.blogspot.com.br/2012/02/educacao-e-sociedade.htm>. Acesso em 20 fevereiro de