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Concepção Dialética da Educação

Por:   •  15/3/2018  •  4.300 Palavras (18 Páginas)  •  379 Visualizações

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Para haver uma igualdade entre a sociedade, é necessário abolir a divisão social do trabalho, que divide os que “pensam” dos que “fazem”. E com essa divisão na sociedade, surge também o homem dividido, alienado unilateral, e a partir da alienação, a carga horária de trabalho aumenta, e o trabalhador não dispõe de tempo livre para o desenvolvimento de suas “potencialidades”.

Para obter a educação, em teoria e pratica, e necessário a abdicação da divisão social do trabalho. Por que com tal divisão as massas trabalhadoras crescem brutalmente e a classe de elite, cresce baseada na educação, pois as ciências tornam-se propriedade dela. Para Marx, o homem só terá chances de desenvolver com inalteradamente, se homem se superar da divisão do trabalho e começar uma produção socialista, porque ela não visa à exploração do homem, mais a humanização dele universalmente, livrando ele da exploração e da alienação do seu trabalho. Esse ideal do homem novo estará ligado no momento em que desaparecer o capitalismo e a propriedade privada nos meios de produção.

- HEGEMONIA E EDUCAÇÃO

Marx expressa que é impossível perceber a produção intelectual de uma sociedade sem expressar referência histórica ao seu modo de produção, de como os homens produzem e reproduzem sua existência. O que Marx realmente quer mostrar é que a classe burguesa tem uma ciência e uma educação que soam dominantes.

Pode-se dizer que em relação à hegemonia como essência da relação pedagógica e o trabalho como princípio educativo, estão interligados entre si, porque ambas relatam que a consciência do indivíduo não e inata. E é necessário a escola para o trabalhador, para obter educação e, sobretudo uma educação política.

- O PRINCÍPIO UNITÁRIO

Bramsa propõe que logo haja uma escola unitária, ou seja, a escola desenvolva as capacidades do homem tanto para o trabalho manual e também para o intelectual. Essa escola deve desenvolver maturidade na atividade social, e essa escola também dará início a novas relações entre trabalho individual e trabalho intelectual, não apenas no âmbito escolar mais em toda a vida social.

- CRÍTICA AO ESPONTANEISMO

Há certa contradição entre coerção, espontaneidade, autoridade e liberdade.

Para bramsa a liberdade é uma apropriação individual, mas é onde o indivíduo age de maneira responsável. A educação é um processo contraditório, uma totalidade de ação e reflexão: eliminando a autoridade, caímos no espontaneismo libertário onde não se da educação; eliminando a liberdade, caímos no autoritarismo, onde também não existe educação, mas domesticação.

Marx em sua concepção dialética, a educação como totalidade o homem se deve plena realização a liberdade.

- OS PRINCIPAIS TEMAS DA CONCEPÇÃO DIALÉTICA DA EDUCAÇÃO

A pedagogia contemporânea centra seu debate na questão da autoridade, ou melhor, a escola ativa buscou reagir ao “autoritarismo” da escola tradicional através de métodos que insistem na autonomia do aluno, na sua autodeterminação, na comunicação e o primordial na relação professor- aluno. Alguns teóricos centram suas ideias numa gestão pedagógica e na relação de autoridade e liberdade como, Gerges Snyders, que relata no seu estudo da pedagogia não- diretiva onde ele a classificação em três categorias.

1º Professor liberal, fraternal;

2º O presente que se torna ausente;

3º O ausente que sonha está presente.

O papel do professor de acordo com a pedagogia não –diretiva não é de guiar, dirigir, mas sim de criar um atmosfera na qual o aluno possa se desenvolver. Nessa forma não –diretiva apresentada por Snyders debruça-se os principais problemas da atividade em grupo que é o da participação de cada indivíduo na sua formação e bloqueio. O objetivo central dessa pedagogia é a combinação da autoridade do professor com a liberdade dos alunos e quem estuda a história da educação e quem a desconhece sabe que educadores e pedagogos, ou melhor, o papel da educação é desenvolver autonomia do ser humano, no entanto ela nunca foi tão dialética como na pedagogia atual. Um exemplo notório é o da “Pedagogia Institucional”, cujo o principal representante foi Michel Lobrat.

Para ele o problema não está na escolha de métodos e técnicas, mas nas relações, ou seja, na sociedade. Labrot propõe mudanças nas instituições pedagógicas com a finalidade de torná-la mais aberta e autônoma.

Apenas a escola pode tornar as pessoas menos dependentes.

A pedagogia institucional insiste na empatia, reflexão e respeito ao outro, o professor deve renunciar a hierarquia e favorecer a cooperação e a liberdade de expressão. Estabelece-se assim uma relação entre autoridade e poder. A autoridade é um sistema que permite alterar a vontade do outro e do campo psicológico do indivíduo sobre o qual se quer agir, o objetivo dessa autoridade educativa é “impedir o acesso a formas superiores de instintos e pulsões.” Labrot conclui dizendo que autoridade é transmitida essencialmente pela educação. É através dessa ação que formaremos homens livres.

A finalidade da pedagogia institucional não é “escolar”, mas sim política e social, um processo de transformação da própria sociedade que se inicia na escola a partir do momento em que o professor deixa de existir como autoridade e passa a prestar uma ajuda técnica, onde ele poderá apenas informar, responder perguntas, desde que a necessidade tenha partido do aluno. Essa obstenção do professor visa a autonomia dos grupos e indivíduos. Isso em benefício da própria aprendizagem, como afirma a teoria de Gilles Ferry, transmitir não se limita imitar, para ele o professor também deve se abster-se de emitir para receber. O poder de decisão é posto nas mãos dos alunos, o professor vai entender mais no funcionamento, no método do que nos conteúdo. E para evitar a submissão da minoria pela maioria ou a substituição de uma autoridade por outro, tudo isso por conta da heterogeneidade. É necessário que se faça ouvir e que ninguém procure usurpar as funções do outro ou impõe-se autoritariamente. A saída, portanto, é a ética, moral.

- A REVOLUÇÃO PEDAGÓGICA, GERARD MENDEL.

Mendel

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