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Cognitivismo e construtuvismo

Por:   •  16/5/2018  •  1.351 Palavras (6 Páginas)  •  265 Visualizações

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Palmer afirma que para o teórico a aprendizagem na sala de aula ocorre de múltiplas formas inclusive estudando em grupo e aprendendo sozinho. Recomendava o estudo em grupo como padrão de ensino. No entanto, aprender sozinho também é necessário, o que significa dizer que a aprendizagem não é solitária, mas autônoma. Não uma autonomia de se fazer o que quer, mas onde os aprendizes deveriam querer fazer o que estão fazendo. Assim, a autonomia requer a individualização do conhecimento, o que pode ocorrer no grupo de estudo. (Palmer 2010)

Desse modo o percebemos que o estudante é capaz de construir e aprender mesmo estando no primeiro estágio de seu desenvolvimento, onde a inteligência ainda é primitiva e prática. E que o conhecimento se dar nas interações de grupo ou de maneira individual onde os sujeitos autônomos são capazes de construírem conhecimentos e não de reproduzirem o que outros fizeram.

3 O PROFESSOR COMO COLABORADOR NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

Sendo assim, para ele o indivíduo deve se guiar livremente no processo educativo e o professor deve assumir o papel de colaborador:

O primeiro receio (e para alguns, a esperança) de que se anule o papel do mestre, em tais experiências, e que, visando ao pleno êxito das massas, seja necessário deixar os alunos totalmente livres para trabalhar ou brincar segundo melhor lhes aprouver. Mas é evidente que o educador continua indispensável, a título de animador, para criar as situações e armar os dispositivos iniciais capazes de suscitar problemas úteis à criança, e para organizar, em seguida, contra exemplos que levem à reflexão e obriguem ao controle das situações demasiado apressadas: o que se deseja é que o professor deixe de ser um conferencista e que estimule a pesquisa e o esforço, ao invés de se contentar com a transmissão de soluções já prontas (PIAGET, 1973, p. 18).

Por compreender que a aprendizagem ocorre por meio de um processo de acomodação às estruturas, Piaget defende os métodos ativos por acreditar que proporcionem o desenvolvimento da experimentação. Assim, Piaget privilegia o desenvolvimento das habilidades e aptidões, afirmando que os sistemas de ensino precisam considerar as vocações dos indivíduos e priorizar a pesquisa espontânea, deixando com que toda verdade seja reinventada ou reconstruída pelo aluno e não simplesmente transmitida.

As melhores aulas continuarão sendo letra morta se não se apoiarem sobre a própria experiência, assim como a inteligência das leis da física é impossível sem a manipulação de um material concreto. Quanto à experiência da solidariedade, é necessário que a criança a refaça por si mesma, pois as experiências dos outros – no terreno espiritual ainda mais que no terreno material – nunca instruíram ninguém e, por uma fatalidade da natureza humana, cada nova geração é convocada a reaprender o que os outros já tinham descoberto por conta própria (PIAGET, 1998, p. 66).

O professor, nesse contexto, assume a posição de colaborador, ou seja, incentiva que o indivíduo realize as suas experiências e chegue às suas próprias considerações. É importante ressaltar que Piaget enfatiza, nesse processo, apenas o fato de que o professor deve conhecer as particularidades do desenvolvimento psicológico do indivíduo e fazer uso dos métodos ativos.

4 REFERÊNCIAS

A evolução social e a pedagogia nova. In: PARRAT, S.; TRYPHON, A.(Orgs.). Sobre a Pedagogia: Textos inéditos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1998. SARTÓRIO, L. A. V. Apontamentos críticos às bases teóricas de Jean Piaget e a sua concepção de educação.

DEMO, Pedro. Professor do futuro e reconstrução do conhecimento. 6ª edição. Petrópolis, RJ, Vozes: 2004.

PALMER, Joy A. 50 Grandes educadores modernos: De Piaget a Paulo Freire. São Paulo: Contexto, 2010.

LEFRANÇOIS, Guy R. Teorias da Aprendizagem. Tradução: Vera Magyar. 5ª edição. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

Para onde vai a educação? Rio de Janeiro: Livraria José Olympo Editora/Unesco, 1973.

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